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Epic Store deixará de adquirir exclusivos — se o Steam mudar

CEO da Epic Games Store diz que empresa está disposta a parar de adquirir exclusivos, mas que para isso o Steam teria que aumentar a porção das vendas que fica com os desenvolvedores.

5 anos atrás

Como a concorrência tende a melhorar o mercado, quando a Epic Games anunciou que abriria uma loja de distribuição digital a reação inicial de muitos jogadores de PC foi boa, já que na teoria aquilo poderia representar um novo grande nome no cenário. Porém, a postura agressiva da empresa de garantir exclusividade não tem agradado os consumidores e a julgar por um comentário feito por Tim Sweeney, isso não deverá mudar tão cedo.

Ao ser questionado pelo Twitter se a Epic Games Store poderia deixar de investir na aquisição de jogos temporariamente exclusivos, o CEO da companhia disse o seguinte:

Se o Steam se comprometer permanentemente a dar uma porção de 88% do faturamento a todos os desenvolvedores sem maiores empecilhos, a Epic poderia facilmente organizar uma retirada dos exclusivos (apesar de honrar os compromissos com os nossos parceiros) e considerar colocar os nossos próprios jogos no Steam.

Este movimento seria um momento glorioso na história dos jogos para PC e poderia ter um impacto significativo em outras plataformas pelos próximos anos. Assim as lojas poderiam voltar a ser apenas lugares legais para comprar coisas, ao invés da Receita Federal dos desenvolvedores de jogos.

Para Sweeney, hoje o maior problema para os criadores de jogos para PC está nos 30% que a Valve recebe por cada jogo vendido através do Steam e que o objetivo da Epic Game Store é fazer com que isso acabe. Já em relação aos empecilhos citados por ele, seria a possibilidade de jogarmos um game em várias plataformas e itens comprados numa loja poderem ser aproveitados em qualquer lugar.

A Valve por sua vez não comentou a proposta e para ser sincero, acho pouquíssimo provável que algum dia eles venham se posicionar nessa batalha. Aliás, repare que a dona do Steam tem preferido ficar quieta no seu canto do ringue, talvez fingindo que nada está acontecendo e esperando para ver qual será o impacto das ações da Epic Games Store daqui alguns meses, quando parte dessas exclusividades acabar.

Já a Epic não esconde essa tentativa de se vender como a mocinha da história, sempre usando o argumento de que na sua loja os desenvolvedores ficam com 88% do das vendas e que tudo o que tem feito é com o objetivo de derrubar o líder de marcado vilão opressor capitalista. O curioso é que o principal método utilizado por eles para manchar a imagem do Steam só tem feito despertar a antipatia em muita gente.

Na minha opinião, não existe santo nessa história, ao mesmo tempo que considero que ambas as empresas estão no seu direito. Particularmente não gosto da ideia de não ter um jogo disponível na minha plataforma preferida e é por isso que não tenho comprado nada na loja da Epic. Isso provavelmente tem muito a ver com o fato de eu não estar jogando nada no PC ultimamente, mas ainda assim continuo defendendo que o melhor que podemos fazer é protestar com as nossas carteiras.

Enfim, a minha curiosidade no momento é ver como tanto o Steam quanto a Epic Games Store reagirão à chegada de outros nomes a esta guerra, já que além da Microsoft ter exposto a vontade de ampliar o Xbox Games Pass para o PC, o Google promete mudar bastante a maneira como consumimos jogos com o seu serviço de streaming, o Stadia. Só espero que tudo isso de fato se traduza em melhorias para nós, consumidores, não ficando apenas no campo das alfinetadas públicas.

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