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Para o GOG, streaming é uma nova camada de DRM

Conhecidos por vender jogos sem sistemas de proteção contra pirataria, um executivo do GOG defendeu que o streaming de games será justamente isso, uma nova forma de DRM. Mas seria isso um grande problema?

6 anos atrás

Enquanto muitas desenvolvedoras e editoras lutavam para incluir os mais absurdos sistemas de proteção contra pirataria em suas criações, o GOG (na época ainda Good Old Game) surgiu com uma proposta surpreendente: vender jogos mais antigos e que eram livres de DRM. O tempo passou, a loja começou a oferecer títulos modernos, mas aquela política de não incomodar os compradores permaneceu.

Eis que numa entrevista ao site GamesIndustry, o responsável pela parte de comunicação da loja deu um interessante ponto de vista sobre os serviços de streaming de jogos. Veja:

Nós não vemos isso como uma coisa que dominará a distribuição de jogos,” afirmou Lukasz Kukawski. “A nossa posição em relação a distribuição digital é que você tenha o jogo porque ele é livre de DRM e para muitos jogadores isso é muito importante. Com o streaming existe outra camada [de DRM]. Você já possui jogos com DRM, então isso é mais como uma forma de licenciamento do que possuí-los. E o streaming é mais como um aluguel, então trata-se de outra camada nesta discussão em andamento.

 

Ele terá o seu mercado, porque é um conceito legal jogar no seu Macbook Air, que na verdade não é uma plataforma para jogos, mas eu acredito que os jogadores hardcore ou mais avançados continuarão querendo ter os seus jogos. Eles montam coleções em seus serviços [de distribuição] e se você é um jogador super hardcore e conta os frames por segundo nos games, o delay que existe no streaming estará sempre por lá.

Por mais que eu seja alguém que sempre defenderá a popularização dos jogos por streaming, confesso que nunca tinha pensando neles como uma nova forma de DRM. O detalhe é que se olharmos para o assunto pelo lado das empresas, entregar jogos desta maneira seria ótimo, já que assim a pirataria seria praticamente eliminada.

Já como consumidor, acho que o streaming funcionar como um DRM ainda é o menor dos problemas. Quando um serviço pode apresentar demora na resposta aos comandos, uma taxa de atualização de frames longe do ideal e até mesmo impedir a jogatina simplesmente porque a conexão se perdeu, é fácil perceber porque ele funcionar como um sistema antipirataria não chega a incomodar tanto.

Além disso, depois de termos passado até por DRMs que limitavam o número de instalação dos jogos, será que devemos nos preocupar com a maneira como o streaming lidará com isso?

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