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Alibaba não vai mais criar 1 milhão de empregos nos EUA por causa da disputa de tarifas

Por causa da guerra de tarifas, o Alibaba não vai mais gerar 1 milhão de empregos nos Estados Unidos, como o chairman Jack Ma tinha prometido ao Pres. Trump em 2017.

5 anos e meio atrás

O presidente do conselho do Alibaba, Jack Ma (ou Ma Yun na China), disse que a sua empresa não irá mais gerar um milhão de empregos nos Estados Unidos, como ele mesmo havia prometido ao presidente Donald Trump em janeiro do ano passado, antes mesmo da sua posse como o 45o presidente dos Estados Unidos.

O chairman do Alibaba, Jack Ma, disse que sua empresa não irá mais criar os empregos que tinha prometido ao presidente Trump.

O motivo é a disputa de tarifas entre o governo norte-americano e o governo da China, que já pode ganhar uma atualização para guerra de tarifas, e que acabou tornando a promessa inviável. O The Verge lembra que era uma promessa meio vaga, sem nenhuma informação concreta, mas mesmo assim, Jack Ma diz que o compromisso era sério, pelo menos até a vaca das relações comerciais entre os dois países ir definitivamente pro brejo.

Em uma entrevista dada a agência chinesa de notícias Xinhua em Hangzhou, China, Ma explicou melhor a questão, dizendo que "o acordo era baseado na cooperação amigável entre China e Estados Unidos, com a premissa objetiva e racional de comércio bilateral. A situação atual já destruiu esta premissa original. Não temos como completar a promessa, mas não iremos parar nossos esforços para e vamos trabalhar duro para promover o desenvolvimento saudável do comércio sino-americano."

Nesta segunda, o governo americano aprovou tarifas de impostos sobre uma lista de produtos provenientes da China que é equivalente a US$ 200 bilhões. A tarifa começa em 10% a partir da semana que vem, e passa para 25% em janeiro do ano que vem, ou seja, é algo que efetivamente vai doer muito no bolso dos exportadores de produtos chineses. Não é por acaso que encontramos esse tipo de produto no Alibaba. 😉

Jack Ma acredita que o governo americano é o único culpado por esta guerra de tarifas: "queria dizer que o comércio entre os dois países, o comércio no mundo precisa ser aperfeiçoado, mas comércio não é uma arma, não pode ser usado para guerra, devia ser um estímulo para a paz."

De qualquer forma, ele não vai estar lá para resolver isto, deixando tudo nas mãos da nova diretoria e do CEO Daniel Zhang (ou Zhang Yong, se você preferir seu nome original), para quem passou o bastão da Alibaba em 2015, um ano depois de fazer o IPO do Alibaba, que foi o maior da história até então.

Ao ser perguntado sobre como a empresa irá continuar fazendo negócios em um mercado cada vez mais protecionista, Ma respondeu que "a missão da empresa deve ser levada adiante. Se você tem dificuldades, você precisa de uma missão. Eu acredito que nova geração de pessoas e líderes da Alibaba vai conseguir ir adiante firmemente e aos poucos, abrir a situação. O momento atual é só um percalço."

Só o tempo vai responder se as palavras de Jack Ma são tão otimistas quanto soam pra mim ou se ele está certo, mas pelo menos na minha humilde opinião, essa guerra de tarifas entre China e Estados Unidos não vai se desenrolar com essa facilidade toda que ele imagina. Não que isso vá ser um problema para ele resolver pessoalmente.

Jack Ma está com 54 anos e está querendo novos ares para seus próximos anos de trabalho, e disse que irá se aposentar de suas funções no Alibaba até o fim do ano, deixando a empresa nas mãos do novo CEO, para quem sabe tentar a sorte em outra carreira.

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