Carlos Cardoso 15 anos atrás
No Brasil é impossível encontrar NAS a um preço que não envolva partes do corpo e/ou seu primogênito, e backups em DVD não são realmente práticos. Depois de muito estudar a melhor alternativa, fora montar um miniservidor Linux com placa-mãe VIA (planos para os próximos meses) é utilizar HDs, que estão estupidamente baratos.
Inicialmente tentei cases externos, mas cada case significa um cabo de força, um cabo de dados, um tijolo ligado na tomada e um emaranhado de fios que deixaria Peter Parker emocionalmente perturbado. Abandonada essa estratégia, descobri as docking stations, suportes externos para HDs, onde posso espetar os discos, ler e gravar o que tem que ser lido ou gravado, guardar o disco na gaveta e pronto.
Um hard disk vira um disquetão.
O modelo escolhido foi o da imagem abaixo, comprando na Deal Extreme por algo em torno de US$18,00. Infelizmente o site está fora do ar neste momento, então nada de link direto.
Existe uma boa quantidade de variações, com preços que vão até quase US$50,00. A caixa é quase sempre a mesma:
No caso embora esteja escrito, o modelo adquirido não tem HUB USB nem leitor de cartões.
Aberta a caixa, a primeira coisa que notamos é uma grossa fatia de espuma plástica protegendo a aba traseira da docking station, a parte mais frágil:
Isso não é muito comum nessas coisas chinesas, mas é muito bem-vindo.
No fundo da caixa, temos um cabo USB, um cabo de força, a fonte, manual e um CD com drivers. Só é necessário se você quiser configurar no seu Windows o botão de backup, do contrário o dispositivo funciona como um disco USB normal:
O peso não é muito, mas tudo fica firme. O aparelho suporte HDs de notebook e HDs normais, mesmo os pequenos já adicionam massa o suficiente para que nada fique deslizando pela mesa.
A traseira, assim como a da Mulher-Melancia, é autoexplicativa:
Por ser o modelo mais simples, se resume a uma porta USB, porta de força e botão liga/desliga.
A utilização é igualmente simples. Espeta-se o cabo de força, liga-se o cabo USB ao computador. Com o botão de liga/desliga na posição desligado, encaixe um HD SATA. Sem força, só com jeito. Não é um filme pornô, é um relato de 1a vez na Capricho:
Após o encaixe, ligue o power. Em alguns segundos o HD se iniciará e aparecerá em seu computador, como um disco externo. Use normalmente e só não se esqueça de desmontá-lo (Mac/Linux) ou ejetá-lo (Windows) quando terminar. Aí é só desligar o power, remover o disco e guardar.
Performance
O dispositivo foi testado com quatro HDs diferentes, comparando inclusive com o HD interno do Macbook. O programa utilizado foi o espartano porém eficiente Xbench. Vejamos os resultados:
A grande diferença se fez sentir somente com o HD mais moderno, instalado internamente. O HD interno antigo, de 80GB era tão ruim que perdeu em quase todos os quesitos, para os HDs no dispositivo USB. O máximo de performance, leitura de 36.31MB/s está longe do throughput teórico de 150MB/s das interfaces SATA, mas lembre-se que estamos ligados a uma interface USB 2.0, com uma velocidade máxima igualmente teórica de 480MBits. Dividindo por dez, para incluirmos bits de controle, protocolo, etc, teríamos uma velocidade máxima teórica de 48MB/s.
Conclusão:
Valeu cada centavo e ainda bem que eu comprei, assim não preciso devolver.