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Cientistas reconectam nervos lesionados usando metal líquido

Reconectar nervos é uma tarefa inglória, ainda mais com os bandidinhos tendo mania de não se regenerar. Agora um grupo de cientistas chineses está experimentando uma técnica onde reconectam nervos lesionados usando… metal líquido. Excelente notícia, o único efeito colateral é que os pacientes ficam com impulso de matar Sarah Connor.

10 anos atrás

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Um dos problemas da Evolução é que ela não leva em conta a civilização, e muitas características úteis no mato são incômodas no dia-a-dia das cidades. Nós mudamos nosso meio-ambiente mais rápido do que conseguimos nos adaptar, várias doenças “modernas” só existem por causa disso. Nos tempos bíblicos tirando Noé e Matusalém todo mundo morriam com 30 anos, então não havia Alzheimer nem outras doenças da velhice, como pós-pólio.

Da mesma forma nunca desenvolvemos um mecanismo eficiente de reparo de nervos, pois se você perdesse controle dos membros na selva, viraria janta de alguém. Sem hospitais ou clínicas veterinárias um nervo seccionado significava morte. Por isso hoje tecido nervoso é uma desgraça em termos de autoreparo. Até acontece, mas depende de muitos fatores, incluindo sorte.

Existem várias técnicas médicas, incluindo enxertos que tentam resolver isso. Agora Jie Zhang, Lei Sheng, Chao Jin e Jing Liu, da Universidade Tsinghua em Beijing publicaram um trabalho onde demonstram um método bem interessante de regeneração neural, com a vantagem de manter o nervo funcionando, evitando que o membro afetado se atrofie.

Eles usaram uma liga GaInSn, composta de 67% de gálio, 20,5% de índio e 12,5% de selênio estanho. Essa liga é líquida em temperatura ambiente, com excelentes propriedades de condução elétrica e sem problemas de rejeição.

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O equipamento é mais que uma gambiarra. Não serve apenas para remendar um nervo partido. Junto com a estrutura de metal líquido que faz a condução dos sinais nervosos há uma série de canais com substâncias que estimulam o crescimento dos nervos. Assim com o tempo ele se regenera, mas por causa da estrutura metálica ele se torna mais forte do que era.

Os testes foram feitos com sapos, então fora comentaristas de portais de notícias ninguém mais será imediatamente beneficiado, mas em alguns anos essa pesquisa pode resultar na diferença entrar andar ou não. Com a vantagem de que não só o sujeito andará como tirará onda de T1000.

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