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China diz que não vai bloquear VPNs, mas evidências contam outra história

China afirma que notícia sobre banimento de VPNs é “fake news” e movimento busca bloquear serviços ilegais, mas é fato que o acesso à internet global no país se tornará muito mais restrita do que já é.

7 anos atrás

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O informe de que a China se prepara para blindar completamente a internet do país banindo por completo todas as VPNs não foi muito bem digerido pelo governo local. Os oficiais basicamente acusam a rede Bloomberg de “fake news”, mas evidências recentes apontam sim para um endurecimento no acesso à informação externa por parte dos cidadãos chineses.

Em nota através do site de notícias estatal The Paper (com tradução do The Shanghaiist), o Ministério de Indústria e Tecnologia da Informação afirma que a investigação conduzida pelo grupo Bloomberg, que teria coletado informações de diversas fontes próximas às futuras mudanças é “falsa” e que o governo está se movendo para bloquear apenas serviços de acesso “não autorizados”, utilizados para a condução de negócios ilegais. Muito provavelmente o ministério se refere ao procedimento empregado por diversas companhias instaladas na China, que se valem de VPNs para manter conexões com suas matrizes fora do país ao invés de fazer o que o governo julga correto, que é solicitar formalmente o acesso à internet junto aos representantes do Partido Comunista chinês.

A questão aqui é o que a China entende como “VPNs ilegais”, visto que alguns dos serviços que estavam fortemente estabelecidos no país e eram utilizados por parte da população para acessar sites e serviços como Google, Facebook e etc. estão sendo bloqueados. O GreenVPN, uma dos mais populares encerrou suas operações no último dia 1º após segundo a empresa “ser notificado pelos departamentos de regulação”. No mesmo dia uma série de outros serviços oferecidos para iOS e Android desapareceram das lojas de apps.

Segundo o ministério, apenas operadoras de internet via cabo e VPNs homologadas por Pequim terão autorização para fornecer seus serviços na China, novamente apenas para clientes corporativos que comprovarem a necessidade de acesso irrestrito à internet. O fato é que nada muda na afirmação de que o governo irá não só bloquear totalmente o acesso do usuário comum à rede externa, como irá determinar quais parceiros comerciais terão acesso garantido e obviamente, ficarão de olho no que eles acessam.

A verdade é que a partir de 2018 o acesso à internet global na China, que já era bem restrito ficará ainda mais complicado com o fortalecimento das defesas do Escudo Dourado, através dessas novas alterações regulatórias.

Fonte: The Paper (em chinês).

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