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Especificações técnicas do New 3DS: sucessor seria lançado em 2017

O New 3DS é o console final que atualiza e encerra a linha Nintendo 3DS, mas o quanto o hardware dele seria melhor que o do atual 3DS e quando a Big N lançará o seu sucessor? Temos aqui algumas dessas e outras respostas com base no histórico da japonesa no ramo dos portáteis.

9 anos e meio atrás

Fez um ano que comprei o meu Nintendo 3DS XL e 9 meses que de facto estou com ele em mãos (tks Receita Federal), mas o fiz sabendo que logo a Nintendo lançaria uma atualização do console. Calma, o tio Laguna não quer dar uma de Mãe Dináh (RIP) ou algo do tipo logo agora até porque é meio tarde demais para isso. O caso é que para mim fez todo o sentido a Nintendo lançar uma versão atualizada do Nintendo 3DS este ano.

Confesso que cometi propositadamente o erro de ler os comentários de vários outros grandes portais sobre o New 3DS (XL) e neles percebi um ódio monstro contra uma suposta “atitude capitalista” da Nintendo em oferecer mais um novo console no mercado. Não deveriam e o tio Laguna gostaria de apresentar alguns bons motivos, especulando também sobre o hardware.

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Nintendo 公式チャンネル • Newニンテンドー3DS Preview

Era mesmo previsível um New 3DS (ou 3DSi)

A Nintendo estabeleceu o ramo de videogames portáteis com o Game Boy em 1989, embora o mérito da gênese seja de minigames como o Game & Watch mas este não possui cartuchos intercambiáveis.

Tendo em vista que desde 1989 nenhum outro console portátil dedicado ameaçou a total liderança deste agora considerado nicho de mercado, podemos nos ater apenas ao histórico de consoles portáteis da Nintendo. Aí temos as seguintes gerações:

LINHA GAME BOY
1989 1996 1998
Game Boy Game Boy Pocket Game Boy Color

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LINHA GAME BOY ADVANCE
2001 2003 2005
Game Boy Advance Game Boy Advance SP Game Boy Micro

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LINHA NINTENDO DS
2004 2006 2008 2009
Nintendo DS Nintendo DS Lite Nintendo DSi Nintendo DSi XL

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LINHA NINTENDO 3DS
2011 2012 2013 2014
Nintendo 3DS Nintendo 3DS XL Nintendo 2DS Nintendo New 3DS (XL)

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Na linha Game Boy, tivemos como aparelho final o Game Boy Color, que nada mais era que um Game Boy Pocket mais gordinho com tela colorida e hardware levemente atualizado. Havia retrocompatibilidade, ou seja, os jogos anteriores do Game Boy rodavam no GBC mas apareceram alguns games híbridos, que rodavam melhor no GBC que no Game Boy. E também surgiram os jogos exclusivos, que só rodariam no Game Boy Color. Nesse sentido, o Game Boy Color foi muito bem servido de jogos exclusivos mas quando comparamos o número deles com a biblioteca dos jogos que rodavam no Game Boy (Pocket) foram poucos.

Com exceção do GB Micro, a linha Game Boy Advance era retrocompatível, ou seja, você poderia jogar nos novos aparelhos todos os games que rodavam no Game Boy Color. O chato era que os cartuchos de GB(C) eram meio grandes em relação aos exclusivos da linha Game Boy Advance, mas rodavam no GBA (SP) de boa. A única diferença entre o GBA e o GBA SP, além do formato, era que alguns raros jogos first-party percebiam quando o GBA SP era fechado e também alteravam a luminosidade de sua tela pelo software. Só que eram raros mesmo.

Na linha Advance, o Game Boy Micro era um hardware que em teoria era de baixo custo: não havia mais o processador Z80 do GB(C), o Micro apenas tinha em seu hardware o ARM7 utilizado pelos games exclusivos do GBA. O grande problema do GB Micro foi ser vendido a um preço elevado, no nível do GBA SP quando lançado. Erro da Nintendo.

De longe, a mais bem sucedida linha de consoles portáteis dedicados da Nintendo foi a de duas telas: o Nintendo DS e o Nintendo DS Lite só diferiam no formato, mas o hardware era exatamente o mesmo. Eram retrocompatíveis, ou seja, os cartuchos dos jogos da linha Game Boy Advance rodariam no DS (Lite), embora no caso do DS Lite o cartucho do GBA ficava que nem um cartucho de GB(C) no GBA.

O problema foi quando a Nintendo eliminou a entrada de cartuchos do GBA para atualizar a linha DS com o hardware final, o DSi: embora o DSi até pudesse rodar os jogos de GBA pela presença do co-processador ARM7, a Nintendo não ofereceu opção de comprar jogo do GBA na DSi Ware, loja virtual que em tese justificou a leve atualização de hardware (a CPU principal, ARM9, rodaria no dobro da freqüência). O Nintendo DSi (XL) teve jogos exclusivos que não rodariam no DS (Lite) mas somente eram os da DSi Ware: nenhum jogo físico compatível com o hardware melhorado do DSi deixava de rodar num DS (Lite).

Resumindo a situação toda: pelo menos duas das três primeiras linhas de portáteis da Nintendo tiveram como hardware final um aparelho com leve melhoria em relação aos demais aparelhos e seus próprios jogos exclusivos, embora raros no caso do GBA SP e DSi.


Se tiver Mario Kart exclusivo no New 3DS, seria obrigatório pra mim
.

Aí chegamos à previsibilidade da linha 3DS, o principal ponto que o tio Laguna quer discutir neste tópico.

Percebendo o quanto os smartphones e tablets estão diminuindo o público do nicho dos portáteis dedicados a jogos, a cada ano da linha 3DS a Nintendo introduzia alguma novidade de hardware no ocidente. Com a exceção do Nintendo 2DS, todos os hardwares portáteis da empresa até hoje foram lançados para também agradar ao seu principal mercado, o japonês.

Faltava para o Nintendo 3DS (XL) o hardware final da linha 3DS. Quando o Nintendo 2DS chegou, nada mais era do que o GB Micro feito de forma correta: retirando recursos, mas para baixar o preço de forma “natural” e oferecê-lo como modelo de entrada da plataforma. Dificilmente veremos o repeteco daquele desconto no preço global do 3DS lá em 2011, espero.

Enfim, com o hardware final da linha 3DS, o New 3DS (XL), a Nintendo queria mesmo era renovar a imagem da empresa junto ao público japonês, já saturado com o 3DS e com a remota ameaça do PS Vita. Existiria uma estratégia melhor que introduzir um hardware final logo agora e com possibilidade de jogos exclusivos?

Com o New 3DS (XL) a Nintendo mata um ou outro coelho: se livra daquele acessório horroroso, o Circle Pad, e ainda dá a opção de os desenvolvedores terem um melhor hardware disponível enquanto não introduz a nova linha de consoles portáteis. E também poderia ajudar a empresa a conseguir mais um ou outro ano de lucro, por que não?

O quão melhor seria o New 3DS (XL) no hardware?

Aspecto do SoC Nintendo 3DS (XL) Nintendo New 3DS (XL)
Processador principal ARM11 dual-core a 266 MHz ARM11 dual-core a 533 MHz
Co-processador ARM9 a 133 MHz
Memória principal (RAM) 128 MB 256 MB
Processador gráfico DMP PICA 200 Lite (dual-core) a 133 MHz DMP PICA 200 Lite (dual-core) a 266 MHz
Memória dedicada de vídeo (VRAM) 6 MB 10 MB
Processo de fabricação do SoC 45 nm 32 nm

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Como a autonomia dos novos aparelhos é pouco superior aos antigos e houve melhora no desempenho, o tio Laguna especula que o processo de fabricação não seja a litografia de transístores a 45 nm e sim 32 nm (ou 40 nm, mas quero ser otimista). A Nintendo preza pelo baixo preço dos componentes, então nada de ARM Cortex (ARMv7) no processador principal, continuaria o ARM11 (ARMv6) mesmo.

Segundo os rumores dos desenvolvedores de homebrew, teríamos o dobro de memória RAM, CPU mais veloz e algum acréscimo na VRAM. Apesar das melhorias no ângulo de visão do efeito 3D na tela principal, as resoluções das telas permaneceriam as mesmas, somente foram introduzidos no New 3DS os botões extras do Circle Pad e o NFC.

E o próximo console portátil, sai quando?

SUCESSÃO DOS PORTÁTEIS NINTENDO
1998 2001 2004 2008 2011 2014
Game Boy Color Game Boy Advance Nintendo DS Nintendo DSi Nintendo 3DS Nintendo New 3DS

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Seguindo o raciocínio da tabela apresentada acima, o tio Laguna pode especular que a nova linha de consoles portáteis da Nintendo seria introduzida no Japão em 2017. Detalhe que o Wii U completará cinco anos em 2017.

Será que o novo console da Nintendo e o novo portátil seriam um mesmo aparelho?

Seja como for, o tio Laguna não vai comprar o New 3DS mesmo desejando muito o Xenoblade Chronicles (uma cópia no Wii é raríssima e cara): se considerarmos o histórico da Nintendo em portáteis, teremos retrocompatibilidade, então eu compraria o game em mídia física para jogá-lo apenas no console sucessor. A não ser que a Nintendo faça a maldade de lançar o remake de The Legend of Zelda: Majora's Mask de forma exclusiva no New 3DS, aí eu me veria obrigado a comprar tal aparelho.

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