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Nintendo não quer que gastemos muito em seus jogos mobile

Preocupada em passar uma imagem de gananciosa, a Nintendo teria pedido às parcerias para que os seus jogos mobile não explorem tanto os jogadores.

5 anos atrás

O mercado de jogos mobile se tornou algo tão grande, que algumas empresas tradicionais passaram a apostar pesado na criação de títulos que visam conquistar quem joga em tablets e/ou smartphones. Quando bem sucedido, jogos para essas plataformas podem faturar dezenas, até centenas de milhões anualmente e por isso não é de se estranhar tantas companhias tentando conquistar uma fatia deste bolo.

Uma que relutou bastante para entrar nesta festa foi a Nintendo e por se tratar de uma empresa com tantas marcas adoradas, a expectativa era de que o mobile se tornaria uma nova mina de ouro para a Casa do Mario. O detalhe é que de acordo com uma pessoa ouvida pelo The Wall Street Journal, não é no dinheiro que a BigN estaria interessada primariamente quando se trata deste mercado.

Enxergando no mobile uma ótima oportunidade para tornar suas franquias ainda mais populares, na verdade a Nintendo estaria preocupada em passar aos consumidores uma imagem de gananciosa e por isso eles teriam pedido a seus parceiros, entre eles a DeNA e Cygames, para que ajustasse os games para que os jogadores não tenham que gastar muito neles.

A Nintendo não está interessada em fazer uma grande quantidade de dinheiro com um único jogo para smartphone,” afirmou um funcionário da Cygames. “Se gerenciássemos o jogo por conta própria, poderíamos ter feito muito mais [dinheiro].

O pedido feito pela Nintendo aconteceu depois das reclamações dos jogadores em relação a maneira como personagens raros eram obtidos no jogo desenvolvido pela Cygames, o Dragalia Lost. Distribuído gratuitamente para dispositivos Android e iOS, o jogo de aventura conta com microtransações para obter lucro e da maneira como o funcionário falou, parece que o pessoal por lá não gostou muito da postura da BigN.

Isso fica ainda mais claro quando sabemos que pela primeira vez em 17 anos a CyberAgent, empresa que controla a desenvolvedora, se viu obrigada a reduzir sua previsão de lucro e o motivo para isso seria justamente a baixa arrecadação-por-jogador oriunda do Dragalia Lost. O detalhe é que mesmo assim o título teria faturado US$ 75 milhões desde o seu lançamento em setembro passado, superando inclusive tudo o que Super Mario Run e o Animal Crossing: Pocket Camp conseguiram em todo os seus ciclos de vida.

No entanto, essa tentativa da Nintendo de passar uma imagem melhor não significa que a empresa não esteja interessada em colocar mais dinheiro em seus cofres explorando o mercado mobile. Além do Dr. Mario World previsto para o nosso próximo inverno e do Mario Kart Tour, rumores dão conta de que é apenas uma questão de tempo até que a franquia The Legend of Zelda também apareça nos smartphones e tablets.

Recentemente o presidente ainda disse que o plano da companhia é expandir o seu portfólio no mobile até que eles cheguem a faturar 100 bilhões de ienes por ano, o que daria cerca de US$ 910 milhões. O número pode parecer muito alto, mas se considerarmos que um Candy Crush Saga faturou US$ 1,5 bilhão em 2018 e que só nos Estados Unidos o Pokémon GO registrou US$ 262 milhões no ano passado, a expectativa do executivo não parece tão absurda.

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