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O poder do design e da narrativa criada pelos jogadores

Desenvolvedores discutem o quanto o design e a narrativa criada pelos usuários podem ser melhores do que um simples diálogo criado pelos estúdios.

11 anos atrás

ftl-faster-than-light_25.03.13

Os videogames sempre se orgulham de ser uma forma de entretenimento interativa, mas você já parou para pensar que raras são as vezes em que podemos desenvolver a história de um jogo da maneira que quisermos? Pois este foi o assunto de uma mesa redonda realizada durante a PAX East, onde um grupo de desenvolvedores falaram sobre como os jogos podem entregar boas narrativas mesmo sem possuir diálogos explicativos.

Entre os exemplos mencionados na conversa estavam títulos como o Space Invaders, que segundo o game designer Austin Grossman, apenas com o seu nome e ótimas decisões de design, como por exemplo a pulsante trilha sonora, consegue nos entregar tudo o que é necessário para nos sentirmos como um herói responsável por proteger o planeta de uma invasão alienígena.

Já o designer chefe do Dishonored, Ricardo Bare, elogiou a maneira como o indie FTL: Faster Than Light permite ao jogador criar sua própria narrativa, apenas entregando a informação de que estamos no espaço realizando uma importante missão e a maneira como a história se desenrolará fica a nosso cargo, mudando a cada vez que iniciamos uma nova partida. Para ele, permitir que o jogador dite a experiência acaba criando um enredo melhor.

Pessoalmente gosto muito de jogos que nos permitem brincar com a narrativa, seja nos dando espaço para múltiplas interpretações, como um Journey ou um ICO, ou aqueles que mesmo possuindo uma linha guia, possibilitam aos jogadores terem histórias diferentes para contar de acordo com as ações que realizam ou decisões que tomam, como um Fallout 3 ou um Left 4 Dead, que além de nos oferecer novas experiências a cada jogo, grande parte do enredo nos é passado através de informações espalhadas pelos cenários.

Com o passar do tempo tenho visto essa “liberdade” aumentar cada vez mais e muitos desenvolvedores adotarem uma narrativa mais dinâmica ao invés de algo mais engessado e cinematográfico, algo que acredito ser extremamente benéfico a todos, pois além de aumentar a imersão, faz com que os jogos de fato nos permitam assumir o papel do personagem.

[via Polygon]

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