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A arte nas capas dos jogos do Atari

Quando os gráficos realistas ainda estavam longe de ser uma realidade, os artistas tinham que usar a criatividade para criar capas de jogos do Atari e assim ajudar a montar os mundos fantásticos que os games ofereciam.

10 anos e meio atrás

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Atualmente vivemos uma época espetacular quando se trata de games, onde até meros celulares são capazes de nos entregar experiências visuais incríveis, mas quando aquilo que era mostrado na tela não passava de simples formas geométricas, parte da diversão era tentarmos imaginar que aquele quadrado era um valente cavaleiro ou que pontos brilhantes caindo pela tela eram devastadores mísseis.

O que muitos de nós não percebiam ao encarar uma partida de Atari era que parte dessa atmosfera fantástica que criávamos ao jogar era influenciada pelas ilustrações presentes nas capas e cartuchos do videogame e em um artigo imperdível, o site The Verge falou um pouco sobre o trabalho de alguns do principais responsáveis por esta área.

A experiência de jogar não era 100% da experiência. Parte  do que completava o mundo era a arte que invocava esse outro lugar. Eu não estava mais na minha sala de estar; Eu estava em um planeta desolado ou no espaço e isso acontecia muito por causa da arte,” explicou Tim Lapetino, designer que está trabalhando em um livro sobre as artes das capas do Atari.

Embora não tenha sido o primeiro console doméstico, o Atari destacou-se por trazer seus jogos em cartuchos, permitindo que os jogadores tivessem um fácil acesso a vários títulos e aquele que pode ser considerado o precursor do estilo visual adotado nas ilustrações dessas fitas é Cliff Spohn, que graças a popularidade alcançada pelo Combat viu o cartucho de outros jogos trazerem artes parecidas. De acordo com Spohn, o seu objetivo era fazer justamente com que as pessoas imaginassem cada um daqueles pontos abstratos mostrado no game, como aviões, submarinos e navios.

Então, conforme a quantidade de jogos crescia, mais artistas foram contratados, incluindo Rick Guidice, que na época fazia artes conceituais de estações espaciais para a NASA ou George Opperman, mais conhecido por ter criado o logo da empresa, mas talvez o principal tenha sido fazer com que jovens se interessassem pelo design gráfico, como aconteceu com o próprio Lapetino.

Hoje pode ser até natural encararmos essa estratégia como uma espécie de propaganda enganosa, mas se pensarmos que no final da década de 70/início da de 80, os gráficos gerados pelo Atari era o que existia de mais avançado em termos de um console caseiro e se levarmos em consideração que não tínhamos acesso às dezenas de screenshots antes do lançamento ou mesmo trailers, é fácil perceber porque o que aquelas pessoas faziam era e ainda é considerado algo incrível, tendo ajudado muito a aumentar a imersão em alguns dos primeiros clássicos da indústria.

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