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49% dos sites que rodam mineradores de criptomoedas são de conteúdo pr0n

Pesquisa revela que 49% dos 628 sites que utilizam mineradores de criptomoedas nos computadores dos usuários são voltados a conteúdo adulto; games online e filiais da Locadora também apelam para a prática.

6 anos atrás

Quando os banners em sites se tornaram uma praga e todo mundo começou a evita-los com bloqueadores de anúncios, vários administradores de páginas apelaram para outra tática de modo a continuar fazendo dinheiro, a da inserção de mineradores de criptomoedas em seu código. Há desde sites legítimos que abraçaram a alternativa à Locadora do Paulo Coelho, e hackers obviamente abusaram da ferramenta que é legítima.

A questão é que nem toda página avisa que está minerando bitcoins, moneros ou outras moedas digitais e muitos que o fazem propõem alternativas esdrúxulas para desativar o recurso, sem falar que regulam o sequestro de processamento no 11, forçando invariavelmente o uso de CPU a 100%. Só que a grande maioria de todos os sites da internet que fazem mineração são, sem muita surpresa de conteúdo adulto.

A 360NetLab, uma companhia de Segurança da Informação sediada em Pequim realizou um estudo para determinar quais e quantos sites fazem uso da mineração de criptomoedas nos computadores dos usuários, e os números são interessantes:

  • com dados do Alexa, sabe-se que 0,2% dos sites hoje utilizam algum software de mineração; ao todo são 241 sites (0,24%) do Top 100 mil e 628 sites (0,21%) do Top 300 mil;
  • o Coinhive é o serviço mais utilizado, instalado em 57% dos sites que apelam para a mineração;
  • 7,5% dos sites são fraudulentos (incluindo a Locadora), 7,3% são focados em anúncios, 7,1% são específicos para mineração, 6,3% são páginas voltadas a cinema e TV, 4,2% são blogs pessoais e 1,4% são games online.

Só que os grandes campeões são os sites pr0n. Ao todo, 48,9% de todos os domínios que capturam o processamento do usuário para gerar moedinhas são voltados a conteúdo adulto, no entanto a 360NetLab não divulgou os nomes dos sites. Paralelamente há um domínio brasileiro, focado em encurtamento de links que também utiliza o Coinhive para minerar criptomoedas.

Claro que 628 sites ainda é um número bastante pequeno, no entanto quem não está disposto a ceder seu precioso poder de processamento a ninguém deverá ou evitar sites que aumentam o consumo de hardware, ou instalar extensões disponíveis para Firefox e Google Chrome que barram a ação do Coinhive e outros.

Fonte: 360 NetLab.

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