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Por isso não podemos ter coisas legais: Motor de Dobra iria destruir o planeta de destino

11 anos atrás

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Longe dos olhos do público todo fã de ficção científica odeia Einstein. Por causa dele, daquelas garotos intrometidos e do cachorro bobão estamos destinados a explorar o Universo em velocidades rubinhescas, tartarugando no máximo a 99% da velocidade da luz.

Por muito tempo procurou-se alternativas para contornar esse limite, até que em 1994 um físico mexicano com credenciais invejáveis, Miguel Alcubierre apresentou um trabalho onde detalhava as bases teóricas de um Motor de Dobra Espacial, onde a própria estrutura do espaço-tempo seria distorcida, permitindo viagem acima da velocidade da luz, do ponto de vista de um observador externo.

O modelo de Alcubierre ficou no plano teórico por ser impossível, dependendo de enormes quantidades de energia negativa e matéria exótica, dois conceitos apenas teóricos. Recentemente a esperança voltou a crescer, quando novos cálculos reduziram muito a quantidade desses materiais. Assim o Motor de Dobra Alcubierre deixou de ser COMPLETAMENTE impossível para apenas MUITO impossível.

A esperança durou pouco. Uma pesquisa da Universidade de Sidney descobriu um efeito colateral indesejado no motor de dobra de Alcubierre é que o conjunto nave/distorção espacial iria acumular partículas energéticas durante o trajeto, e ao chegar em seu destino essas partículas seriam emitidas em um cone de energia, aniquilando o que estivesse pela frente.

Segundo Einstein não há limite pra quantidade de energia acumulada, só dependendo do tamanho do campo de distorção e da distância percorrida. Ou seja: Viaje alguns milhares de anos-luz e você tem a arma mais poderosa do Universo, aniquilando planetas, ou mesmo estrelas inteiras.

Essa seria uma nave ainda pior do que aquela do Mochileiro das Galáxias, movida à Más Notícias.

Claro, Star Trek como sempre chegou na frente. No episódio New Ground (S5E10) de Jornada nas Estrelas – A Nova Geração a Enterprise enfrenta um problema idêntico: Uma nova tecnologia, usando ondas soliton promete viagens interestelares muito mais rápidas, mas acaba gerando uma onda que acumula cada vez mais energia e ameaça destruir um planeta. Obviamente não leram o trabalho da Universidade de Sidney.

Se esse modelo se mostrar verdadeiro, ao menos temos uma grande utilidade para essa tecnologia: Armas. Aqueles malditos insetos em Klendathu não teriam chance.

Klendathu-system

Fonte: ET (sem trocadilhos)

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