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PSX 2015 — olha, já adorei o 1º episódio de Final Fantasy VII Remake

Durante a PSX 2015, a Square Enix anuncia que o Final Fantasy VII Remake será um jogo comercializado em vários episódios. Veja porque isso será vantajoso!

8 anos atrás

Tenho muito o que agradecer à Tectoy: não fosse pela tradução brasileira oficial do Phantasy Star lá do Master System, provavelmente eu não seria tão fã do gênero JRPG. Ao passar do Master System para o SNES, me deparei com um bocado deles. Imagine aí quanto tempo investi em vários dos títulos naquele console. Bons tempos.

Em 1996, a saudosa Super Game Power falava sobre um Final Fantasy VII. Sim, eu me perguntei naquela época: como assim; mal joguei o FF2 e o FF3, e já me aparece um maldito FF7?

Havia uma locadora de games perto de casa (perguntem ao Izzy onde a locadora concorrente da do seu Roberto ficava) e eles em 1997 compraram um FF7 japonês. E tinha um doido que sabia japonês e ficava jogando esse jogo. Ninguém entendia nada, mas os moleques inclusive eu assistíamos aquilo. Era bonito de se ver.

Laguna_Final_Fantasy_VII_Remake_PSX_2015

Claudio é também meu primeiro nome

Eu não sabia (e nem sei) japonês mas consegui aprender katakaná na marra: o doido dizia que esse era o alfabeto japa utilizado em palavras estrangeiras. Bastava desvendar os katakanás e você obtinha uma palavra normalmente in Engrish. Pra mim os personagens se chamavam “Claudo”, Bullet e Aerith.

O tio Laguna com toda essa ajuda só conseguiu chegar em Midgar Zolom, aquela cobra gigantesca. Só passei dali quando re-joguei o game em sua versão norte-americana. E aí começaria a minha conhecida implicância com o FF7.

Digamos que as cópias dos jogos nessa locadora eram bem suspeitas e as cutscenes dos CDs travavam. Isto era algo muito irritante. Como gostei do jogo até então, estava decidido: vou comprar a cópia original e jogar na locadora. Desapareci de lá por semanas, fiz bicos e consegui juntar os 145 reais (cerca de US$ 90 na época) necessários para comprar o Final Fantasy VII.

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Continua bem conservado, mesmo após quase duas décadas

Foi lindo chegar na locadora com o CD preto e ficar ali jogando pelo final de semana. Infelizmente, duas semanas depois, veio a tragédia: algum moleque FDP pegou o cartão de memória que eu usava e encheu de saves do Winning Eleven Brasileirão. Eu já estava perto do final do 1º disco.

O jeito foi comprar um Memory Card e começar tudo de novo. Quando você joga novamente um mesmo título desde o começo, você acaba por perceber certos detalhes que passaram batido: o grinding, por exemplo. Ao literalmente pagar para jogar, a repetitiva tarefa de evoluir os personagens se torna cada vez menos interessante.

No caso do FF7, o sistema de Materias deixava todos os personagens praticamente iguais à exceção dos Limit Breaks. Eu aguentava as batalhas aleatórias para ver mais dos belos FMV da Squaresoft de um enredo que eu considerava apenas ok. Acho o FF7 um bom jogo que fez boa transição para o 3D mas um Final Fantasy apático, medíocre.

Por mim, se fossem refazer o jogo, que utilizassem outro sistema de batalha: o sistema por turnos já deu o que tinha que dar. Estamos em 2015, não dá para gastar dezenas de horas com as mesmas batalhas repetitivas só pra evoluir o personagem num jogo bastante linear.

Final Fantasy VII Remake

Na E3 2015, a Square Enix mostrou o Final Fantasy VII Remake na conferência da Sony. O tio Laguna não deu bola pois achou que só colocariam uma roupa nova num sistema que vejo cheio de problemas desde o alicerce.

Durante este final de semana, no meio da PSX — PlayStation Experience 2015, a Square Enix solta este vídeo abaixo: o lindo trailer oficial da jogabilidade do primeiro episódio do Final Fantasy VII Remake.


PlayStation Experience 2015: Final Fantasy VII Remake - PSX 2015 Trailer | PS4

Bom, o gráfico é basicamente o padrão da oitava geração de consoles, lembra o belo Advent Children, ok, mas o que deixou o tio Laguna animado foi que simplesmente descartaram o arcaico sistema de batalha do Final Fantasy VII original e colocaram no lugar uma mecânica que lembra bastante a dos recentes Final Fantasy XV e Final Fantasy Type-0. Caiu como luva, ficou fantástico!

Como o jogo será vendido em diversos episódios, seria mais voltado à ação do que ao maldito grinding: promete ser um jogo que contará uma história, não uma desculpa esfarrapada para batalhas repetitivas sem sentido. Outra vantagem da divisão do Final Fantasy VII Remake em vários episódios: o primeiro pode sair ainda em 2016. Também há a possibilidade de cada episódio do game contar com estilo e jogabilidade diferentes um do outro. Life is Strange!

No comunicado oficial feito durante o evento, a editora não deu maiores detalhes sobre em quantos episódios o Final Fantasy VII Remake seria dividido, nem deu pistas sobre o custo individual de cada um aos jogadores. O jogo sairá primeiro no PlayStation 4, mas há forte possibilidade de sair também para o Xbox One e Nintendo NX logo depois. Como o custo de produção será alto, nada mais justo que a Square Enix cobrar bem mais que os atuais US$ 60 por jogo completo. Capitalismo.

Especulo que talvez a Square Enix divida o Final Fantasy VII Remake de forma que os jogos da Gold Saucer fiquem concentrados em um episódio extra. Seria possível que tal episódio extra contenha o Final Fantasy VII Snowboarding e o Final Fantasy VII G Bike (este recentemente descontinuado).

Nada de distrações, apenas um enredo melhor casado com uma jogabilidade mais atual. Um verdadeiro remake. Gostei.

Fonte: Destructoid.

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