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Álcool: a substância Maravilhosa que agora transmite internet!

Um grupo da Universidade York fez algo absurdamente inútil: construiu uma gambiarra que pega um sinal binário, converte em Vodca e transmite pela sala. Mesmo assim há mérito nisso. Qual? Clique e descubra.

10 anos atrás

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Eu sei, o título não faz exatamente sentido, mas a culpa é sua, não está no mesmo nível de vodca que eu agora. O que importa é que um grupo da Universidade York, do Canadá, fez aquela famosa tese dos Anos 80 que virou livro, onde um estudante da UFRJ escreveu sobre Grafitos de Banheiro, parecer algo digno de Isaac Newton.

A idéia dos caras era utilizar jatos de vodca como substância portadora de sinais digitais. Eles construíram um borrifador, controlado (provavelmente) por um Arduino, que codificava em amplitude modulada sinais binários.

Testaram um transmissor e um receptor, separados por quatro metros, com velocidades de 1 bit a cada 2 segundos até 1 bit a cada 25 segundos (ou como chamam no Brasil, 3G). Nas velocidades mais lentas a taxa de erros tendia a zero, e conseguiram transmitir a letra do hino “Ó Canadá”. Veja (não que haja muito pra ver):

A melhor parte é que hoje você é obrigado a justificar pesquisa básica, qualquer curiosidade precisa ter um “propósito prático”, e por mais que explique que sem Relatividade não teríamos GPS, críticos não entendem. Por isso estão batizando o experimento de “primeiro caso bem-sucedido de comunicação molecular” e, seguindo a Academia de Ciências do Fantástico, um cientista entrevistado disse que futuramente essa tecnologia poderia ser utilizada no combate ao câncer.

Não poderá. É o mesmo de dizer que um ferreiro construindo uma dobradiça está dando passos rumo à cura da AIDS, afinal o laboratório que conseguir esse feito, terá portas.

O experimento é inútil? TOTALMENTE. Aprendemos algo novo? NADA. Qualquer estudante ou hobbista de eletrônica poderia fazer o mesmo? COM CERTEZA.

Só que ninguém fez, e essa mentalidade é essencial. É a forma hacker de ver o mundo, fazer algo não por ser prático ou útil, mas para ver se pode ser feito. Acima de tudo esse tipo de pesquisa estimula a curiosidade. E precisamos muito mais de gente capaz de formular boas perguntas do que gente com respostas prontas.

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