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WWDC 2016 — Safari entra para a Galeria de Vilões do Flash

Evolua ou morra: Safari 10 para macOS Sierra passará a bloquear o Flash completamente por padrão; Apple dará preferência ao HTML5

8 anos atrás

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Começou com Steve Jobs. Quando em abril de 2010 o então CEO da Apple publicou aquela carta toda a internet se uniu em prol de um único objetivo: matar o Flash. A Adobe sentou em cima dos louros da vitória colhidos por seu plugin e nunca se preocupou seriamente em modernizá-lo. Com o tempo ele se tornou um câncer principalmente para dispositivos móveis, consumidor voraz de banda e recursos enquanto opções mais atraentes como o HTML5 surgiam.

Como muitos desenvolvedores preferem trabalhar com o Flash por ser mais simples e inúmeros sites ainda ganham dinheiro com os arcaicos banners, sobrou para os fabricantes e grandes empresas fazerem o trabalho sujo de bloquear o plugin de todas as formas possíveis. O Google o jogou na berlinda das buscas móveis e até o fim do ano ele deixará de funcionar no Chrome. O Firefox já o baniu e o Facebook pediu sua cabeça. O Microsoft Edge também já está barrando-o. Restava a própria Apple se mexer em relação a seu próprio navegador, o Safari para Mac.

Aproveitando o anúncio do macOS Sierra, a maçã aproveitou para anunciar durante o decorrer da WWDC 2016 que o Safari 10, que acompanhará a nova versão do sistema operacional seguirá o caminho já tomado pelo Firefox e anunciado pelo Chrome: plugins proprietários em geral virão desativados de fábrica, inclusive e principalmente o Flash.

Assim sendo, sites que utilizarem conteúdo em HTML5 serão reproduzidos perfeitamente enquanto os elementos em Flash não serão exibidos, cabendo ao usuário a opção de consumi-los ou não, bastando clicar neles em caso positivo. O Safari também irá sobrescrever quaisquer tentativas de links redirecionarem o usuário para o site da Adobe a fim deste baixar o pacote do plugin, oferecendo em seu lugar uma execução local de caso único. Assim evita-se ao máximo fazer com que o sistema arque com o peso de manter o software ultrapassado do Flash, a menos que o usuário desde mesmo instalá-lo em seu Mac.

Essa atitude da Apple visa proporcionar maior performance como um todo em seus dispositivos, se livrando da necessidade de carregar plugins desnecessários no sistema; ela parte do princípio que boa parte dos sites grandes já migrou para HTML5 e quem não o fizer, que sofra as consequências. E com todos os navegadores fechando o cerco, quem não evoluir vai morrer na praia.

Fonte: 9to5Mac.

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