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Habemus iPad Mini

O evento da Apple revelou ao mundo a versão menor do iPad.

11 anos atrás

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Reza a lenda que a Apple tem um dínamo acoplado ao corpo do Steve Jobs, nos porões da empresa. A cada lançamento questionável ele gira mais rápido. Quando os Mapas do iOS 6 foram lançados a produção de energia supriu toda a Costa Oeste, de Ottisville até Marina Del Lex.

Agora com o iPad mini as medições estão flutuando. Por mais que Jobs odiasse tablets de 7 polegadas, ele não era burro. Se algo fosse mercadologicamente inevitável ele adotava. Vide apps no iPhone, algo que o próprio ecossistema exigiu, mas não estava nos planos da Apple.

Só que o Universo está se lixando pros planos da Apple, e a Samsung mostrou que há mercado para tablets pequenos. O Kindle Fire também vem sendo elogiado, e o próprio Kindle Kindle mostra que o formato menor não é empecilho.

Eu mesmo já viajei só com o Kindle comum, é delicioso a mochila quase vazia. Vou ver filmes? Não, a vida não é só Angry Birds e ler de vez em quando faz bem, ainda mais pra quem escreve. A tela de 6 polegadas de e-ink é excelente pra isso.

O objetivo da Apple é ganhar dinheiro (como qualquer outra empresa. Se alguma fala o contrário, está mentindo). Há dinheiro nos tablets pequenos? Vamos nessa!

O erro dos analistas foi achar que isso significaria iPads mais baratos. Nunca foi o objetivo da Apple produzir xing-lings, nem conquistar esse mercado. Seguindo a linha de que trabalhar pra pobre é pedir esmola pra dois, o público que conta moedas pra comprar um tablet de US$ 70 não é grande consumidor potencial de filmes, livros e músicas do iTunes.

A Apple quer montar um ecossistema, não vender brinquedos de prástico.

TouchGameplay — Official Apple iPad Mini Trailer

O iPad mini tem um monte de características interessantes: 308 gramas de peso, mínimo de 16 GB, tela de 7,9 polegadas, processador do iPad 2 (A5), câmera HD frontal, Full HD traseira gravando vídeos em 1920 × 1080, detecção de rostos, estabilização de imagem, 10 horas de bateria e conector Lightining.

“Ah, mas não tem Retina Display

Isso mesmo, Padawan, e há uma explicação excelente para ele vir com 1024 × 768, igual ao iPad 2.

Chama-se compatibilidade com o legado. O iPad mini roda, sem adaptação, TODOS os aplicativos escritos para os iPads 1 e 2. Os programas que não foram atualizados para Retina Display deixaram de ser “segunda linha” e voltaram a ter um dispositivo-alvo válido e atual.

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O iPad mini, por não ser widescreen, exibe muito mais conteúdo de uma vez que os tablets concorrentes, otimizados para mídia. Isso não faz muita diferença no iPad Full, mas em um tablet de 8 polegadas, muda tudo.

Quanto custa a bagaça? O modelo de 16 GB começa em US$ 329,00. O iPad 2 mais barato é US$ 399,00. Quem acha que a diferença de US$ 70,00 é pequena, entenda: a Apple não está vendendo um iPad mais barato, está vendendo um iPad menor.

“foi bom pra você?”

É lindo, excelente, mas da mesma forma que o melhor O.B. do mundo não me desperta reações apaixonadas, o iPad mini não me anima. Não gosto de telas pequenas, como ferramenta de produtividade acho o tamanho do iPad perfeito, menor que isso ele vira um hub de entretenimento e para isso tenho o iPhone.

Claro, esse tipo de coisa só se confirma depois de pegar na mão, mas a princípio vou deixar passar o mini. Já o pessoal que usa o iPad direto como ferramenta de estudo vai adorar. iBooks, iTunes University Khan Academy, tudo rodando redondo, com 10 horas de bateria? Presentão!

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