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Apple Watch fatura mais que Macs ou iPads

A Maçã de Cupertino revelou as finanças do Q1 FY 2020 (findo em dez 19): o Apple Watch vem ganhando cada vez mais novos adeptos, superando iPads ou Macs.

4 anos atrás

A dona do Apple Watch e iPhone apresentou esta semana o relatório financeiro do primeiro trimestre fiscal de 2020 (Q1 FY 2020), período que correspondeu ao quarto trimestre civil do ano passado, abrangendo os meses de outubro a dezembro.

Vamos aos números:

Laguna-Apple-Watch-series-3

Apple Watch: mercado em crescimento, com mais novos usuários a cada trimestre (crédito: 9 to 5 Mac)

RELATÓRIO FINANCEIRO DA APPLE
Período → Q1 FY 2019
(outubro a dezembro de 2018)
Q1 FY 2020
(outubro a dezembro de 2019)
Diferença
Receita US$ 84,31 bilhões US$ 91,82 bilhões + 8,9%
Lucro US$ 19,97 bilhões US$ 22,24 bilhões + 11,37%

A empresa californiana divulgou os principais dados financeiros nos três meses terminados em 28 de dezembro de 2019. O tio Laguna fica a imaginar quando farão alguma correção no futuro para não ficar faltando muitos dias civis no ano fiscal.

Enfim, podemos ver que a Apple arrecadou basicamente um bilhão por dia no tal período divulgado. Os culpados, além da Black Friday e Cyber Monday, foram os seguintes produtos:

SUMÁRIO DE RECEITAS DA APPLE
Período → Receita
Q1 FY 2019
Receita
Q1 FY 2020
diferença
em relação a
Q1 FY 2019
iPhone US$ 51,98 bilhões US$ 55,96 bilhões + 7,6%
Mac US$ 7,42 bilhões US$ 7,16 bilhões – 3,45%
iPad US$ 6,73 bilhões US$ 5,98 bilhões – 11,2%
vestíveis e acessórios US$ 7,31 bilhões US$ 10,01 bilhões + 26,99%
assinaturas US$ 10,88 bilhões US$ 12,72 bilhões + 16,9%
TOTAL: US$ 84,31 bilhões US$ 91,82 bilhões + 8,9%

Já fez um ano que a Apple não mais revela quantas unidades vendeu de cada hardware, incluindo o iPhone. É algo semelhante à Microsoft esconder os números do Xbox One: quem escreve sobre vendas acaba por depender de estimativas de lojistas e números vazados da cadeia de suprimentos.

Sendo assim, nem podemos deduzir que a mera substituição do iPhone XR pelo iPhone 11 teria tido algum efeito nos 7,6% de crescimento. Embora ambos sejam os smartphones mais populares da Apple, o XR teve redução de preço de 150 dólares, enquanto a estreia do 11 abaixou o nível de preço em 50 dólares em comparação com o modelo mais básico do XR lançado em 2018.

Laguna-Apple-iPhone-11-Q1-FY-2020

iPhone 11 é pesado em vários sentidos, mas a autonomia (e usar dois chips) compensa

Aparentemente os iPhones venceram ou empataram as vendas com smartphones concorrentes como os da Samsung e Huawei. Estima-se que foram vendidos 70 milhões de iPhones no Q1 FY 2020. Há 1,5 bilhão de dispositivos iOS ativos no mundo, boa parte deles já no iOS 13: cem milhões deles foram vendidos e/ou ativados no último trimestre de 2019.

Receita em queda: computadores e tablets

Interessante notar que a receita dos Macs e iPads diminuiu em relação ao mesmo período do ano de 2018. Aparentemente as pessoas na civilização se deram conta que os Macs são excessivamente caros e mesmo os modelos de iPad que não foram (e não serão) atualizados para o iOS 13 ainda são úteis. Meu iPad mini 3 que o diga!

As assinaturas de serviços como o Apple Music e o recente Apple TV Plus vêm crescendo, mas não percentualmente tanto quanto os vestíveis: os fones de ouvido AirPods vêm até se destacando até entre os que pensam ser audiófilos, entretanto é o Apple Watch quem podemos colocar como rei no segmento.

No último trimestre de 2019 (menos nos três dias finais), temos que 75% dos smartwatches da Maçã foram comprados por quem não tinha um antes. Enquanto no Brasil custa uma pequena fortuna, o Apple Watch lá na civilização é considerado como opção razoável para quem quer monitorar a saúde.

Durante a Black Friday 2019, houve várias promoções para esvaziar os estoques do Apple Watch Series 4 e o 3 permaneceu como opção menos cara. Isso ajudou muito, tendo em vista que o Apple Watch 3 lá na civilização tem como concorrente fitness smartwatches como os Fitbits.

Fontes: 9 to 5 Mac e Bloomberg.

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