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Como ideias ambiciosas deixaram o God of War sem DLCs

De acordo com o diretor do último God of War, o jogo não deverá receber DLCs porque as ideias que eles tiveram para isso seriam muito ambiciosas.

5 anos atrás

Eu sempre acreditei que, desde que bem feito, DLC pode ser uma ótima maneira de expandir a vida útil de jogos. No caso dos títulos single-player, o conteúdo adicional pode ser ainda mais importante, nos trazendo mais detalhes sobre a história e nos mantendo presos por mais tempo a um jogo onde não teríamos muitos mais a fazer após terminar sua campanha.

E foi por esperar mais conteúdo que acabei me decepcionando um pouco com o God of War lançado para o PlayStation 4. Não que o jogo seja ruim, mas a sensação que tive ao jogá-lo foi de que havia muito mais a ser contado ali e justamente por ter gostado tanto da aventura do Fantasma de Esparta, adoraria ter tido a oportunidade de conhecer mais daquele universo.

Contudo, de acordo com o diretor Cory Barlog, o que acabou fazendo com que o jogo não recebesse conteúdo adicional foi um conjunto de ideias muitos ambiciosas que ele teve enquanto estava criando-o. Ao relembrar a produção, ele disse:

Houve uma época em que escrevi alguns DLCs sobre os quais estávamos falando. Ok, e se lançássemos algumas outras coisas depois? Você sabe, havia ideias interessantes, mas acho que o tempo que precisaríamos colocar nisso acabaria se tornando algo como o Left Behind ou First Light, que são muito grandes… Como o Lost Legacy ou algo assim. Acho que tenho uma dificuldade com a porção mais baixa da ambição, que talvez eu acabe [dizendo] ‘talvez isso seja um pouco grande demais!’

Os DLCs a que Barlog se refere em seu comentário são o The Last of Us: Left Behind, inFamous: First Light e Uncharted: Lost Legacy, justamente o tipo de conteúdo que gosto e que pode ser considerado mais uma expansão. Tanto é que eles chegaram a ser lançados individualmente, sem precisarmos ter os jogos base para aproveitá-los.

De qualquer forma, o game designer e a sua equipe parece não terem sido seduzidos pela possibilidade de criar algo tão complexo, algo que pode ser explicado pela sua preferência por estar sempre criando coisas novas. A dúvida neste caso é se Barlog optará por mudar completamente de ares, trabalhando com algo que não tenha nada a ver com a franquia God of War, ou se ele se dedicará a dar continuidade à história de Kratos e Atreus.

Tendo passado boa parte da sua vida profissional na Santa Monica Studio, Barlog pode ser considerado um dos grandes responsáveis pela franquia God of War. Além de ter trabalhado na criação dos três primeiros capítulos e do reboot lançado ano passado, ele ainda ajudou a escrever o roteiro do God of War: Ghost of Sparta, que foi lançado inicialmente para o PlayStation Portable.

É natural, portanto, que os fãs queiram a sua permanência para um próximo jogo e depois de ter recebido tantos elogios pelo último God of War, acredito que o diretor não nos deixará na mão.

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