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Winterfell – Game of Thrones, 8a temporada, Episódio 1 – Resenha (cheia de spoilers)

Confira nossas impressões sobre o primeiro episódio da oitava e última temporada de Game of Thrones, mas cuidado, a resenha está repleta de spoilers!

5 anos atrás

O mundo parou ontem pra assistir ao primeiro episódio da oitava (e infelizmente última) temporada de Game of Thrones, série da HBO que certamente vai deixar muitas saudades em seus fãs. Nesse começo de temporada, a sensação é a de que os showrunners estão colocando as peças finais em um quebra-cabeças que já dura anos, e do qual iremos sentir muita falta quando estiver completo.

Em primeiro lugar, aviso logo que esse texto está repleto de spoilers, assim se você ainda não assistiu, recomendo que pare de ler agora mesmo (ou continue por sua conta e risco).

Jon Snow em cena de Game of Thrones

Vamos começar pela abertura, que está completamente diferente, dessa vez com outra tonalidade. Ao som da música inconfundível de Ramin Djawadi, vemos os cenários dos Sete Reinos tomados pela neve do inverno que chegou, enquanto a vinheta entra dentro dos castelos e mostra detalhes interessantes.

O episódio começa com a chegada em Winterfell de Daenerys e seus dois exércitos, os Imaculados (Unsullied) e os Dothraki. Dany está acompanhada de Jon Snow, mas a desconfiança e o temor de todos no castelo é visível, a começar por Sansa Stark, que não curte nada a arrogância da nova rainha, pela a qual seu irmão abdicou do título de Rei no Norte.

Outros exércitos de aliados do norte também estão em Winterfell, e é impossível não pensar em como alimentar todo mundo, além dos dois dragões. Sansa comenta sobre isso no episódio, o que realmente é uma grande preocupação.

Daenerys e Jon Snow em cena de Game of Thrones

No meio do episódio, temos uma volta de dragões, na qual Jon Snow arrisca o pescoço para impressionar sua amada. Tudo nessa cena foi meio absurdo, mas ela serviu para mostrar como os dragões aceitam Jon como um deles (apesar da olhadinha cheia de ciúme do dragão na hora em que o casal se beija).

Esse foi o episódio dos encontros. Os mais emocionantes são os de Jon com o resto da sua família, em diferentes tons. Com Sansa, a conversa é sobre Dany, e o motivo pelo qual ele resolveu apoiá-la: sobreviver ao ataque dos mortos-vivos que se aproximam. Com Arya e Bran, o clima é mais leve.

O inevitável encontro entre Sansa e seu ex-marido Tyrion também acontece em Winterfell, e os dois estão ótimos na cena. Tyrion aliás continua a ser o meu personagem favorito da série, sempre com uma resposta rápida e engraçada, não importa a situação. Outro encontro muito esperado era o de Arya com Sandor Clegane, o Cão de Caça, mas ele não parece muito incomodado com o fato dela ter tentado matá-lo.

Cersei em cena de Game of Thrones

O primeiro episódio da oitava temporada série também mostra Porto Real, com a chegada da Companhia Dourada e da Frota de Ferro de Euron Greyjoy, novos aliados da Rainha Cersei. Qyburn avisa a Cersei que o muro caiu e que os White Walkers estão a caminho, mas isso não parece preocupar a regente.

Yara Greyjoy está presa enquanto Euron resolve aproveitar a hospitalidade de Cersei, e acaba sendo solta por Theon. Os dois roubam alguns navios e fogem, mas resolvem se separar logo. Theon, resolve ir para Winterfell para lutar ao lado de Jon Snow e Daenerys, enquanto Yara resolve voltar para casa, para dominar Pyke e as Ilhas de Ferro enquanto Euron está ocupado esquentando a cama de Cersei.

Ela explica a Theon que Dany vai precisar de um lugar para fugir quando Winterfell cair com o ataque dos White Walkers, um lugar no qual eles não possam chegar, ou seja, as Ilhas de Ferro. É interessante ver como Theon acabou tornando um personagem muito mais corajoso com o passar dos anos, e também acompanhar a evolução de Yara, um personagem que nem existe nos livros nos livros tem outro nome, Asha.

Bronn é ordenado pelo odioso Qyburn em nome de Cersei a matar Tyrion e Jaime Lannister, com um detalhe, usando a mesma besta com a qual Tyrion atirou em seu pai. Sinceramente duvido que Bronn um dia vá matar Tyrion, um dos poucos que ele considera seu amigo, em nome da Rainha que tirou seu castelo.

Voltando a Winterfell, em uma conversa com Dany e Sir Jorah, Samwell Tarly também descobre que seu pai e seu irmão foram executados pela Rainha, por se recusarem a se renderem a ela. Sim, os dois sacanearam Sam durante toda a vida dele, mas mesmo assim ele fica muito abalado ao descobrir o que aconteceu com seus familiares. Sam é agora o senhor da Casa Tarly. O ator John Bradley, como sempre, dá um show no papel.

Bran avisa a Sam que ele precisa contar a verdade sobre as origens de Jon para ele, para que ele saiba quem realmente é, filho de Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen, e portanto, o herdeiro legítimo do Trono de Ferro. Sam não gosta nada da missão, mas mesmo assim vai procurar o seu amigo, que está sozinho nas catacumbas de Winterfell (que aliás foram o cenário do último teaser), e conta tudo.

Em um primeiro momento, Jon fica chocado com a notícia, sem acreditar que aquele que ele chamava de pai (Ned Stark) tinha mentido pra ele durante toda a sua vida. Sam relembra que ele fez isso para protegê-lo, já que o Rei Robert iria matá-lo se soubesse da verdade.

Jon diz a Sam que Daenerys é sua rainha, e não parece querer pra si a coroa, mesmo sendo o primeiro na linha de sucessão, na frente de sua tia e amante. Vamos ver se ele terá coragem de contar tudo pra Dany, mas mesmo que não tenha, ela saberá de alguma forma, não que eu ache que ela vá se incomodar com isso, já que casos incestuosos são comuns na família Targaryen, especialmente se Jon continuar sendo humilde, como sempre foi aliás.

No final do episódio, Jaime Lannister chega em Winterfell, com a cara de quem se acha muito esperto, e que ninguém desconfia de sua presença, só pra dar de cara com Bran, que novamente, está no lugar certo e na hora certa. O encontro entre o Kingslayer e o corvo de três olhos, no entanto, fica pro próximo episódio.

Edd, Tormund e Beric em cena de Game of Thrones

Os White Walkers não são vistos no primeiro episódio, e sinceramente, achei melhor assim, afinal eles terão tempo de sobra na tela pra fazer o maior estrago nos próximos episódios. Mesmo sem aparecer no episódio, o Rei da Noite manda seu cartão de visitas sinistro, através do garoto Ned Umber, que é encontrado por Tormund, Beric e Edd, no momento mais arrepiante do novo episódio.

Nesse primeiro episódio só tivemos uma morte (a do coitado do Lord Umber), então os próximos 5 devem estar repletos delas. Aliás, pra quem estiver curioso pra saber quantos morreram até agora, existe um guia ilustrado com todas as 2.339 mortes da série até o final da sétima temporada (só como referência, quando o Matheus escreveu esse post sobre esse site quatro anos atrás, eram só 456 mortes).

Pra quem acompanha tudo desde o começo, é emocionante ver que a história está se caminhando pro fim, já que George R.R. Martin está há 9 anos sem lançar o próximo (e penúltimo) volume, frustrando quem leu os 5 livros e espera há anos por algum tipo de definição ou conclusão. O resultado é que a trama na série ultrapassou e muito o material original, assim no último livro lançado, ainda temos coisas que aconteceram no final da sexta temporada, há longínquos 3 anos atrás.

No ar desde 2011, Game of Thrones já entrou no imaginário popular, e é atualmente uma das maiores forças da indústria de entretenimento, assim quando acabar a oitava temporada, a franquia irá seguir viva em outras séries spin-off que estão sendo desenvolvidas, todas elas passadas muito antes dos eventos da série.

Esse primeiro capítulo da oitava temporada serve como uma montagem de tabuleiro para o jogo de verdade, que começa mesmo na próxima semana. Esse também é o episódio mais curto da nova temporada, que vai aumentando de duração e de ritmo com o passar das semanas. O terceiro episódio terá 1 hora e 22 minutos, e será o maior de toda a série. Como são só seis episódios, acredito que a história deva avançar bastante a partir de domingo que vem. Agora é segurar a ansiedade até lá!

Game of Thrones é pra mim a maior série de todos os tempos em vários quesitos, como produção, efeitos especiais e um elenco absolutamente incrível, e apesar de ter pecado em alguns momentos por tomar decisões dramáticas que pareciam vindas de uma novela mexicana, o saldo até agora é muito mais positivo que negativo. O primeiro episódio da nova temporada mostra que os showrunners parecem estar mais preocupados em contar a história do que inventar novos caminhos, e isso me enche de esperanças e expectativas para os próximos 5 episódios.

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