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Executivos do Twitter vão à Turquia em meio a crise com primeiro-ministro

Primeiro-ministro da Turquia volta a fazer acusações contra o Twitter e executivos da rede social vão ao país para se encontrar com o governo

10 anos atrás

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E a rusga do primeiro-ministro da Turquia Recep Tayyip Erdoğan com o Twitter não dá sinais de esmorecimento. Depois de seu polêmico banimento ele volta a acusar a rede social, agora por sonegação de impostos. Ao mesmo tempo, dirigentes do Twitter foram ao país para se encontrar com o governo, embora não tenham revelado o motivo para tal.

Todo mundo o que aconteceu quando Erdoğan deu piti, pois usuários do popular site de microblogs postaram diversas e apetitosas denúncias de corrupção envolvendo propinas e matérias jornalísticas difamatórias: ele mexeu uns pauzinhos e conseguiu banir o Twitter do país. Por um tempo quem tentava acessar o site batia com o nariz da porta, ou assim se pensou. O bloqueio foi feito da forma mais mambembe possível, o domínio foi editado manualmente. Usuários apelaram para alternativas simples para continuar utilizando o Twitter e o ritmo de mensagens mal se alterou. A cereja do bolo entretanto foi o fato de que o presidente Abdullah Gül continuou utilizando sua conta normalmente, e ele não gostou nem um pouquinho da presepada de Erdoğan.

As coisas começaram a complicar quando o governo turco bloqueou o DNS de Google e posteriormente os ISPs locais começaram a criar servidores DNS falsos se passando pelo mesmo, o que além de bloquear o acesso permitia o monitoramento dos dados dos usuários. Em uma época onde tanto se discute a neutralidade da rede em todo o mundo, uma população vigiada é tudo aquilo que abominamos.

A situação atual é a seguinte: a Suprema Corte turca determinou no último dia 3 que o bloqueio do Twitter é ilegal, mas para variar Erdoğan não curtiu: ele defendeu a ação pois o site "denuncia mentiras e ataques à segurança nacional", e que apesar de acatar a decisão, "não a respeita". O site está liberado mas a tensão sobre o ocorrido com os DNS falsos levantou preocupações da comunidade internacional, bem como do Google e do Twitter por estarem diretamente relacionados à praticas de vigilantismo. No último sábado o primeiro-ministro acusou o Twitter de sonegar impostos e anunciou que o governo "vai se ocupar com o tema". Em nota, o Twitter não divulgou o que os dirigentes vão fazer no país mas disse que não discutirão assuntos comerciais. O mais provável é a questão da segurança, já que a rede social foi utilizada como isca numa manobra que monitorava as comunicações dos usuários.

Fonte: YN, aqui e aqui.

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