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Google Search começa a sofrer de amnésia na Europa

Google cumpre determinação da União Europeia e começa a remover referências para sites feitas pelos usuários; é o chamado "direito ao esquecimento" em ação

10 anos atrás

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O Google finalmente cedeu à determinação da justiça da União Europeia e conforme já havíamos adiantado, começou a remover os resultados de pesquisas de seus motores de busca atendendo solicitações de seus usuários. Isso se deve à decisão de que os cidadãos ganharam o chamado "direito ao esquecimento", reservando para si o direito de decidir se referências a seu passado devem permanecer públicas ou não.

A lei foi motivada pela ação movida pelo espanhol Mario Costeja González, devido resultados de busca que apontavam para uma página do jornal La Vanguardia fazendo referência a uma dívida antiga, já quitada. A reclamação é que qualquer busca o Google retornava a bendita página, e ele não queria que o resultado continuasse aparecendo. A justiça acabou dando ganho de causa à González, e por fim determinou que os cidadãos da UE têm o direto de solicitar a remoção de resultados de busca a referências que ela considera "inadequadas, irrelevantes, datadas ou excessivas" para a sociedade em geral. Ainda assim, casos como o de um político corrupto e um médico com reviews ruins estavam entre as solicitações que o Google estava recebendo.

Agora o Google começou a remover as referências, e a de González foi uma das primeiras, não aparecendo mais nos motores europeus do site de buscas. Ainda assim o Google não foi tão tolo a ponto de aceitar qualquer requisição de remoção de dados: para fazer uma solicitação o cidadão deve preencher este formulário, explicando o que deve ser removido, por quê e provar que ela se enquadra nas determinações da lei que justifiquem a remoção da referência. Não obstante, o usuário deverá anexar uma cópia de um documento de identificação legível e com foto nítida, podendo ser eliminadas da imagem apenas informações como número do documento, mas as demais que o identificam devem permanecer. Para os que gritam "do no evil", não parece uma troca justa.

O Google diz que os números de solicitações de remoção chegaram a 41 mil no início de junho, e a tendência é aumentar agora que os links começaram a desaparecer. Embora abra precedentes perigosos (e a relevância de cada caso é algo que a justiça e o Google devem determinar), o futuro médico pode remover os links para aquelas fotos dele bêbado, abraçando a privada na festa da república. Só será mais difícil de encontrar as informações, já que o Google vai deixar de indexá-las.

Fonte: AT.

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