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JPEG padrão recebe uma turbinada e agora suporta profundidade de cor de 12 bits e compressão sem perdas

Organização responsável pelo padrão original do JPEG anunciou uma nova biblioteca totalmente reformulada, e agora permite imagens com profundidade de cor de 12 bits e compressão de imagem sem perda.

10 anos atrás

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Todo fotógrafo ou entusiasta de fotografia (eu, incluso) já se perguntou ao menos uma vez na vida se vale a pena usar RAW ou JPEG ou até mesmo o formato TIFF. A principal vantagem do RAW quando comparado ao JPEG é que o que está registrado é a imagem crua (ah vá!), sem perda, do jeito que ela foi captada pelo sensor.

No caso do padrão JPEG, há uma compressão, o que gera ruído e perda de informação. Ao menos, gerava.

Isso porque um grupo Leipzig Institute for Applied Informatics, responsável pelo padrão original, acaba de divulgar uma evolução para o formato. Eles lançaram uma versão totalmente nova da biblioteca (9.1), que vem com algumas habilidades poderosas. Um verdadeiro show. E assim nasce um funk. Mentira, felizmente.

Essa não é a primeira tentativa de se criar um padrão JPEG sem perda de qualidade. Quem não se lembra do JPEGmini, que refinou de uma forma impressionante a compressão de imagens? Ainda assim, mesmo com o uso de um algorítimo inovador, a imagem tinha perda.

O que os engenheiros do Leipzig conseguiram foi turbinar o JPEG original de forma que a nova versão da biblioteca, chamada "libjpeg", não apenas suporta a incrível profundidade de cor (color depth) de 12 bits, como usa novos algorítimos de mapeamento, incluindo uma compressão completamente sem perda.

Foto com compressão JPEG convencional

Foto com compressão JPEG convencional

Claro que existe um período de adaptação, afinal a indústria fotográfica precisa adotar esse padrão e passar a utilizar as instruções da nova biblioteca em seus softwares, em suas câmeras, aplicativos e afins, mas tudo indica que, pelo menos na perda da compressão, o JPEG véio de guerra possa bater de frente com o RAW e o TIFF, depois de anos.

Se isso vai revolucionar o mercado de fotografia? Duvido. Quem já usa RAW, vai continuar utilizando, principalmente quem precisa de fidelidade absoluta e já possui todo um ecossistema preparado para trabalhar com isso.

Para quem faz fotos em JPEG pode passar a usar o novo formato automaticamente, seguindo o tempo de adaptação das empresas.

Agora, não adianta nada no futuro você fotografar aquela paisagem linda com as novas câmeras das principais fabricantes, com o JPEG limpo claro e cristalino, e encher de filtro do Instagram, vamos manter o bom senso. Mostre algum respeito pelo trabalho destes engenheiros! 🙂

Falando sério agora: na sua opinião, até que ponto esse novo formato pode mudar o mercado?

Fonte: SLR Lounge

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