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Keynote Apple WWDC 2017 — iPad Pro de 10,5″; iMac Pro, HomePod e muito mais

Apple traz a sacolinha cheia de novidades para a WWDC 2017; destaque para os novos iMac Pro, iPad Pro de 10,5″ e o HomePod, concorrente do Google Home e Amazon Echo.

7 anos atrás

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Outro ano, outra WWDC. O keynote do tradicional evento da Apple voltado para desenvolvedores desta vez trouxe mais lançamentos em hardware que de costumes, junto às novidades voltadas para seus principais sistemas. Vamos dar uma olhada no que a Apple trouxe em sua sacolinha desta vez:

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Foram tão poucas novidades sobre esses dois sistemas que convém juntar tudo em um só tópico. Sobre o sistema da Apple TV a única novidade foi o anúncio da chegada da Amazon Prime Video ao sistema, após Jeff Bezos fazer doce por anos; claro, ele continuará não vendendo o gadget em sua lojinha, a fim de promover sua linha Fire TV.

E só. Mais nada.

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Já o watchOS 4 vai expandir as funções dos Apple Watches, com a Siri se tornando mais esperta e proativa: o mostrador trará dados úteis relevantes para o usuário dependendo de onde ele está, hora do dia, o que está fazendo e outras coisas. Ele imita as funções da tela de bloqueio do iOS e exibe notificações verdadeiramente úteis de modo até para justificar o investimento.

Para quem não quer tanta interatividade há outros tipos de novos mostradores, um caleidoscópio e outros três trazendo Woody, Jessy e Buzz Lightyear, direto de Toy Story para fazer companhia à Mickey e Minnie.

Há remodelações relevantes no app Atividades (com suporte a novos achievements) e Exercícios, com menus mais intuitivos para as diversas atividades físicas do usuário. Destaque para a integração com equipamentos de companhias como Life Fitness e TechnoGym, para captar informações de esteiras, bicicletas ergométricas e aprimorar a experiência. E o app agora pode reproduzir músicas diretamente.

Por fim, o app News (que não chegou ao Brasil) agora é compatível com o Apple Watch, o Música terá sincronização automática com a biblioteca do iPhone e exibição de capas em tela cheia, novo rearrajo de apps em pilhas e outras coisinhas. A previsão de chegada é para o terceiro trimestre.

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macOS High Sierra, atualizações nos Macs e novo iMac Pro

A nova versão do macOS foca em desempenho e estabilidade, e por isso mesmo seu background foi todo repensado. Primeiro o sistema de arquivos padrão passa a ser o APFS (Apple File System), já presente no iOS e que permite uma sensível diferença no manuseamento de arquivos e velocidade de transferência. Uma demonstração de clonagem de vídeos por exemplo foi instantânea, contra um processo de 10 segundos no macOS Sierra.

Há outras mudanças significativas. O padrão de vídeos do High Sierra passa a ser o H.265, ideal para renderização em 4K e HDR e muito mais otimizado do que o H.264, e com a vantagem de aceleração de hardware em modelos mais novos de Macbook e iMacs. Os demais terão que se virar com renderização via software, que é muito mais custosa mas é o preço da evolução: não dá para fazer update de hardware retroativo (eu sei).

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A performance de GPU também foi repensada: o motor gráfico Metal 2 trará novas otimizações, suporte a Unity, Unreal Engine 4 e Realidade Aumentada, graças ao SDK do Steam VR que chegará em breve. A demonstração de uma demo de Star Wars em RV utilizando o HTC Vive (a Oculus esnobou e perdeu), embora um tanto atrapalhado fluiu com boa desenvoltura.

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Clrao, a Apple atualizou as linhas MacBook de 12 polegadas, MacBook Pro e iMac para processadores Intel Kaby Lake, que significa novas GPUs. Os iMacs contam com monitores de 21,5 e 27 polegadas com resolução Full HD, 4K ou 5K com 500 nits, matização de 10 bits e suporte até um bilhão de cores, o suficiente para qualquer profissional de vídeo. Eles suportam até 16, 32 ou 64 GB de RAM, Fusion Drive de 1 ou 2 TB e placas de vídeo Radeon Pro 555, 560, 570, 575 ou 580 dependendo do modelo (apenas a versão de 21,5″ com monitor Full HD ficará limitado à Intel Iris Plus 640).

Os preços variam entre R$ 8.199,00 e R$ 17.199,00, já disponíveis.

Os MacBooks também foram atualizados; o modelo de 12 polegadas recebeu processadores Intel Core m3 dual core de 1,2 GHz ou Core i5 dual core de 1,3 GHz, 8 GB de RAM e GPU Intel HD Graphics 615, além de SSDs de 256 e 512 GB mais rápidos. De resto tudo igual, com preços a partir de R$ 9.799,00. A linha MacBook Pro de 13 e 15″ também recebeu novos processadores, e os preços partem deR$ 9.799,00.

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Mas a grande atração é mesmo o iMac Pro, um modelo para profissionais que acham o iMac fraco mas não querem gastar os tubos com o Mac Pro. O hardware conta com processadores temos Intel Xeon de 8, 10 ou 18 núcleos, GPU AMD Radeon Pro Vega 56 de até 16 GB de VRAM (ou 11 Tflop/s de poder computacional), suporte a até 128 GB de memória ECC, SSD de 3 GB/s com até 4 TB, quatro portas Thunderbolt 3 (USB-C), mais quatro portas USB tradicionais e uma Ethernet de 10 Gb/s, afinal é um desktop.

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https://www.youtube.com/watch?v=QNIX_iETn3w

Ele suporta até dois monitores 4K e o preço de entrada é de US$ 4.999,00; mais barato que a concorrência segundo a Apple. Ele só chega em dezembro, mas a maçã já quis deixar todo mundo babando.

Já o macOS High Sierra está disponível hoje para desenvolvedores; a versão Beta pública chega no fim do mês e o lançamento final ocorre no terceiro trimestre.

iOS 11 e iPad Pro de 10,5″

Não mudou muita coisa, embora algumas decisões de software sejam minimamente curiosas. O iMessage por exemplo tomou vergonha na cara e vai sincronizar as mensagens com o iCloud, com espaço otimizado e criptografia de ponta a ponta. O único porém é que o espaço gratuito, a mixaria de 5 GB não será expandida; portanto boa sorte ao gerenciar as coisas que você salva nos servidores online.

O Apple Pay ganha a opção de pagamento P2P, ideal para quem precisa enviar quantias para seus amigos e não quer depender de soluções de terceiros, e a Siri foi profundamente alterada para se parecer mais humana: a versão em inglês (masculina e feminina) recebeu novas opções para dizer uma mesma palavra em diversas entonações, o que em teoria significa que a conversação ficará com um aspecto menos robótico; resta saber se isso se aplicará em outras línguas também.

A Siri agora será capaz de traduzir áudio em tempo real (apenas em inglês, francês, espanhol, italiano e alemão por enquanto) e o devkit foi expandido e em breve ela poderá ser integrada a mais uma gama de aplicativos.

Uma das mudanças mais controversas, no entanto foi a introdução de um novo formato de compressão de fotos: sai o JPEG, entra o HEIF. Segundo a Apple a adoção do novo padrão prevê fotos com a mesma qualidade e a metade do espaço, esperando que ele se torne o padrão da indústria no futuro; pena que como o XKCD já explicou, essa é uma solução à procura de um problema. Pelo menos você poderá exportar em JPEG normalmente.

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No mais o iOS 11 trará novas funções sociais no Apple Music, filtro de fotos no Mapas, novos efeitos de animação no Fotos, uma nova Central de Controle totalmente redesenhada (e inicialmente bem confusa), fusão da Central de Notificações com a tela de bloqueio e etc. Por fim a App Store foi totalmente remodelada e passa a se parecer mais com o Apple Music, o que pode agradar alguns e chatear outros.

O preview está disponível hoje, uma beta público chega no fim do mês e a versão final no terceiro trimestre, junto com os novos iPhones como é de praxe.

So que a Apple decidiu também renovar a linha iPad Pro, que andava sem atualização há algum tempo. A segunda geração manteve o form factor de 12,9 polegadas mas alterou o de 9,7″ que evoluiu para um modelo de 10,5″. Diz a Apple que o modelo é ideal para a adição de um teclado completo e por causa disso, a versão menor será descontinuada.

Ambos novos iPads Pro contam com displays Retina de 600 nits (50% mais brilho que a geração anterior) e suporte a vídeos em HDR, bordas 40% mais finas e taxa de atualização de 120 Hz, o que não é novidade alguma mas a Apple obviamente nomeou de ProMotion, já que é “mágico” e “revolucionário”. O padrão também reduz a latência da Apple Pencil para 20 ms, o que é uma taxa muito boa para quem desenha no iPad Pro.

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Por dentro eles são equipados com o processador Apple A10X Fusion, um hexa-core com uma GPU de 12 núcleos em tese 40% mais potente em gráficos do que os modelos anteriores; a CPU entregaria uma performance 30% maior, o que  se provado verdade colocaria o iPad Pro numa posição muito próxima de um ultrabook premium como o próprio MacBook Air.

A Apple JURA que o A10X Fusion pode superar um Core i7, o que não duvido visto que aplicações diferentes implicam em necessidades diferentes. Um desktop precisa gerenciar muito mais coisas que um tablet e portanto a comparação exdrúxula da maçã, de que o iPad Pro é superior ao Windows 10 desktop em qualquer situação não tem o menor cabimento.

A autonomia de bateria, segundo a Apple permanece em 10 horas e as câmeras foram levemente melhoradas, passando a contar com 12 megapixels, abertura ƒ/1,7 e estabilização óptica de imagens no conjunto principal e 7 MP na selfie. Há também algumas decisões estranhas para um tablet, como a presença de um dock de apps como o macOS e um Gerenciador de Arquivos, que é uma função útil para profissionais e hard users mas indiferente para o grande público.

https://www.youtube.com/watch?v=UR5ODc5Wbbo

Os novos iPads Pro já estão disponíveis para compra nos Estados Unidos, com preços a partir de US$ 649 no modelo de 10,5″ e 64 GB; há versões com 256 e até 512 GB de espaço interno, dependendo apenas do tamanho da sua carteira.

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Apple HomePod

O “One More Thing” da maçã foi o HomePod, seu tão falado hub doméstico tal qual os concorrentes Google Home e Amazon Echo. A diferença é que a Apple prefere se focar mais em sua capacidade de reproduzir música do que o controle inteligente de sua casa e gadgets (ele faz isso também) e por causa disso, ele conta com 7 tweeters dispostos em círculo controlados pelo Apple A8 (o mesmo dos iPhones 6 e 6 Plus) e segundo a fabricante, o aparelho é inteligente o bastante para calibrar o som de acordo com o formato de seu ambiente e distribuir o áudio de maneira uniforme.

Ele conta com a Siri e possui seis microfones potentes o bastante para te ouvir em qualquer cômodo que você esteja, e a partir daí você pode dar uma série de ordens para ela como configurar alarmes, acender lâmpadas, destrancar portas, ler a previsão do tempo, ouvir notícias e etc. mas a Apple destaca que a principal função dela é ser uma consultora musical. Particularmente acredito que isso seja um tremendo desperdício de uma boa ideia, o HomePod tem potencial para bater de frente com as soluções de seus rivais mas a Apple prefere não promovê-lo como um hub para sua casa, até porque de certa forma a Apple TV já faz isso.

E o preço também não ajuda: US$ 349 é um tanto salgado para um hub/assistente doméstico com funções de menos. Com o tempo, no entanto as coisas podem mudar.

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