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Amy Hennig acredita que os games passarão por revolução

Na opinião da diretora e roteirista da série Uncharted, os jogos por streaming poderão representar uma grande revolução para a indústria.

5 anos atrás

Tem sido comum vermos pessoas criticando o atual estado da indústria de games, com seus jogos pouco inovadores, lançados prematuramente e que tentam tirar até o último centavo do jogador. Porém, é inegável que nunca foi tão fácil termos acesso aos jogos eletrônicos e na opinião Amy Hennig, talvez a revolução que tornará os games ainda mais acessíveis nem tenha acontecido.

Ao participar de um painel com Tim Schafer durante a DICE Summit 2019, a diretora e roteirista de títulos como Soul Reaver 2, Legacy of Kain: Defiance e a trilogia Uncharted falou sobre como ela acha que a distribuição de jogos por streaming poderá mudar a indústria como um todo.

Estamos neste ponto de inflexão — tudo irá mudar. Nós não sabemos. Haverá outra geração de consoles após esta? Tudo será enviado por streaming para nós da maneira como é com a música, a TV e os filmes? Uma vez que tivermos uma adoção generalizada do 5G, será algo que consumiremos como fazemos com a música, a TV e os filmes, já que você sabe, com o apertar de um botão você está na experiência? E melhor do que isso, será que os jogos alcançarão pessoas que tradicionalmente não alcançavam e que não se consideram gamers?

[Há um sentimento] de que há uma grande mudança vindo nos próximos 2 ou 5 anos, talvez um pouco mais, em que o nosso conteúdo será capaz de alcançar pessoas de maneira muito mais abrangente do que no passado. Nós deveríamos começar a fazer coisas para elas agora.

Como alguém tão envolvida no processo criativo dos jogos, esta última frase de Hennig é muito importante, pois os estúdios que conseguirem se preparar para este novo público poderão aumentar consideravelmente o seu faturamento. De certa forma esse processo já foi visto com a popularização dos smartphones, quando algumas empresas mudaram seu foco para a produção de jogos para esses aparelhos ou até criaram divisões específicas.

Caso os games por streaming realmente se tornem algo comum no futuro, pode ser que vejamos a criação de um número muito maior de títulos que não exijam respostas tão rápidas quanto um FPS ou um jogo de luta. Essa seria uma maneira de driblar a latência, o calcanhar de Aquiles desse modelo de distribuição.

Outra preocupação citada Amy Hennig diz respeito aos jogos guiados pela narrativa. Para ela, os games podem divertir mesmo aqueles que gostam de assistir outros jogando e que a indústria deveria dar mais atenção a esse público que costuma ser marginalizado. Ou seja, fazer com que os jogos eletrônicos sejam mais acessíveis, sem termos que comprar um console para jogar ou encarar um controle com 20 botões.

Talvez a game designer tenha sido muito otimista em suas previsões, talvez as coisas apenas demorem mais do que ela gostaria para acontecer. De qualquer forma, para quem gostaria de ver os games atingindo um público muito maior e perder um pouco do estigma de que eles não passam de brinquedos, este tem sido um ótimo momento para estar vivo.

Fonte: IGN.

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