Ronaldo Gogoni 9 anos atrás
Uma das coisas que a Apple sempre se gabou em relação ao Android é a velocidade e facilidade com que seus usuários migram para a versão mais nova do iOS, já que Jobs bateu o pé e força seus updates por cima das operadoras. Com isso muita gente faz o update no dia 1, mesmo donos de aparelhos mais antigos que são mais sujeitos a bugs e lentidão (a bola da vez é o iPhone 4S, já o iPad 2 parece se virar bem, eu testemunhei um em perfeitas condições), e normalmente depois de um mês a grande maioria dos donos de iCoisas já estão com seu software atualizado.
Só que devido as presepadas com o iOS 8, a adoção desta vez está bem mais lenta.
Até o dia 21 de setembro a adoção do iOS 8, que havia sido lançado oficialmente apenas quatro dias antes estava indo muito bem, de acordo com a taxa normal de crescimento que toda nova versão do SO mobile da maçã possui: ele já estava presente em 21,6% dos iPhones, iPads e iPods Touch, contra 49% que ainda estavam rodando o iOS 7. Só que os inúmeros bugs que o sistema apresenta até hoje, bem como o desastre chamado iOS 8.0.1 ajudaram a colocar o consumidor em modo de alerta: boa parte daqueles que não adquiriram um iPhone 6 ou 6 Plus ainda está aguardando um update mais estável (como uma versão 8.1), estando menos propenso a sofrer com dores de cabeça. Os números mostram que em duas semanas a adoção do iOS 8 só cresceu um ponto percentual, empatando com o iOS 7 em 47%. Curiosamente, aparelhos com versões mais antigas do sistema subiram de 5% para 6%.
O fato é que o consumidor Apple está menos afobado. Ao preferir aguardar uma atualização mais estável ele se livra de eventuais bugs chatos, já que a empresa não fez seu dever de casa muito bem desta vez e entregou uma experiência de uso "mágica e perfeita" que demanda um certo trabalho e um pouquinho de paciência para ser degustada.
F0nte: C.