HP 8, o tablet que é um xerox descarado do iPad mini

Eu não gosto nem um pouco da briga de patentes entre Apple, Samsung, Google e quem mais que seja. Não pelo direito que elas alegam possuírem sobre visual, design ou o que quer quer seja, mas pelo fato do método do registro de patentes nos Estados Unidos ser tão ridículo que para clamar a autoria de algo você não precisa apresentar o produto funcionando como é no Brasil: basta patentear uma ideia, por mais vaporware que seja. É assim que as patent trolls ganham dinheiro em cima dos fabricantes quando esses sim apresentam produtos inovadores e então descobrem que uma empresinha de fundo de quintal já registrou a tecnologia e quer grana fácil. O caso do "retângulo de cantos arrendondados" que a Apple detém é um dos mais absurdos.

Só que há casos em que algumas empresas passam do limite do aceitável e merecem tomar um chute bem dado onde o Sol não brilha, dado o tamanho da cara-de-pau. Que o diga a HP com seu mais recente produto do form factor de oito polegadas, o HP 8.

A cópia em cima do iPad mini além de descarada está atrasada: ele possui o mesmo display de 7,85 polegadas com resolução XGA (1024 x 768 pixels, ou 163 ppi) que o modelo de primeira geração da Apple, sendo que o mini Retina já está no mercado há um tempão. Ele na verdade é um modelo mais pobre do Slate 8 Pro, apresentado em dezembro junto com o Slate 7 Plus e o Slate 7 Xtreme (a versão HP do Tegra Note) e que também é um copy-paste do iPad mini. A diferença é que por US$ 329 ele vem com um display de 1600 x 1200 pixels (250 ppi) e chip Tegra 4. Já o HP 8 conta com um ARM quad-core A31s da Allwinner Technology (clock não informado), 1 GB de RAM, 16 GB de espaço interno expansível via Micro-SD, bateria de 3.800 mAh com autonomia de 7 horas, conexão Wi-Fi e é só. E para completar a HP é mais uma que está pouco se lixando para as recomendações do Google, já que ele roda Android 4.2.2 Jelly Bean.

O público-alvo é o mesmo do Slate 7, já que o preço sugerido também é de US$ 169. Por vir equipado com um quad-core, adquirí-lo no lugar deste que possui um ARM dual-core é até um negócio interessante (até o Cardoso gostou do 7, e ele não é o maior fã do robozinho verde), mas custava a HP fazer um esforcinho para não ter deixado seu produto tão igual ao iPad mini?

Fonte: HP.