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Instagram e a polêmica da semana

Por hora, Instagram NÃO pretende vender foto alguma vinda dos usuários: entenda a polêmica sobre tal serviço de “lomografia”.

11 anos atrás

Mais uma discussão inútil que não vai chegar a lugar nenhum, pois tudo depende do livre arbítrio dos usuários, mas vale a pena dar uma olhadinha na polêmica da semana. Hoje o Instagram, aquele serviço de Lomografia Digital, fez uma pequena atualização em seus termos de uso do serviço resumindo uma de suas cláusulas do seu contrato. O novo texto é este que publico abaixo:

You agree that a business or other entity may pay us to display your username, likeness, photos (along with any associated metadata), and/or actions you take, in connection with paid or sponsored content or promotions, without any compensation to you,’

Ou seja, o Instagram pode pegar suas fotos e negociar com os anunciantes, cobrando pelo uso delas, e você não vai receber nenhum centavo. Pronto, o problema estava criado. Vários textos irados correram pela internet demonizando o serviço e exigindo que as pessoas de bem que por ventura estivessem em suas fileiras deletassem suas fotos e cancelassem suas contas. Bem, todos que acompanham o Meio Bit sabem que não gosto do Instagram (até tentei utilizar), não por ser uma rede social a serviço das forças das trevas, mas porque acho a coisa toda tosca, mas tenho que sair em defesa do site e declarar apenas: e dai??

Todo mundo que está reclamando desta pataquada (sim, pataquada porque eu acho no mínimo falta de ética) também mantém uma conta no Facebook e os termos de uso da rede social são claros ao dizer que:

"1. Para o conteúdo coberto pelas leis de direitos de propriedade intelectual, como fotos e vídeo (conteúdo IP), você nos concede especificamente a seguinte permissão, sujeita às configurações de privacidade e aplicativos: você nos concede uma licença mundial não exclusiva, transferível, sublicenciável, livre de royalties, para usar qualquer conteúdo IP publicado por você ou associado ao Facebook (Licença IP)"

Ou seja, se você quer participar de redes sociais e compartilhar fotos e vídeos, então tem que se sujeitar a isso. Mas, vamos analisar o problema sobre todos os prismas? Segundo o Dpreview isso não é novidade no Instagram, pois o que aconteceu é que eles apenas simplificaram uma parte do termo de serviço que estava nebulosa. Todo mundo que estava antes no Instagram já estava sujeito a essa regra. Eu acho isso correto? Claro que não, afinal de contas eles estão faturando sobre o trabalho intelectual de outras pessoas (tomara que pelo menos os créditos sejam dados). Temos o direito de criticar essa postura? Eu também acho que não, pois ninguém é forçado a estar no Instagram. Todo mundo entra de livre e espontânea vontade. Não gostou de liberar seu conteúdo intelectual para a empresa que está hospedando suas imagens? É só pular fora e deletar tudo, simples assim.

Agora, o que me faz abrir um imenso sorriso ao ver todo esse mimimi é que tem muito fotógrafo que se acha o seu fulano que simplesmente saiu do flickr por conta dos termos  “abusivos” de uso de imagem do site e adora fazer propaganda das suas fotos no Instagram. E olha que o flickr negocia suas imagens, mas somente com sua expressa autorização e você recebe o cascalho referente a negociação. Coisas do mundo on-line.

Update 008/2012 - e olha só, o blog do Instagram publicou uma retratação sobre o tema há três horas (embora esse post tenha sido publicado hoje a noite ele está escrito desde a hora do almoço) utilizando a velha abordagem “olha galera, não é bem assim, foi um pequeno erro de interpretação”, onde está claro que, mesmo que o texto diga claramente isso, que esta não é a intenção deles. Ou seja, no fim a culpa vai ser do estagiário do escritório de advocacia que reescreveu o termo sem dar conta das verdadeiras intenções do Instagram. Ou isso ou o site viu que iria perder aquele pessoal que realmente faz fotografia de qualidade e ficar apenas com as fotos de refeições e de gatinhos dormindo em várias posições e locais diferentes. Vamos ficar de olho e ver como a coisa vai se desenrolar.

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