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2019: o ano dos jogos como serviço

Lista de games mais vendidos no Steam em 2019 mostra que a ideia de jogos como serviço é uma tendência que está ganhando força. Mas isso é bom?

4 anos atrás

A ideia de jogos como serviço não é nenhuma novidade. Há alguns anos as editoras e desenvolvedoras tem buscado maneiras de estender a vida útil de suas criações, o que consequentemente pode fazer com que um título continue lhe rendendo lucro por mais tempo e se tivermos que apontar um ano que marcou a consolidação desta tendência, provavelmente será 2019.

Jogos como Serviço

O que serve como grande indicativo disto foi a lista de títulos mais vendidos no Steam no ano passado, que foi divulgada pela Valve recentemente. Nela temos diversos games divididos entre quatro categorias (Platina, Ouro, Prata e Bronze), sendo que na principal aparecem 12 jogos. São eles: Counter-Strike: Global Offensive, Destiny 2, Dota 2, Grand Theft Auto V, Monster Hunter: World, PlayerUnknown’s Battlegrounds, Rainbow Six Siege, Sekiro: Shadows Die Twice, Sid Meier’s Civilization VI, The Elder Scrolls Online, Total War: Three Kingdoms e Warframe.

É importante notar que a Valve não especifica os números obtidos por tais jogos e o desempenho leva em consideração não apenas a venda em si, mas todo o faturamento obtido pelos games. É por isso que entre eles temos jogos distribuídos gratuitamente e outra coisa importante é a quantidade de títulos que continuam aparecendo, edição após edição.

Dos 12 presentes em 2019, apenas três (Destiny 2, Sekiro: Shadows Die Twice e Total War: Three Kingdoms) não haviam marcado presença no ano passado e seis não estiveram na lista de 2017. Isso demonstra o fôlego que jogos como um GTA V, CS: GO ou Warframe continuam mantendo e no quão acertada pode ser a opção por vendê-los no modelo jogos como serviço.

Quem falou sobre o assunto foi Mat Piscatella, analista do BPD Group que ao refletir sobre a lista divulgada pela Valve ainda tocou num ponto importante: a maneira como as posições defendidas por alguns consumidores parecem estar mudando.

Os jogos como serviço são dominantes. É claro, essa lista é sobre receita bruta, o que também inclui DLCs e microtransações, então ela não reflete apenas o sucesso dos jogos listados, mas também a importância dos gastos recorrentes. Há também um saudável número de jogos free-to-play na mistura, o que novamente reflete como a preferência dos jogadores está em movimento.

Isso quer dizer que a partir de agora todo jogo adotará um estilo de atualizações como o visto nessas produções? Não necessariamente, mas o fato é que as empresas sempre irão para onde o dinheiro estiver fluindo e muito provavelmente veremos a oferta de jogos como serviço se tornar cada vez mais forte.

Particularmente não vejo problema nisso, pois gosto da ideia de ver um jogo que curto sendo abastecido com mais conteúdo num ritmo frequente. Porém, me preocupa a ideia de ter que gastar uma pequena fortuna apenas para ter acesso a boa parte do que tem sido adicionado aos games.

A esperança então é para que os estúdios consigam encontrar o equilíbrio nesse modelo de monetização, fazendo com que suas criações não passem a impressão de serem meros caça-níqueis. Se isso acontecer, será ótimo ver alguns jogos se mantendo relevantes — e principalmente, divertidos — por muitos e muitos anos.

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