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Promessa é dívida: hackers vazam quase 10 GB de dados de usuários do Ashley Madison

Grupo hacker Impact Team libera pacote com 9,7 GB de dados do site Ashley Madison contendo nomes, endereços, e-mails e preferências sexuais dos usuários

8 anos e meio atrás

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Pelo visto o Impact Team cumpriu a ameaça: no mês passado o grupo hacker invadiu e se apossou dos dados dos usuários do site Ashley Madison, uma rede social voltada para quem gosta de viver perigosamente: ele incentiva relacionamentos extraconjugais.

Sucesso em todo o mundo e inclusive no Brasil, os hackers prometeram que caso o site não fosse fechado a cobra iria fumar. Muito.

Eis o motivo do rolo: o Ashley Madison se vangloria de “modernizar” a prática do adultério, oferecendo uma rede social “discreta” e “segura” para quem gosta de pular a cerca. Desnecessário dizer que como tudo na internet nada está 100% a salvo de um ataque, e o pessoal do Impact Team tratou de lembrar todo mundo disso. O motivo do ataque seria a prática desleal do site e de seus co-irmãos, Cougar Life e Established Men em manter dados financeiros dos usuários mesmo após a remoção de seus perfis — procedimento esse que custa US$ 19. A Avid Media Life negou as acusações, mas depois passou a oferecer o recurso de graça.

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A mensagem foi clara, a empresa tinha um mês para fechar totalmente os três sites e se livrar de todos os dados armazenados, caso contrário o grupo divulgaria um suculento dossiê com informações bancárias, nomes, endereços e preferências sexuais de todo mundo. Como a AML não moveu uma palha para cumprir com as exigências, chegou a hora de saber se a ameaça seria cumprida.

Através do Reddit, o Impact Team liberou links para um pacote de 9,7 GB de dados (Google it) e algumas pessoas chegaram a montar um banco de dados com toda a informação fornecida, permitindo a qualquer um realizar buscas por nome ou e-mail, provendo dados como contatos detalhados, tipo de corpo, preferências sexuais, fetiches e etc. Logins e senhas também foram divulgados, mas ao menos a AML tomou cuidado ao protege-las com Bcrypt, levando aos mais curiosos a apelar para tentativa e erro a fim de entrar na rede social. Ainda assim, senhas mais fracas e curtas são mais suscetíveis a serem quebradas.

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Não está 100% claro se todos os dados dos cerca de 37 milhões de usuários do Ashley Madison estão presentes no pacote. Além disso diversos links já foram derrubados, mas o link original na Locadora permanece firme e forte. E mesmo que suma, uma vez na internet alguém com certeza irá hospedá-lo novamente, para desespero dos usuários do site de traição.

É como eu disse antes: se eles queriam uma vida de fortes emoções, conseguiram.

Fonte: Reddit.

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