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Nokia pode voltar ao mercado de smartphones em 2016

Fontes indicam que a Nokia pretende retornar ao mercado de smartphones do início de 2016, realizando parcerias com fabricantes e licenciando a marca

9 anos atrás

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O N1 foi um bom tablet Android lançado pela Nokia em 2014

A Nokia pagou um preço alto por perder o bonde da evolução. Ela demorou tempo demais para perceber que os smartphones estavam evoluindo para algo completamente diferente do que ela fazia com seus Symbians. Não que eles fossem ruins (salvo algumas exceções como o N97), eles só saíam das caixas datados.

Incapaz de alcançar o iPhone e os Androids, a Nokia se viu obrigada a se aliar ao terceiro player, a Microsoft. Isso ajudou Redmond a consolidar o Windows Phone como a terceira plataforma mobile, mas as consequências para a divisão mobile da empresa finlandesa não demoraram a vir: adquirida pela parceira, ela eventualmente deixou de existir e virou Microsoft Mobile.

Só que os finlandeses não desistiram por completo do mercado mobile. Embora questões contratuais impeçam a empresa de comercializar novos smartphones com a marca Nokia até o fim de 2016, ela andou brincando de ver até onde pode chegar com o N1, um tablet Android que teve bons resultados. A estratégia foi licenciar o nome e jogar a responsabilidade pela fabricação para parceiros, no caso a Foxconn. À Nokia cabe apenas colocar seu logo nele.

Considerando o sucesso relativo do N1 não é tão estranho a notícia de que segundo fontes internas, a Nokia pretende lançar um novo smartphone já no início de 2016 utilizando o mesmo modus operandi: licenciar a marca, permitindo que parceiros possam fabricar aparelhos móveis e acessórios desde que sigam as normas da empresa finlandesa. É quase como a nVidia atua, fornecendo o hardware de referência.

A responsável pelo futuro smartphone seria a Nokia Technologies, a mesma divisão de onde veio o projeto do N1. Segundo informações a divisão também possui um projeto de Realidade Virtual, porém os detalhes são muito escassos.

A Nokia de fato tem interesse em voltar para o mercado de telefonia móvel, isso ou não compraria a Alcatel-Lucent por US$ 16,6 bilhões. Com a aquisição os finlandeses agora respondem por 35% do mercado de telecomunicações da Europa e 16,9% do global. Claro que o forte da Nokia será a infra, fornecendo tecnologia para grandes empresas e centros de pesquisa, mas ignorar o mercado de smartphones seria algo um tanto insensato.

O que não sabemos são as cláusulas do contrato assinado entre Nokia e Microsoft quando da venda da divisão mobile. A existência do N1 sugere que talvez o acordo só diga respeito a smartphones, ou a estratégia de licenciamento pode ser uma brecha encontrada pelos finlandeses. Independente disso, o fato é que a expertise da empresa não foi toda embora para Redmond, podemos esperar bons aparelhos Android com a interface Z Launcher num futuro próximo.

Fonte: Re/code.

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