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Por que nada foi dito sobre a bateria do Apple Watch?

Omissão de informações sobre a autonomia do Apple Watch levantam a hipótese de que a bateria do smartwatch da maçã possa vir a ser seu calcanhar de Aquiles

9 anos e meio atrás

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A Apple desfiou um belo testamento para destacar as supostas vantagens que o Apple Watch possui em relação aos seus concorrentes Android (porém a briga com o meu preferido Moto 360 e correndo por fora, o ASUS ZenWatch e o LG R será boa, fora isso…). Porém a completa ausência de informações a respeito da duração da bateria do smartwatch levantaram suspeitas: será que o consumo de energia não está atualmente satisfatório a ponto de Cupertino não tocar no assunto?

Sendo justo a Apple excluiu do keynote informações relevantes além da autonomia como resolução do display (é Retina ou não?) e a capacidade de processamento do gadgets, tendo se limitado a dizer que ele possui uma placa-mãe selada que integra todos os circuitos num case protegido contra umidade. Aliás essa foi outra informação que só foi revelada depois: o Apple Watch não é à prova d'água, apenas possui resistência contra respingos no visor, que não é muito diferente de um relógio automático. Para um acessório que possui uma versão dedicada à prática de esportes, isso não é muito animador.

Voltemos à autonomia. Seu concorrente direto, o Moto 360 se envolveu numa polêmica nas últimas 24 horas quando a equipe do site iFixit colocou as mãos em um e o destrinchou, dando de cara com uma bateria menor do que a informada pela Motorola: 300 mAh ao invés de 320 mAh (a Motorola se defendeu, dizendo que a capacidade da bateria está “entre os dois valores” e que preferiu listar o menor). No caso do Apple Watch, ele ainda realiza alguns gimmicks extras como gerenciar o processamento dos diferentes tipos de toque, a análise de contexto de mensagens de texto, navegação ponto-a-ponto otimizada para o gadget e outras coisas que demandam poder de processamento dedicado e consequentemente exigem mais do processador e por fim, da bateria.

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Uma das coisas que a Apple não abre mão é da excelência na experiência de uso de seus produtos, e a principal reclamação dos usuários de smartwatches é o fato de ter que recarregá-los todos os dias tal qual um smartphone. Mesmo o Moto 360, que dizem possuir uma autonomia melhor não está livre disso. Na teoria esse seria o feature matador para Cupertino contar vantagem sobre seus concorrentes, apresentar um relógio esperto que faz um gerenciamento do consumo de energia melhor e que como consequência, duraria mais tempo longe da tomada (aliás, o sistema de recarga combinando a tecnologia MagSafe e indução wireless é muito legal). O silêncio da empresa porém aponta para o lado oposto, que talvez eles não tenham conseguido resolver essa equação e para evitar críticas, ficaram em silêncio.

O próprio Tim Cook deixou escapar durante o keynote que talvez a autonomia do Apple Watch seja semelhante a de seus concorrentes, ao dizer que os usuários “irão carregá-lo durante à noite”. Se esse for o caso, a solução para esse problema só virá quando tivermos baterias que façam mais com menos, armazenando uma grande carga num espaço pequeno. Pesquisas nesse campo não faltam (aqui, aqui e aqui), mas infelizmente produtos finais com super baterias ainda vão demorar a aparecer no mercado. Até lá, talvez seja normal carregar um smartwatch toda a noite devido nossa própria limitação técnica.

Fonte: TV.

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