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Google abandona WebKit e lança Blink, novo motor de renderização. Opera pega carona

Google anuncia que deixará de contribuir com o WebKit em prol do Blink, motor de renderização próprio, de código aberto.

11 anos atrás

ChromiumO Google anunciou ontem que vai deixar de trabalhar com o WebKit, o motor de renderização desenvolvido por ela em parceria entre Adobe, Apple e outras, em prol de uma solução própria de código aberto, chamada de Blink.  O motivo, segundo a empresa, seria para acelerar o desenvolvimento do Chrome, reduzindo a complexidade do código.

O projeto Chromium atualmente usa uma arquitetura de multiprocessos para renderizar as páginas da web, diferente de qualquer outro browser que utiliza o WebKit - como o Safari -, que, segundo o Google, "é mais complicado do que precisa ser".

Como o Blink é um fork do WebKit, num primeiro momento quem desenvolve para o mesmo pode ficar tranquilo, mas ao passo que eles se distanciarem será imprescindível a adaptação dos web developers. Já os devs do Chromium terão mais trabalho: a ideia é eliminar pelo menos 7 mil arquivos e comprimir mais de 4,5 milhões de linhas de código, de modo a deixar o Blink mais enxuto, o que significa mais velocidade e - principalmente - menos bugs.

E quanto à Opera, que recentemente anunciou a adoção do WebKit e mandou todo mundo que trabalhava com seu motor próprio, o Presto, pra Rua da Amargura?

Vendo que um dos seus principais aliados no desenvolvimento do motor de renderização está pulando fora do barco, a empresa deu a seguinte declaração:

"Nós estamos felizes ao ver que a web está se tornando cada vez mais livre e acessível aos desenvolvedores. É uma plataforma em movimento que precisa de atualização de forma rápida e contínua. Após algumas discussões com nossos parceiros do Google, nós estamos ansiosos para contribuir com o projeto de código aberto que é o Blink, assim como faríamos com qualquer outro projeto com os quais acharmos que devemos contribuir."

Se levarmos em conta que a Opera anda passando por maus bocados, é melhor ficar do ladinho do parceiro mais forte. Também pode ser benéfico para Cupertino, que terá menos palpiteiros em cima do WebKit para trabalhar com o Safari, sendo que o motor era originalmente um fork criado pela Apple, tendo como base o KHTML. O WebKit se tornou open source em 2005.

Fonte: The Verge e TC.

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