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Menino de 11 anos quer banir PUBG

5 anos atrás

O caso é sério e envolve autoridades, ações judiciais e em breve passará por uma audiência com um juiz que decidirá o destino do popular jogo online...

A mídia está sempre atrás da problematização da semana. Algumas vezes são as redes sociais, outras são videogames, de vez em quando redescobrem os RPGs e a moda já foi demonizar quadrinhos (queime no Inferno Fredric Wertham). Livros? Com certeza, antigamente a moda era banir livros inadequados e escritos para corromper a juventude.

Se bem que no caso eu concordo, se Apanhador no Campo de Centeio tivesse sido banido a sério, não teríamos uma geração de millenials chata como Holden Caulfield, mas eu divago.

Uma variação comum é a reclamação sobre o ambiente tóxico dos videogames e eu concordo em 50%. Dependendo do jogo você rapidamente descobrirá um monte de informações constrangedoras sobre o passado de sua mãe, bem como as atividades extra-curriculares atuais da supracitada senhora e se admirará pela coincidência de entre tantos milhões de jogadores, você encontrar justamente um conhecido dela.

Por outro lado hoje em dia reclamar de abuso em jogos online é tão sem-sentido quanto aquela jornalista que foi num clube de swing, entrou no corredor escuro e reclamou que passaram a mão nela. Jogos online multiplayer devem ser jogados no mute. Chat de voz só entre seus amigos próximos.

Isso, claro, não impediu Ahad Nizam, um indiano de 11 anos de chorar. Ele, através da mãe, entrou com uma petição na Justiça de Bombaim exigindo que o governo crie um comitê de fiscalização de ética online.

Nizam, de forma alguma manipulado e adestrado pela mãe, diz que PUBG "promove violência, agressão e cyber-bullying", o que é algo, digo eu, ÓBVIO, afinal de contas é um jogo onde você tem que matar todo mundo, ele vai promover o quê, amizade e harmonia entre os povos?

Nota: PUBG, ou PlayerUnknown’s Battlegrounds é um jogo extremamente popular no estilo battle royalle, onde até 100 jogadores de uma vez aparecem no cenário e devem competir até que no final...

A sacada que eu acho genial é que um mapa que comporta 100 pessoas ficaria um porre com 10, que dirá duas, mas periodicamente o mapa diminui de tamanho, forçando os jogadores a se concentrarem mais e mais.

Nizam não apreciou essa genialidade estilística, disse o menino que

"Depois de jogar por alguns dias, comecei a me sentir pra baixo e negativo, eu então parei de jogar"

Excelente, palmas pra ele, é assim que deve ser, quando percebi que o Star Trek Fleet Command no Android era cheio de babacas que atacavam os jogadores mais fracos só de zuera, eu desinstalei e deixei pra lá, ótima decisão Nizam.

"É por isso que mais tarde eu apelei para o Governo".

O garoto de 11 anos também escreveu cartas para o Ministro-Chefe da Índia, o Ministro da Educação, e o comissário de polícia, além também da Microsoft e do Conselho Médico Indiano. PUBG é caso sério!

Nizam e a família estão recebendo apoio de diversas entidades e pessoas preocupadas com o risco dos videogames, inclusive a renomada psicóloga infantil Seema Hingorani, que alega ter dados de crianças se tornando agressivas e respondonas por causa de videogames.

Ela cita inclusive um caso onde a criança fez pirraça depois que os pais tomaram o celular, e se recusou a comer e fazer dever de casa até que ele fosse devolvido. Coisa que nenhuma criança fez antes, por causa de televisão, gibis ou pelo direito de ficar acordada depois das 9 da noite, claro.

O PUBG é saudável? Não, nenhum ambiente online é, mas se a gente for banir tudo que experimentar e não gostar, não sobrará mais nada nesse mundo. É uma péssima lição que estamos ensinando às crianças, que elas podem fazer uma pirraça e o mundo inteiro tem que se virar pra se acomodar às exigências delas.

Aqui fora não funciona assim, aqui fora se você for reclamar com o chefe dizendo que seu colega foi mal-educado contigo, a menos que você seja realmente importante pra empresa, quem roda é você.

Ahad Nizam é o menos culpado nessa história. Não acredito que ele seja uma criança-prodígio altamente politizada, isso é exclusividade da Nina, 6 anos, que faz discurso político no Facebook da mãe. Ele está sendo apenas usado para promover uma causa perdida, errada e como sempre a questão maior é esquecida:

A TV não é babá do seu filho, nem a internet.

CRIANÇAS DE 11 ANOS NÃO DEVERIAM ESTAR FALANDO COM ESTRANHOS NA INTERNET. Pombas.

Fonte: Inquisitr.

 

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