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Chegou! Versão final do Android 7.0 Nougat é lançada oficialmente

Hora de atualizar: o Google libera versão final do Android 7.0 Nougat para dispositivos Nexus selecionados, com uma série de novidades!

8 anos atrás

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E a espera acabou. O Google resolveu adiantar as coisas e pela primeira vez liberou a nova versão do Android sem anunciar oficialmente um novo dispositivo da família Nexus. Ontem a gigante começou a liberar a build final do 7.0 Nougat aos donos de dispositivos que rodam Android puro oficialmente, e este chega com diversas novidades interessantes.

Android Nougat Statue Unwrapping

Liberado desde ontem para os afortunados donos de Nexus mais recentes, o Android 7.0 teve um desenvolvimento focado em três frentes:

  • produtividade: o modo de multi janelas trará maior dinamismo para quem faz mil coisas ao mesmo tempo e vive se atrapalhando com as aplicações abertas. A tela Apps Recentes manterá o acesso rápido apenas aos mais usados, e ao clicar duas vezes no Home o sistema vai alternar entre os dois executados por último. Por fim, um botão para fechar todos os apps abertos de uma vez foi incorporado para facilitar as coisas. A única coisa que não se concretizou (ainda) foi o modo desktop, já que referências foram encontradas no código. Um feature para 2017, talvez?
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Modo Multi-Janelas

  • desempenho: o Project Svelte promete um melhor gerenciamento no uso de memória RAM, a fim de evitar que apps comam mais recursos do que deveriam e deixem a performance do Android 7.0 lenta, o que acontece até em dispositivos de ponta mesmo quando rodamos algo que não são games. A API Vulkan permitirá que desenvolvedores tenham um acesso mais profundo ao hardware ao diminuir a espessura da camada de abstração, aproximando o código cada vez mais da linguagem de máquina. É a mesma proposta do Metal dos processadores AX da Apple, e o objetivo é o mesmo: melhorar a performance de programas pesados e games sem ter que escrever nada em Assembly. O novo compilador Java (linguagem que pode puxar o carro do robozinho no futuro) reduz o tempo de instalação de apps em até 75%, o tamanho deles em até 50% e a redução de dados que precisam ser compilados por vez também acelerou a execução dos mesmos, que segundo o Google estão até duas vezes mais velozes. E menos tempo de processamento = menos energia consumida. Falando em consumo energético, o Doze foi refinado e agora entra em ação toda vez que a tela for desligada. Antes dependente de total inatividade do aparelho (ele fazia uso dos sensores e/ou o giroscópio para determinar que o smartphone ou tablet estava em completo repouso, para só se ativar), o Google percebeu o óbvio ululante que ninguém usa eles quando estão no bolso ou na bolsa: como continuavam a se movimentar o Doze não era acionado. Não mais.
  • segurança: agora é para valer, a criptografia nativa is back and kicking. Ela havia sido introduzida no Android 5.0 Lollipop, mas foi desativada em dispositivos recentes porque estava carregada de bugs. Desta vez tudo funciona nos conformes (sorry FBI) e é possível até mesmo isolar um único arquivo e tranca-lo a sete chaves. O Chrome também recebeu uma camada de proteção mais espessa e a Play Store finalmente passará a ser pró-ativa: no momento da submissão de novos apps ela fará uma varredura completa (o Google também pretende escanear todo o acervo já presente, mas isso é outra parada) em busca de irregularidades. Não cumpriu com as exigências, é suspeito ou compartilha ferramentas que incentivem práticas ilegais (oi emuladores!), será posto para fora a pontapés. Não obstante, a nova verificação de integridade do sistema varrerá o Android atrás de falhas e o bloqueará caso encontre algo estranho. Trocando em miúdos, Mountain View vai dificultar a vida de quem faz root e/ou instala ROMs. Por outro lado, como tal medida pode causar instabilidades quanto a programas legítimos que se comportam de maneira errada, a nova ferramenta de correção de erros permite a recuperação de 16 a 24 MB de blocos consecutivos perdidos em uma partição típica, entre 2 e 3 GB. Assim um app mal comportado não representará um crash catastrófico, já imagens root não autorizadas são outra história. Por fim, um modo de atualizações em segundo plano tal qual o Chrome para corrigir falhas de segurança e fechar brechas que vivem aparecendo foi introduzido, e você não precisa fazer nada. O Android cuida de tudo.

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O Android 7.0 Nougat traz também 72 novos emojis (mas o de rifle dançou), compatibilidade com o Daydream, o modo de realidade virtual, suporte a vários idiomas simultâneos durante a pesquisa, configurações de rápido acesso e maior variedade de gestos compatíveis com os apps nativos, e porventura os de terceiros.

Quem foi contemplado: a princípio apenas donos dos aparelhos Nexus 6, Nexus 5X, Nexus 6P, Nexus 9, Nexus Player, Pixel C e da família Android One receberão o Android 7.0 Nougat via OTA, e como nenhum deles foi oficialmente lançado no Brasil é fato que por enquanto o novo robozinho não é para o nosso bico. Aos que adquiriram um desses dispositivos no exterior, o Google garante que eles serão atualizados da mesma forma. Se você não quer esperar pode entrar no site oficial, baixar as ISOs e instalar na unha como sempre (os links serão adicionados conforme forem liberados).

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No mais, o Google anunciou que o primeiro dispositivo a rodar o Android 7.0 Nougat de fábrica não será um Nexus e sim o V20, o futuro smartphone super-premium da LG. Isso pode indicar mudanças? Talvez...

Fonte: Google.

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