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Google lança Android Go, a versão de seu sistema móvel para smartphones básicos

Google introduz o Android Go, a versão leve de seu sistema móvel para dispositivos de entrada com até 1 GB de RAM, mirando mercados em desenvolvimento como o Brasil.

6 anos atrás

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O Google introduziu nesta terça-feira (05) mais um produto para garantir o “próximo bilhão de usuários” em mercados emergentes: o Android Go, a versão resumida de seu sistema operacional móvel voltado para dispositivos de entrada com entre 512 MB e 1 GB de memória RAM.

O Android 8.0 Oreo Go Edition, nome completo do fork do SO já havia sido apresentado no Keynote Google I/O 2017, mas agora temos informações concretas sobre suas particularidades e situações de uso. Embora para a maioria dos power users um smartphone ou tablet Android com menos de 3 GB hoje seja um pesadelo, para muitos países em desenvolvimento como Índia, Filipinas, México, Bangladesh, alguns países da África e até o Brasil tais modelos ainda são uma realidade. O motivo é simples, os gadgets de entrada vendidos a preços extremamente baixos contam com componentes de hardware muito fracos, com pouca memória RAM e espaço de armazenamento de modo a oferecer um produto baratinho para quem não quer ou não pode gastar.

Problema: o Android não trabalha bem em dispositivos com especificações mais fracas. Por ser um sistema operacional voltado a rodar em uma pletora gigantesca de especificações diferentes, sejam de SoC, memória, espaço de armazenamento, resoluções de display e o que mais você imaginar o robozinho não é e nem tem como ser otimizado, algo que não ocorre com a Apple. Como o iOS roda em uma miríade bem menor de gadgets e a maçã controla com mão de ferro tanto o hardware quanto o software, é muito mais simples escrever o sistema de modo mais adequado.

Então temos o Android Go. A proposta do Google é oferecer um sistema operacional devidamente otimizado para dispositivos mais simples, com especificações mais limitadas de modo a entregar uma experiência de uso enxuta e plenamente funcional, respeitando as realidades de cada localidade a respeito de poder aquisitivo e serviços de telefonia. É bom lembrar que em muitos dos países-alvo os usuários são obrigados a se virar com velocidades muito baixas e franquias de dados muito limitadas.

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O sistema foi totalmente reescrito de modo a ocupar o mínimo possível de espaço, o que onde vemos dispositivos reservando mais de 13 GB e uma boa estratégia. Os apps, todos dedicados a uma realidade completamente diferente são versões mais compactas e adaptados para outra realidade mais limitada; com exceção do Chrome e do Gboard, que não contam com versões mais simples (o primeiro porque a única mudança relevante foi a inclusão da opção de ativar o modo de economia, o segundo por já ser leve o bastante) temos Google Go (antigo Search Lite), Google Assistant Go, Files Go, YouTube Go, Google Maps Go, Gmail Go e uma versão dedicada da Google Play Store. O Datally, embora não incluso no pacote também será uma adição poderosa para quem precisa controlar os gastos com dados.

Alguns apps possuem filosofias de uso adaptadas, como o YouTube Go que permite o download de vídeos (em resolução de no máximo 480p) para execução offline, outros permanecem os mesmos mas consomem muito menos recursos. Tudo para oferecer uma experiência tão fluida quanto o de um dispositivo Android mais potente.

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De resto, o Android Go trará as mesmas funcionalidades e novidades do Android 8.1 Oreo, que foi igualmente liberado hoje para fabricantes (e via OTA para dispositivos Nexus e Pixel compatíveis) como avisar quais apps estão drenando sua bateria em segundo plano, o estado de dispositivos Bluetooth conectados e melhorias no processamento de dados de apps compartilhados, que passam a ser armazenados na RAM.

A expectativa é que os primeiros dispositivos com Android Go sejam lançados nos mercados emergentes no início de 2018, e de acordo com o Google o Brasil faz parte do projeto; no entanto não há informações sobre quais fabricantes embarcaram na iniciativa.

Fonte: Google Blog.

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