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Xiaomi vai introduzir seu próprio SoC mobile em breve

Em busca da independência: para não mais depender de terceiros Xiaomi confirma estar desenvolvendo seu próprio SoC, para usa-lo em seus futuros lançamentos.

7 anos atrás

A Xiaomi cansou de depender de terceiros. Desde o ano passado circulam boatos de que a companhia chinesa estaria trabalhando em um SoC próprio e agora veio a confirmação: o assim chamado “Pinecone” deve ser revelado já no próximo mês, ao equipar o Mi 5c, seu próximo smartphone.

Não é tão difícil entender a decisão da Xiaomi: a Qualcomm, sua principal fornecedora de SoCs está enfrentando processinhos vindo de todos os lados, seja da FTC ou da Apple (sem falar na multa aplicada pela KFTC na Pior Coreia) e por causa disso, contar com a fabricante neste momento não é lá muito inteligente.

Uma alternativa era seguir o que outras já fazem. A Huawei conta com os chipsets Kirin produzidos por sua subsidiária HiSilicon, enquanto a Samsung fabrica a linha Exynos; já a Apple detém a tecnologia AX, que atualmente é manufaturada pela TSMC. Logo investir na produção própria dos componentes seria a saída mais acertada.

Na última semana, através de um postagem na rede social Weibo a Xiaomi revelou a existência de pelo menos dois modelos do Pinecone: o primeiro, chamado V670 seria um octa-core ARM baseado no Cortex-A53, de médio desempenho e com uma GPU Mali-T860 com clock de 800 MHz; com processo de litografia de 28 nanômetros ele seria o que virá a equipar o Mi 5c, smartphone intermediário que segundo informes deverá ser revelado no próximo mês. Já o outro modelo, referido pela Xiaomi como V970 seria um Pinecone mais potente, igualmente octa-core mas com quatro núcleos Cortex-A73 de alto desempenho, além dos outros quatro A53. A GPU seria uma Mali-71MP12 de 900 MHz e o processo de fabricação de 10 nanômetros, fazendo deste chip uma versão para os dispositivos premium da companhia. Acredita-se que ele estará presente nos próximos flagships da fabricante chinesa, o Mi 6 e o Mi Note 3.

Sendo pragmático é a melhor opção, ainda que num primeiro momento os chips Pinecone possam se aproximar mais de um MediaTek do que um Exynos; a Qualcomm, apesar de todos os processos se comprometeu a fornecer o Snapdragon 835 para a Samsung equipar o Galaxy S8 e S8+ e ao que tudo indica os sul-coreanos compraram todo o estoque, deixando as concorrentes a ver navios. Esse seria o principal motivo do LG G6, que será apresentado na MWC 2016 vir com o Snapdragon 821 e não com o novo chip top de linha.

Assim a Xiaomi dá um passo importante para não depender tanto de fornecedores de componentes externos, foge dos rolos com a Qualcomm e irá usar o que aprender para aprimorar seus futuros lançamentos, sem ter que gastar dinheiro fora. Resta saber como os novos aparelhos se comportarão com os novos chips, o que descobriremos em breve.

Fonte: Android Authority.

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