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Em “resposta” a fabricantes vendendo Androids com adware, Google Feed passa a exibir anúncios

Relatório da Avast revela que fabricantes de Androids não certificados (incluindo a ZTE) vendem smartphones com adware incluso no firmware; ao mesmo tempo, o Google Feed começou a exibir anúncios para alguns usuários.

6 anos atrás

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Anúncios, anúncios, anúncios, não dá para se livrar deles: enquanto um relatório da Avast revela que muitas fabricantes de smartphones Android instalam adwares em seus gadgets a nível de firmware, o Google que não tem Simancol começou a exibir ads em seu Feed de Notícias para dispositivos móveis, num clássico caso de bad timing.

Não é segredo que o Google não consegue conter a invasão de pragas na Play Store: para cada app infectado que a empresa remove da lojinha, surgem outros três novos e mesmo o chutado volta com outro nome e estratégia, para desespero inclusive dos usuários. A gente já cansou de dizer que utilizar apps vindo de fora da plataforma, não importa quem seja o distribuidor é um convite ao desastre, mas o usuário leigo entende que qualquer aplicativo distribuído pelo canal oficial passou pelos critérios de avaliação de Mountain View e em tese, tudo que é oferecido lá é seguro. A verdade, no entanto é bem diferente.

Só que o Google não pode ser responsabilizado sozinho: segundo a Avast, vários fabricantes de dispositivos Android não certificados como myPhone, Archos e ZTE (que se envolveu num imbróglio recente com o governo dos EUA) atocham seus produtos com adwares, instalando-os diretamente no firmware. Os APKs infectados, conhecidos como droppers são incluídos em listas de aplicativos do sistema de forma oculta, dessa forma eles não podem ser removidos.

De acordo com a Avast, os APKs ocultos possuem estruturas do Google, Facebook e Baidu e são capazes de detectar softwares antivírus, suspendendo quaisquer ações suspeitas. Na ausência destes, os adwares passam a exibir anúncios pop-up de games (outras fontes de malwares) enquanto o usuário faz uso do navegador nativo. Caso o usuário instale tais apps, a situação só piora.

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Para piorar a situação do Google, pouco tempo depois da publicação do relatório da Avast vários usuários começaram a notar que o Google Feed, aplicativo que exibe notícias e sugestões de apps, previsão do tempo e outras coisas para o usuário baseado em seu histórico de uso do dispositivo Android (muitos fabricantes o implementam como uma tela adicional à esquerda da principal) começou a exibir anúncios de forma sutil, entre um informe e outro baseado em pesquisas realizadas, como é de costume.

Até aí nada de novo no front, todo mundo sabe que Mountain View vive de vender anúncios (mais de 90% de sua receita vem deles) e era de se esperar que uma hora ou outra o Google Feed passasse a ser monetizado, mas o problema aqui é o timing. Num momento em que a empresa não consegue fazer a limpa completamente da Play Store de apps maliciosos e com um problema gerado por fabricantes maliciosos, injetando adwares ocultos no firmware tudo o que o usuário não quer são mais anúncios, mesmo que legítimos.

Sobre o caso das fabricantes, o Google informa que já ajustou o Play Protect de modo a debelar os adwares ocultos e está trabalhando internamente para resolver a questão; já sobre o Google Feed ela ainda não se pronunciou oficialmente.

Fontes: Avast e Android Police.

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