Meio Bit » Mobile » Vem cá, vamos conversar sobre o Motorola One Zoom [hands-on]

Vem cá, vamos conversar sobre o Motorola One Zoom [hands-on]

Ele é quase que um Motorola OPne Vision com esteroides (e polêmica também)

4 anos e meio atrás

De Buenos Aires - A Motorola lançou nesta quinta-feira (5) o One Zoom, primeiro smartphone da marca em vários pontos e o mais completo aparelho que a empresa traz ao Brasil, já que a família Moto Z4 não veio. Ele também vem com polêmica por ter um One no nome e não trabalhar com o Android One, mas eu explico o que senti sobre celular nos próximos parágrafos deste hands-on. Vem comigo.

motorola one zoom de costas hands on

O foco do Motorola One Zoom fica dividido entre câmera, bateria e uma curiosa alteração no sistema operacional que entrega pontos positivos e negativos. Vamos por câmeras em primeiro lugar.

Zoom, ultrawide, sensor normal e uma ajuda na profundidade

O nome deste modelo é Zoom e isso deixa mais do que claro que o objetivo dele, acima dos outros Motorola One, está em fotografia e isso também me deixa com uma sensação de déjà vu por motivos de: o Vision também tinha esse foco. Ok, deixando as polêmicas de lado, pra fazer fotos com zoom a Motorola inseriu uma lente apenas para este recurso e que aproxima a imagem em três vezes.

Em um primeiro momento eu pensei que a aproximação seria feita com um crop no sensor de 48 megapixels, recortando 16 megapixels deste conjunto de forma que seria a mesma utilizada no Lumia 1020. Só que não, cada lente tem uma função específica e isso pode ser facilmente notado ao tampar uma delas e circular entre os modos. No automático o smartphone procura qual é a melhor opção pra aproximação, já que a lente telefoto é mais escura (f/2.4 contra f/1.7 do sensor principal), mas no manual cada lente trabalha de forma independente e a escolha (junto das consequências) é sua.

No primeiro dia que passei com o celular, os testes de aproximação não acabaram com a qualidade - já que de 48 megapixels você desce para 8 megapixels no zoom. Claro que baixar a resolução em seis vezes tem seus pontos negativos, mas nos testes iniciais ainda não encontrei nenhum, o que me passou uma impressão inicial muito boa de trabalho bacana do conjunto. Pode ser até sinal de que já tenha visto este sensor antes…

Déjà vu

Então, o mesmo sensor do One Vision está aqui e ele tem as mesmas tecnologias. Bem me lembro de como gostei dos resultados em baixa luz daquele modelo e isso deve se repetir por aqui, com a adição do zoom óptico. Eu não consegui utilizar o One Zoom em ambientes noturnos durante a viagem para Buenos Aires, mas passei em locais mais fechados e menos iluminados, com ótimos resultados.

Fechando a parte de zoom, uma função híbrida foi inserida e mistura zoom ótico e digital ao mesmo tempo. Neste primeiro momento ele ficou aceitável, mas sempre que zoom digital entra em cena a qualidade obrigatoriamente vai cair, resta saber o quanto ela cai e isso eu vou sentir durante o review.

Eu testei e ficou estranho.

Android One é bom e é ruim

Durante o lançamento do Motorola One Zoom, a empresa disse que a troca por um Android que não participa do programa Android One nasceu de pesquisas realizadas pela própria marca. As justificativas envolvem a vontade do consumidor, que não pedia tanto este Android mais limpo, junto com a interface adotada pela Motorola em outros aparelhos e que é muito semelhante ao Android One.

motorola one zoom de costas hands on de pe

Eu realmente só senti uma diferença no visual das telas, que foi a ausência daquele widget que faz previsão do tempo e só aparece nos aparelhos Pixel e nos Android One. Eu gosto mais dele por não ser repetitivo como o da Motorola, que exibe o horário (que já está em exibição na barra de notificações) com a previsão no mesmo local.

De resto, me pareceu o mesmo aparelho, a mesma coisa, a mesma experiência e se eu senti isso, é certo que os usuários mais leigos nem vão notar que não estão mais no Android One.

A Motorola ainda disse que como a linha One de aparelhos não tem geração (eles são lançados por demanda do público, não a cada ano), o Android One pode voltar em um aparelho que pode ser lançado no futuro próximo...se as pessoas reclamarem bastante da falta dele aqui. No lado prático, o ponto negativo fica pra um ano a menos de atualização do Android - em patch de segurança o One Zoom para de ser atualizado em 2021, enquanto que os outros One param em 2022.

Também tem outro ponto negativo que pode aparecer, mas também pode não aparecer: velocidade de atualização. Se estamos com um Android que passou por mais alterações, o update precisa de mais passos (receber mais drivers, ajustes e mudanças) para ficar perfeito e redondo pra ser liberado pro consumidor.

O lado que pode ser positivo é que com mais alterações dentro do Android, a Motorola pode resolver problemas do próprio sistema, como o consumo mais desenfreado de energia. Vou saber te responder sobre isso nas próximas semanas, quando soltar o review do One Zoom.

Mais bateria, finalmente!

Se no Action a Motorola escorregou na hora de propor filmagem e não aumentou a bateria (já que filmagem consome muito dela), por aqui a solução chegou. O Motorola One Zoom tem 4.000 mAh, o que deixou o smartphone mais gordinho e largo. É um problema estar acima do peso por aqui? NÃO! É uma benção, já que as medidas extras garantem mais autonomia, mais tempo fora da tomada e isso é mais tempo curtindo o rolê.

Este hands-on foi feito com o smartphone comigo por menos do que um dia inteiro, então não consegui sentir o fôlego maior que ele mostra ter. Sigo apenas com base nos números e na expectativa de economia de energia mais inteligente por não estar no Android One.

Eu já estou com o Motorola One Zoom e comecei hoje o review dele, que deve sair nas próximas semanas. Quais são as suas dúvidas sobre este modelo? Coloquem aqui e eu respondo na análise.

Ah, ele tem um logo brilhante na parte traseira, mas falo sobre isso lá no review tá?

André Fogaça viajou para Buenos Aires a convite da Motorola

Leia mais sobre: .

relacionados


Comentários