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Depois da Fórmula E, eis a moto elétrica da Harley-Davidson

Esta é a LiveWire, a primeira moto elétrica da Harley-Davidson; para desespero dos amantes de motociclismo, o ronco característico do motor foi pro brejo

10 anos atrás

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Parece que a moda realmente é aderir à realidade dos ecochatos, ou ao menos fazer produtos que agradem a turma de hipsters que acham que os carros elétricos da Tesla vão salvar o mundo, mesmo deixando todo mundo no meio do caminho. Depois da Formula E (de enceradeira) virar praticamente o Mario Kart da vida real, com carrinhos de Autorama que fazem o mesmo barulho de um gato sendo torturado, a Harley-Davidson, justo a dona das motos mais desejadas do mundo apresenta a LiveWire, sua primeira moto… elétrica.

A bem da verdade o LiveWire não é apenas uma motocicleta, mas um projeto que servirá como base para outros produtos elétricos que se seguirão nos próximos anos. O modelo apresentado em si não está sendo sequer planejado para chegar ao mercado, sendo um conceito de testes que está apresentado durante um tour pelas principais cidades dos Estados Unidos, em que clientes selecionados da Harley poderão guiá-la. O site Motorcycle entretanto acredita que ela chegará às lojas até o fim de 2016.

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Apesar de bonita, a LiveWire não é nenhum avião e sofre com o mesmo problema de autonomia que os carros da Tesla Motors, além de ter uma potência bem inferior às máquinas mais poderosas do mercado. Equipada com duas baterias e um motor de 74 bhp, ela é capaz de gerar 7,19 kgf·m de torque, o que permite que ela vá de 0 a 100 em quatro segundos. A velocidade máxima não ultrapassa 148 km/h e a autonomia é de pífios 85,3 km. Isso é uma piada quando comparada com qualquer outra moto.

A Harley-Davidson diz que a fabricação da LiveWire em escala comercial dependerá do retorno dos seus clientes, sejam os que a pilotarem ou que ao menos aprovarem seu visual, já que ela será vista nos cinemas no próximo ano, em Os Vingadores 2: A Era de Ultron, pilotada pela Viúva-Negra. Aqui, vemos uma dublê e o protótipo:

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Entretanto, se há uma coisa que a Harley-Davidson sempre vendeu em seus mais de 100 anos de existência não foram motocicletas, mas um estilo de vida. Elas representam a opulência do espírito norte-americano de liberdade, suas motos possuem alma. E suas almas roncam.

Com o motor elétrico, o ronco característico do motor V2 da Harley-Davidson (a empresa tentou outrora patentear o sistema que produz o som, sem sucesso) foi para o espaço, substituído por isto:

A Harley-Davidson descreveu o som do motor elétrico como “um jato de caça em um porta-aviões”. Eu particularmente não gostei. Embora realmente se assemelhe ao som de um avião a jato, parece que algo está errado. A LiveWire parece artificial, sem alma. Não parece uma Harley.

Claro, a turma defensora na natureza vai adorar essa motoca, ainda mais sabendo que outros produtos podem vir dela no futuro. Eu só sei que estou aguardando ansiosamente o Top Gear destroçar esse brinquedo, comparando-a com motos de verdade.

Fonte: IW e MC.

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