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Intel apresenta os primeiros processadores Core de 8ª geração

Intel introduz os primeiros processadores da linha Core de 8ª geração (Coffee Lake), mas processo de litografia permanece o mesmo dos Skylake e Kaby Lake; fabricante afirma que chips são 40% mais rápidos que a atual geração.

6 anos e meio atrás

Hoje (21) a Intel anunciou a oitava geração de seus processadores Core, a chamada linha Coffee Lake que fornecerá componentes 40% mais poderosos do que seus antecessores com um ganho significativo de consumo de energia, como é de praxe. Porém na prática não espere muita coisa, visto que esta é a terceira geração produzida no mesmo processo de litografia principalmente porque a Intel vem enfrentando problemas para vencer os limites do silício.

Uma rápida retrospectiva: antigamente a Intel cumpria um ciclo de desenvolvimento de processadores que ficou conhecido como "tick-tock", que consistia em apresentar um novo processo reduzindo o eapaço entre os transístores e permitindo que mais sejam adicionados (o tick), para no seguinte aprimorar todo o conjunto (o tock), incluindo alterações profundas no código para fins de otimização do consumo de energia.

Porém a Intel estava tendo problemas para miniaturizar os componentes, ao mesmo tempo em que IBM e Samsung estão tomando a dianteira utilizando processo de fabricação com componentes híbridos: enquanto estes usam uma liga de silício-germânio a Intel usa apenas silício, e no momento está apanhando para reduzir o processo de 10 para 7 nanômetros. Os chips Cannonlake, de 10 nm deveriam chegar ao mercado este ano mas por conta de complicações sua introdução foi jogada para 2018.

Isso levou a Intel a propor uma mudança no ciclo de atualizações e aposentar o tick-tock em prol de uma nova abordagem: chamada Estratégia PAO (processo, arquitetura e otimização) ela estende o uso de um processo de dois para três anos: no primeiro ela é introduzida, no segundo a arquitetura é aprimorada e no terceiro todo o conjunto é otimizado.

Foi o que aconteceu com o processo de litografia de 14 nanômetros, introduzido na linha Skylake e atualizado no Kaby Lake; agora todo o processo foi refinado ao extremo nos processadores Coffee Lake, mas ainda são frutos de uma tecnologia mais do que experimentada.

Não que isso signifique que os novos processadores são fracos, muito pelo contrário. A Estratégia PAO permite que a Intel tenha mais tempo para explorar a litografia vigente e ao menos no último ano do ciclo apresentar produtos otimizados ao máximo, com o máximo de performance exigindo o mínimo de energia possível.

Segundo a fabricante os novos chips (serão quatro inicialmente, todos para notebooks: dois Core i5 e dois Core i7, quad-cores e com clocks de 3,4 a 4,2 GHz) são pelo menos 40% mais rápidos do que os equivalentes da linha Kaby Lake; em termos práticos a Intel informa que os novos componentes são capazes de processar fotos no Adobe Lightroom 28% mais rápido e organizar imagens em uma apresentação 48% mais rápido. Espertamente a companhia diz que um Coffee Lake é capaz de renderizar um vídeo em 4K em apenas três minutos, contra 45 minutos em um computador de cinco anos atrás; tal declaração foi feita obviamente mirando em quem deseja fazer um upgrade a curto prazo.

Sobre autonomia, a Intel diz que os processadores Core de 8ª geração são capazes de sustentar 10 horas de reprodução de vídeos em 4K, contra 7 horas do Kaby Lake; para quem gosta de curtir a Netflix em máxima qualidade em seu notebook isso pode interessante; da mesma forma é a estratégia inicial da Intel de não oferecer opções dual-core na linha i5 num primeiro momento, e saltar de cara para o quad-core. Claro que esses primeiros processadores possuem especificações mais elevadas e as coisas podem mudar a seguir, principalmente quando a linha de chips para desktops for introduzida (embora seus preços e especificações tenham vazado).

Os primeiros processadores Coffee Lake serão disponibilizados aos parceiros fabricantes já em setembro, portanto não deve demorar para os primeiros notebooks com a 8ª geração chegarem às lojas.

Fonte: The Verge.

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