Ronaldo Gogoni 6 anos e meio atrás
O pensamento normal das pessoas é de que quando se trata de backup, SSD é a palavra de ordem. No entanto isso só vale para o usuário final, grandes companhias que dependem de quantidades mastodônticas de dados armazenados ainda confiam e muito nas fitas DAT.
As primeiras fitas magnéticas como mídia de armazenamento surgiram nos anos 1950 e por muito tempo foram a única forma de guardar dados, fosse você uma empresa ou um usuário. Os primeiros computadores pessoais usavam a boa e velha fita cassete (disquetes eram caros), que embora a velocidade fosse risível elas eram baratas e duráveis. As fitas DAT são bem mais confiáveis que um HD ou um SSD, podem armazenar muito mais dados (as primeiras comportavam até 2 MB, o que era uma quantidade de informação absurda para a época) e por isso mesmo, gigantes como IBM e Sony continuaram investindo no formato.
Em 2014 as duas apresentaram uma nova mídia magnética capaz de armazenar 148 Gb/pol2, o que em termos gerais levaria a uma fita convencional com suculentos 185 TB de espaço. Só que o progresso não para, há sempre demanda por mais dados e agora saíram com uma nova mídia com capacidade de arquivar 201 Gb/pol2. Isso significa que uma fitinha DAT básica pode comportar nada menos que 330 TB de dados brutos. Agora imagine quanto ela pode arquivar de dados comprimidos.
A equipe de pesquisadores da IBM Research e da Sony Storage Media chegaram nesse resultado em três etapas:
Claro que para um usuário comum o uso de fita como mídia principal é inviável, a latência é horrível e por se tratar de uma mídia linear, se você quiser recuperar um dado no fim da fita você vai ter que esperar a leitura completa, no entanto sua aplicação para backup de larga escala é inquestionável. Empresas de monitoramento, que não dependem de dados disponíveis imediatamente são um bom exemplo de uso mais adequado da fita DAT do que um servidor tradicional, ou mesmo a nuvem.
Além disso estamos falando de uma mídia de quase SETENTA ANOS, que nunca saiu de cena e pior, continuou evoluindo conforme os anos se passaram conforme o quadro mostra abaixo. A tendência é conseguir enfiar cada vez mais dados nas fitas, portanto não estranhe se um dia ouvirmos falar de outra mídia magnética ainda mais poderosa.
Não há previsão de quando a nova mídia chegará ao mercado nem de quanto será o custo, embora o valor base do terabyte por polegada ajude a reduzir o preço final; no entanto, dada a demanda das empresas para fugir de outras alternativas de armazenamento não deverá demorar para essas super fitas DAT chegarem ao mercado corporativo.
Você confere o artigo completo aqui.
Fonte: IBM.