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Intel descontinua módulos de prototipação Edison, Galileo e Joule

Intel encerra a produção dos módulos Edison, Galileo e Joule para prototipação e desenvolvimento; dispositivos não conseguiram vencer a família Raspberry Pi, que são mais baratos e igualmente potentes e versáteis.

7 anos atrás

A Internet das Coisas, quando utilizada de forma decente e não para criar geladeiras que tuítam pode levar a produtos úteis de verdade, como os de empresas grandes como PTC, Nest e SAP e institutos de pesquisa como a EMBRAPA. A Intel também apostou nisso por um tempo, através de plataformas de desenvolvimento como as linhas Edison, Galileo e Joule, concorrendo diretamente com a família Raspberry Pi.

Bem, não deu certo: de maneira discreta a Intel descontinuou as três plataformas.

As três plataformas deixarão de ser comercializadas no dia 29 de setembro (você pode conferir os anúncios em PDF aqui, aqui e aqui), bem como alguns produtos da linha de smart glasses Racon Jet (anúncio aqui) e as últimas unidades serão despachadas até o fim do ano. Os motivos não são tão claros, mas o mais provável é que a proposta da Intel era cara demais se comparada com os preços praticados pela Raspberry.

O módulo Joule, o mais poderoso era um computador completo, voltado para o desenvolvimento de robôs e drones e outros equipamentos mais sofisticados. Ele contava com um processador Atom quad-core, até 4 GB de memória LPDDR4, até 16 GB de espaço interno, Wi-Fi e Bluetooth 4.2. O problema é que um preço sugerido de a partir de US$ 335 é demais para qualquer um.

As plataformas Edison e Galileo eram mais modestas. O primeiro foi desenvolvido como um concorrente direto do Raspberry Pi. Originalmente uma placa microprocessada Quark voltada para wearables e outras soluções, ele também era oferecido num módulo de expansão com um preço um pouquinho mais salgado que o concorrente, US$ 50. Com uma filosofia voltada para prototipagem e desenvolvimento ele era totalmente compatível com Arduino, para conquistar a galera adepta do microcontrolador.

Já o Galileo, voltado para estudantes contava com o Quark, 256 MB de RAM e rodava Linux, mas o preço de US$ 80 também não era lá muito estimulante. Basicamente a Intel errou o alvo ao oferecer hardwares semelhantes aos da RPi Foundation por um preço muito maior (o Joule nem entra nessa categoria), e não despertou o menor interesse da comunidade.

O cancelamento no entanto não afeta a linha Intel Curie de equipamentos para dispositivos de IoT vestíveis e outras funções que demandam um baixíssimo processamento e custo, trata-se de um SoC Quark SE com 80 kB de SRAM, 384 kB de memória Flash, acelerômetro, giroscópio e Bluetooth LE que foi embarcado inclusive no Arduino 101.

Fonte: Hackaday.

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