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Será o Google Stadia um concorrente do Xbox e PlayStation?

Phil Harrison diz que a intenção do Stadia não é concorrer com os consoles de Microsoft e Sony, mas usou o passado dessas empresas para justificar a fundação de uma desenvolvedora interna.

5 anos atrás

Passados alguns dias desde o anúncio do promissor Stadia, quem gosta de jogos eletrônicos ainda tenta absorver tudo o que o serviço de jogos por streaming do Google poderá significar para a indústria. Entre as especulações, a mais comum nas rodas de amigos redes sociais é sobre o impacto que algo assim terá nos consoles, principalmente nos sucessores do PlayStation 4 e Xbox One.

Mesmo não sendo um videogame como conhecemos, o fato de que com o Stadia teremos acesso a diversos jogos evidentemente poderá fazer com que ele roube uma boa fatia do bolo que tentará ser conquistado pelos novos consoles de Sony e Microsoft. Porém, para o homem responsável pela iniciativa, Phil Harrison, não é desta maneira que a sua empresa está enxergando a situação.

Eu não acredito que para o Stadia vencer, alguém terá que perder. Penso que para crescer esta indústria e essa coisa que amamos, que é jogar videogame, se o Google fizer a coisa certa nós poderemos fazer uma maior oportunidade para todos da indústria de games. É com isso que estou comprometido.

Nós não estaríamos aqui se não fosse pela Nintendo, Sony, Microsoft, Sega, Atari e nomeie os outros consoles. Nós somos parte da indústria, mas temos uma forte visão do futuro. E queremos chegar a esta visão do futuro e trazer uma grande quantidade de oportunidade para ainda mais pessoas.

No entanto, mesmo defendendo a ideia de que o Stadia não concorrerá com os próximos PlayStation e Xbox, Harrison revelou que antes mesmo de entrar para o Google ele deixou claro para a companhia que fundar um estúdio de desenvolvimento de jogos era algo fundamental.

Usando como exemplos as próprias Sony, Microsoft e Nintendo, o executivo disse acreditar que ter jogos exclusivos seria uma maneira deles apresentarem ao mundo alguns dos recursos do Stadia, como o compartilhamento de jogatina ou a possibilidade dos espectadores entrarem numa partida multiplayer com os seus streamers favoritos. Foi assim que nasceu o Stadia Games and Entertainment, estúdio que será comandado por Jade Raymond e que será responsável por criar títulos que só estarão disponível no serviço.

Por outro lado, nós sabemos que não só de exclusivos vive uma plataforma que deseja fazer sucesso e é por isso que o Google tem tentando conquistar a maior quantidade possível de desenvolvedoras externas. Empresas como a id Software e a Ubisoft já declararam apoio, com o Doom Eternal e o Assassin's Creed Odyssey tendo sido os primeiros jogos de grande porte a serem mostrados no Stadia. A dúvida é sobre quais outras gigantes se rendarão à ideia de fornecer suas produções por streaming.

Quanto a Phil Harrison, ele tem passagens por diversas grandes empresas do ramo, incluindo aí Microsoft, Sony, Atari e Gaikai, locais por onde colecionou tanto bons resultados quanto insucessos. Por isso acredito que o executivo pode ser acusado de qualquer coisa, menos de não ter experiência.

Fonte: IGN [1 e 2].

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