Dori Prata 10 anos atrás
Para aqueles que ainda não completaram 20 anos, o que direi pode parecer absurdo, mas houve uma época em que para termos acesso a aquilo que existia de mais avançado nos games era preciso sair de casa, entrar num boteco e pagar alguns trocados (nota: o real nem existia) para desfrutar de alguns minutos de diversão.
Durante boa parte das décadas de 80 e 90, sonhávamos com o dia em que vários jogos que faziam sucesso nos arcades chegariam aos consoles e quando tínhamos a sorte disso acontecer, normalmente éramos “presenteados” com versões bem mais simples, dada a diferença de hardware.
Esse provavelmente foi um dos motivos dos fliperamas terem feito tanto sucesso durante aqueles anos, além é claro da oportunidade de olharmos nos olhos daquele adversário que ousava nos desafiar e que prontamente colocava em questão habilidade, o que me fez presenciar uma série de duelos memoráveis nos estabelecimentos mais obscuros do bairro em que morava.
Veio então o declínio do negócio, muito por causa do risco de frequentar os locais onde as máquinas ficavam e também pela popularização de consoles mais poderosos, como o PlayStation e para aqueles que adoravam encarar uma boa seção de jogatina em troca de algumas moedas, a única saída passou a ser os shoppings.
O que acabei de relatar aqui de forma bem resumida foi a história dos fliperamas na maior parte do Brasil, mas se você quiser um panorama mais detalhado dessas tão adoradas máquinas, recomendo dar uma olhada neste excelente infográfico criado pela M&P Amusement, uma das mais antigas distribuidoras de arcades dos Estados Unidos.
Talvez você nem saiba disso, mas aquele que é considerado o primeiro fliperama surgiu muito antes dos videogames, lá em 1909, mas foi em 1933 que criaram o pinball, máquina que era apontada como de azar e somente em 1947 que elas receberam os tradicionais flippers, permitindo que a habilidade do jogador pudesse fazer a diferença.
Se você quiser conhecer os pontos mais importantes da evolução dessa indústria, recomendo fortemente dar uma olhada no infográfico e embora algumas empresas como a Konami, a Sega e a Taito ainda invistam na área, inclusive oferecendo máquinas que podem compartilhar nossos resultados em redes sociais, infelizmente no Brasil dificilmente teremos acesso a essas novidades e por isso no nosso país os fliperamas deverão permanecer tratados como peças de museu.