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A importância de Sundar Pichai para o Android

Atual CEO do Google foi fundamental para integrar o projeto Android aos demais serviços da empresa, algo que Andy Rubin não era muito dado a fazer

8 anos atrás

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Fato: o Android é o sistema operacional móvel mais popular do mundo. Uma suíte excelente de integração dos serviços do Google, que essencialmente continua sendo uma empresa que vive de buscas e ads (mais de 90% de seu faturamento ainda vem deles). Só que as coisas nem sempre foram assim.

Para falar a verdade, a noção do robozinho profundamente ligado a todos os serviços de Moutain View é história extremamente recente, tal estratégia começou a ser posta em prática a partir de 2013 quando o então líder de Chrome e Chrome OS Sundar Pichai passou a responder também pelo sistema mobile, assumindo o cargo do pai da criança Andy Rubin.

O robozinho trilhou caminhos curiosos para chegar onde está hoje: em 2004 Rubin criou a Android, Inc. como uma startup para desenvolver sistemas operacionais inteligentes para câmeras digitais, que pudesse contar com a opção de instalar apps de third parties. Logo o engenheiro se tocou que ele estava desenvolvendo um canhão para matar formigas, o mercado fotográfico não era tão grande para justificar a criação de um SO tão específico e logo o moveu para a telefonia celular, de olho no Windows Mobile, o Symbian da Nokia e o então sistema de referência, o BlackBerry.

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Andy Rubin, o pai do Android

Só que havia um Google no meio do caminho, que comprou a startup em 2005 e logo tratou de direcioná-la para desenvolver um sistema móvel para a companhia. Problema: embora Rubin seja um profissional exemplar ele fazia as coisas de forma muito independente. Desde seu lançamento oficial em 2008 o SO móvel era visto como uma incubadora isolada, um projeto tocado por uma equipe de desenvolvedores que não se misturavam e não deixavam o Android brincar com o Google, por assim dizer. Ele era bom mas engessado, limitado. Um produto em si e nada mais. E permaneceu assim até Rubin ser deslocado para outros programas internos como o Google X (que por um tempo abarcou o Glass).

Isso aconteceu em 2013, e em seu lugar Pichai entrou. Rubin foi afastado justamente porque Mountain View queria que o robozinho fosse mais integrado, e ao deixá-lo a cargo do então engenheiro responsável por uma série de outras soluções ele simplesmente trouxe o Google com ele para o Android, segundo as palavras do atual líder de Android, Chrome OS e Chromecast Hiroshi Lockheimer. Foi missão do executivo acabar com a ideologia insular do SO móvel e integrar sua equipe a todas as outras soluções da companhia, fazendo com que finalmente o Android passasse a conversas com os outros produtos do Google com profunda intimidade.

Quanto a Rubin, embora ele tenha por um tempo adorado a ideia de voltar a brincar com robótica, sua maior paixão é um tanto evidente que ele não gostou de ter sido separado de seu “filho”, tanto que pouco tempo depois ele saiu do Google para perseguir seus sonhos por conta própria.

De qualquer forma é bom ver que as especulações sobre a mudança de filosofia do Android, causada pela saída de Rubin e a entrada de Pichai em seu lugar tinham uma boa dose de verdade, só não se sabia o motivo.

Fonte: BuzzFeed.

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