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No futuro sua camiseta terá uma tela OLED no lugar da estampa

Pesquisadores sul-coreanos desenvolvem nova tecnologia de display OLED em tecido; aplicações vão desde telas em roupas a gadgets mais maleáveis e portáteis.

7 anos atrás

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A onda das telas flexíveis não é nova, ouvimos essa conversa desde que a Nokia apresentou o conceito do Morph há quase uma década. Hoje um display maleável é até fácil de se produzir mas o sonho da Samsung e cia. limitada, de apresentar gadgets completamente dobráveis é bem mais complicado.

Wearables esbarram em problemas semelhantes. Você pode até acondicionar uma tela em suas roupas, mas por mais flexível que seja ela será a parte mais rígida da vestimenta, o que geraria alguns probleminhas. E é tendo em vista essa limitação que uma pesquisa conjunta da Coreia do Sul desenvolveu uma tecnologia que permite aplicar uma tela OLED em... tecido.

A ideia maluca partiu de uma equipe de pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia Avançados da Coreia (ou simplesmente KAIST, universidade pública e grande centro de pesquisas) e a Kolon Glotech, uma empresa especializada em produção de fibras para diversos setores, principalmente o automobilístico. O projeto girava em torno de permitir a aplicação de uma tela em um material que não se deformasse com o estresse cotidiano aplicado a uma roupa comum, sem ser áspero e que não se dilatasse quando aquecido; s pesquisadores então chegaram a um novo tipo de substrato têxtil que se assemelha mais a vidro do que uma trama comum (o que faz sentido).

O time liderado pelo prof.Chi Kyung-chul utilizou a técnica de planarização químico-mecânica, usada para a confecção de circuitos integrados para desenvolver o material. Com um processo de deposição térmica os pesquisadores conseguiram fazer com que os diodos se fixassem no subextrato, o que em tese permite que eles funcionem sem que a trama perca as propriedades de um tecido natural.

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A pesquisa ainda está nos primeiros estágios, mas os pesquisadores dizem que os resultados são promissores: a durabilidade dos diodos está atualmente em 1.000 horas e busca-se um patamar de 3.500 horas (parece muito, mas não chega nem perto da vida útil de um display tradicional). As aplicações são diversas, desde roupas com displays embutidos para quem gosta de ser um outdoor ambulante, como o desenvolvimento de novos wearables mais maleáveis seria possível. Imagine um smartwatch que não é nada mais do que uma pulseira. Seria possível.

De qualquer forma convém aguardar. Esta não é uma tecnologia para amanhã e nem para os próximos anos, mas caso se torne viável nós inevitavelmente a veremos aplicada das mais diversas formas no mercado.

Fonte: Business Korea.

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