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10 jogos famosos que completam 30 anos em 2020

Lá se vão 30 anos, desde 1990, e para mostrar como aquele ano foi marcado por diversos ótimos jogos, nesta lista citamos 10 dos mais famosos

4 anos atrás

Caramba, parece que foi ontem que passamos por 1990 e… mentira, não parece não! Em 30 anos muitas coisas acontecem, ainda mais quando se trata de videogames, onde a tecnologia evolui tão rapidamente. De lá para cá vimos a mídia crescer absurdamente, mas se voltarmos três décadas no tempo, veremos que foi naquele ano que muitos jogos famosos chegaram ao mercado.

Super Mario World - jogos famosos

Foi em 90 que vimos o “Caçador de Marajás” assumir a presidência do Brasil; que a MTV estreava em terras tupiniquins e que perdíamos Cazuza. Foi também em 1990 que a NASA lançou o Telescópio Espacial Hubble; que sofremos com os nossos hermanos nos eliminarem na Copa da Itália; e que tinha início a Guerra do Golfo, a primeira com grande cobertura da televisão.

Já no mundo dos videogames, foi há 30 anos que algumas empresas renomadas começaram a atuar, como a THQ, a Team17, a Natsume, a Eidos e a Interactive Studios. O mercado de hardware também esteve movimentado em 90, com o Mega Drive chegando oficialmente a Europa, Austrália e Brasil; a SNK lançando a versão caseira do Neo Geo; a BigN mostrando sua força no Japão com o seu Super Famicom e a SEGA tentando conquistar os portáteis com o Game Gear.

Mas e quantos aos jogos que saíram naquele ano e se tornaram famosos? Pois este é o motivo desta lista e abaixo você encontrará alguns que considero entre os melhores lançados em 1990. A princípio a ideia era apontar apenas os títulos cujo aniversário de 30 anos se referissem ao lançamento norte-americano, mas há alguns jogos muito famosos que chegaram às lojas japonesas naquele ano e por isso resolvi abrir algumas exceções. Vamos lá!

Mega Man 3

Servindo para consolidar uma série que vinha de dois ótimos lançamentos, o terceiro Mega Man mantinha o estilo dos anteriores, mas adicionava algumas novidades interessantes à jogabilidade, como a estreia do cachorro Rush e a possibilidade de deslizarmos pelos cenários.

Mesmo tendo sido lançado para o Nintendinho numa época em que consoles mais poderosos já estavam no mercado, o jogo conseguiu se mostrar um sucesso tanto de crítica quanto de público, demonstrando que o aparelho da Nintendo ainda tinha lenha para queimar e que um bom game design pode ser suficiente para enfrentar tecnologias mais novas. Um jogaço, que permanece divertido e desafiador mesmo tanto tempo depois.

Castle of Illusion Starring Mickey Mouse

No início dos anos 90 um dos principais objetivos da SEGA era consolidar o Mega Drive como um ótimo console e para isso a empresa deu início a segunda leva de títulos para o aparelho. Pois um desses jogos era estrelado por um dos personagens mais famosos do planeta, o Mickey.

Conseguindo recriar de maneira brilhante toda a atmosfera característica da Disney, Castle of Illusion tinha gráficos muito bonitos, uma trilha sonora marcante e uma dificuldade que o tornava acessível ao público mais novo. Tudo isso fez dele um enorme sucesso, com o jogo tendo ficado gravado na memória de muita gente.

Além de versões posteriores para Master System e Game Gear, em 2013 a SEGA lançou um remake para PC, Xbox 360 e PlayStation 3, que se não for tão bom quanto o original, ao menos não fez feio.

Castlevania III: Dracula's Curse

Embora tivesse chegado ao Japão no ano anterior, foi apenas em 1990 que os donos de um NES nos Estados Unidos tiveram a oportunidade de colocar as mãos nesta obra de arte. Deixando de lado os elementos de RPG adotados pelo o seu antecessor, o Castlevania III era um jogo mais linear, mas nem por isso menos divertido.

Visualmente o game conseguia tirar muito do hardware do Nintendinho, o que junto com a sua fantástica trilha sonora fez com que figuras importantes como Koji Igarashi e Shutaro Iida apontassem este como o seu capítulo favorito da franquia.

Caso você nunca tenha jogado um Castlevania, pode começar por este aqui, sob o risco de se tornar completamente apaixonado por uma das séries mais fantásticas da indústria.

F-Zero (Japão)

E enquanto a SEGA lutava para conquistar o público com o seu Mega Drive, a Nintendo ainda dava seus primeiros passos na geração 16-bit, mas o início já servia de indicativo do que estava por vir. Chegando às lojas junto com o Super Famicom, um jogo de corrida chamado F-Zero impressionava pela sensação de velocidade passada e por contar com uma novidade, o famoso Mode 7.

Graças a aquela técnica de renderização era possível termos cenários que passavam a impressão de estarem em 3D, numa época em que nem sonhávamos com a existência de consoles especializados em gerar polígonos, como o PlayStation. O recurso serviu como grande diferencial para o Super Famicom/Nintendo, com vários jogos que se tornaram famosos posteriormente tendo se valido dele para nos entregar experiências fantásticas.

Super Mario World (Japão)

Porém, de nada adiantaria um novo videogame da Nintendo se ele não tivesse um jogo do Mario e olha, o Super Famicom recebeu um dos melhores de todos os tempos. Por mais que tentemos tecer elogios ao Super Mario World, sempre esqueceremos de citar alguma das suas muitas qualidades e por isso não é de se estranhar que aquele jogo permaneça altamente divertido mesmo 30 anos depois.

Mas de todas as características daquele que certamente é um dos jogos mais famosos do mundo, aquela que sempre me fascinou são os muitos segredos espalhados pelo game. De fases com caminhos alternativos a vários estágios que só podem ser desbloqueados se realizarmos certas ações, este é o típico exemplo de game fácil de jogar, mas bem complicado de ser dominado.

Final Fantasy / Final Fantasy III (Japão)

O ano de 1990 foi bastante importante para a série Final Fantasy, tanto no Japão quanto nos Estados Unidos. Começando pelo país oriental, foi em abril daquele ano que o Famicom recebeu o terceiro capítulo da franquia, jogo que além de ter melhorado vários elementos dos anteriores, ainda introduziu as profissões para personagens na franquia.

O Final Fantasy III depois acabou sendo adaptado para inúmeras plataformas, até que em 2006 o DS recebesse um belo remake todo em 3D. Esta versão também seria adaptada para outras plataformas posteriormente, como os dispositivos iOS, Android, PSP, Windows e até mesmo o Ouya.

Já em relação ao primeiro jogo, a espera a que foram submetidos os ocidentais foi grande, mas quando ela acabou, o lado de cá do planeta finalmente pôde conhecer o jogo que havia encantado os japoneses. Eu preciso confessar que só fui experimentar o esse Final Fantasy muitos anos depois, quando o jogo já estava um tanto datado, mas ainda assim consegui perceber muitos dos alicerces sobre os quais a franquia foi construída e ter um gostinho da genialidade do mestre Hironobu Sakaguchi.

The Secret of Monkey Island

Embora os adventures point and click existissem desde os anos 80, foi há 30 anos que vimos o lançamento daquele que se não é "O" mais famoso, certamente está entre os mais famosos jogos do gênero: o The Secret of Monkey Island!

Com sua história acompanhando as peripécias de um jovem chamado Guybrush Threepwood que queria se tornar um pirata, o jogo foi idealizado pelo trio Ron Gilbert, Tim Schafer e Dave Grossman, e devido a sua dose cavalar de humor, belos gráficos e um ótimo enredo, conseguiu fazer com que muitas pessoas passassem a adorar o gênero.

Felizmente tanto ele quanto a sua igualmente brilhante continuação, o Monkey Island 2: LeChuck's Revenge, receberam uma versão remasterizada em 2009, com essas versões trazendo gráficos refeitos e contando com comentários dos criadores. E acredite no que estou dizendo, ambos são obrigatórios!

Wing Commander

Muito antes de fundar a Cloud Imperium Games e arrecadar centenas de milhões de dólares com o financiamento coletivo para o seu Star Citizen, Chris Roberts se propôs a explorar o espaço com a série Wing Commander. Lançado inicialmente para DOS e depois tendo recebido versões para Amiga, Sega CD e até para o Super Nintendo, aquele título conseguiu realizar o sonho de muita gente.

Ver o Wing Commander em ação hoje em dia nos faz pensar como conseguíamos imergir num universo virtual com gráficos assim, mas aquilo era o que tínhamos de mais avançado na época e se não fosse por jogos como ele, talvez nunca tivéssemos chegado a excelência visual que temos atualmente.

Michael Jackson's Moonwalker

Lembra quando eu disse que há 30 anos a SEGA estava fazendo o possível para conquistar o público com o seu console mais poderoso? Pois além de explorar a imagem do Mickey eles também tinham outra poderosa carta na manga: o Rei do Pop, Michael Jackson!

Com versões para computadores, fliperamas, Mega Drive e Master System, nos consoles tínhamos uma jogabilidade no estilo plataforma e no papel do astro tínhamos como objetivo resgatar crianças que haviam sido sequestradas.

Para ser sincero, a mecânica do jogo era demasiadamente simples, com ele se tornando repetitivo rapidamente, mas só a trilha sonora repleta de sucessos do Michael já valia o investimento no game.

Metal Gear 2: Solid Snake (Japão)

Para muitas pessoas a série Metal Gear só nasceu no PlayStation, mas muito antes da Sony se aventurar pelo mercado de consoles, Hideo Kojima já mostrava como poderia mudar a maneira de se contar uma história usando um jogo eletrônico. Lançado para MSX2 , Metal Gear 2: Solid Snake era uma continuação direta para o jogo que havia aparecido na mesma plataforma três anos antes e por muito tempo permaneceu exclusivo do Japão.

Se passando em 1999, no jogo Solid Snake tinha que invadir um território chamado Zanzibar para resgatar um cientista, além de destruir uma arma conhecida como Metal Gear D. Apesar de contar com uma jogabilidade muito melhorada em relação ao primeiro jogo e inimigos que podiam patrulhar áreas maiores do mapa, indo de uma tela para outra, o grande destaque ficava mesmo para o seu enredo, que abordava temas como a proliferação de armas nucleares e os motivos que nos levam a iniciar guerras.

Metal Gear 2: Solid Snake é o tipo de obra que mostra como o seu criador estava muito a frente do seu tempo e por mais que você não goste de Hideo Kojima, é preciso reconhecer a sua ousadia.

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