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10 melhores jogos de Super Nintendo

No ano em que o Super Nintendo completa 30 anos, chegou a hora de relembrarmos alguns dos melhores jogos que apareceram naquele fantástico console

4 anos atrás

Se fizermos uma votação, é muito provável que boa parte das pessoas apontem o Super NES como um dos melhores consoles já criados. Tendo sido um dos protagonista da maior guerra que a indústria dos videogames já viu, é natural que tantos o adorem e parte desse sentimento se deve à impressionante quantidade de ótimos jogos que o Super Nintendo recebeu.

Jogos de Super Nintendo

Então, para aproveitar que em 2020 será comemorado o 30° aniversário do lançamento japonês do Super Nintendo, resolvemos elaborar uma lista com os 10 jogos que marcaram aquele fantástico aparelho. Mas antes de irmos aos escolhidos, vale contar um pouco da história daquele console.

Lançado no mercado japonês em 21 de novembro de 1990 (e no americano em 23 de agosto do ano seguinte), o Super Famicom (ou Super Nintendo Entertainment System, nos EUA), foi a entrada da BigN na geração 16-bit e graças ao seu poderio gráfico, já de cara mostrou que a empresa não estava para brincadeiras.

Tendo como principais concorrente o PC Engine e o Mega Drive, o Super Famicom só chegou às lojas alguns anos depois daqueles consoles, mas mesmo assim ele conseguiu fazer um enorme sucesso. Em poucas horas as 300 mil unidades disponíveis esgotaram, com a procura sendo tão grande que, segundo reza a lenda, a fabricante precisava transportar os videogames durante a madrugada, tudo para evitar que a Yakuza interceptasse as cargas.

Um detalhe interessante é que mesmo tendo despertado tanto fascínio entre os jogadores, inicialmente os japoneses só tinha a opção de comprar dois jogos para o Super Nintendo: o Super Mario World e F-Zero, com um terceiro chamado Bombuzal (e que hoje pode ser comprado no Steam) tendo sido disponibilizado alguns dias depois.

Saltando alguns anos para o futuro, por aqui o Super Nintendo só foi dar as caras em 1993, quando através de uma parceria entre a Gradiente e a Estrela foi formada uma companhia chamada Playtronic. Curiosamente, a companhia preferiu não seguir os passos dos europeus, onde o design do console imitava aquele feito para o Japão e por isso muitos brasileiros lembram de um SNES parecido com o modelo que foi vendido nos Estados Unidos.

Tendo sido fabricado no Japão (e no Brasil) até 2003, o Super NES pode não ter sido o console da Nintendo com a maior base instalada, posto este que é ocupado pelo Wii, mas isso não significa que ele não tenha sido muito bem sucedido. Ao todo, mais de 49,1 milhões (PDF) de Super Nintendo foram vendidos e mais importante do que isso, ele nos apresentou a diversos jogos fantásticos.

Abaixo você verá aqueles que considero os 10 melhores jogos que foram lançados para ele e é claro que há muito de gosto pessoal na seleção, mas mesmo assim tentei levar em consideração a popularidade que alguns desses títulos alcançaram. No mais, é impossível resumir uma biblioteca tão boa quanto a do SNES desta forma, por isso os comentários estarão aí para você citar aqueles jogos que tanto gosta.

Super Mario World

Mesmo tendo sido um jogo lançado junto com o Super Nintendo, Super Mario World pode ser descrito como uma obra-prima. Ainda hoje impressiona a maneira como este jogo de plataforma funciona de maneira tão perfeita, sendo extremamente acessível a novos jogadores, mas também entregando um nível de profundidade raramente visto no gênero.

Com uma grande quantidade de mecânicas muito bem elaboradas; uma imensidão de segredos para serem descobertos; gráficos que continuam sendo muito bonitos e uma trilha sonora inesquecível, mais outras décadas virão sem que o SMW perca a sua relevância e muito menos deixe de ser um dos jogos eletrônicos mais divertidos de todos os tempos.

Super Metroid

E já que estamos falando de obra de arte, haveria outra maneira de descrever o Super Metroid? Porém, ao contrário da atmosfera leve que tínhamos no Super Mario World, aqui a impressão era de estarmos num filme de suspense, com os claustrofóbicos corredores do planeta Zebes (e a fantástica trilha sonora composta por Kenji Yamamoto) nos deixando tensos a todo momento.

Porém, a verdadeira genialidade de Super Metroid sempre esteve no seu espetacular level design. Nos entregando itens que serão essenciais para prosseguirmos na aventura, explorar aquele vasto mapa era uma experiência que poucos títulos conseguiam entregar na época e por isso considero impossível falar do Super NES e não citar este título que deveria ser jogado por todos, mesmo hoje em dia.

Chrono Trigger

Aí chegamos naquele que ainda hoje é apontado como um dos melhores RPGs de todos os tempos, o Chrono Trigger. Desenvolvido por uma “equipe dos sonhos” formada pelo game designer Hironobu Sakaguchi, o ilustrador Akira Toriyama, o roteirista Yuji Horii e o compositor Nobuo Uematsu, existia uma enorme expectativa em relação ao jogo e quando ele foi lançado em 1995, o que recebemos foi um título simplesmente espetacular.

Com um enredo muito acima da média, personagens carismáticos e uma jogabilidade viciante, graças aos múltiplos finais o título ainda contava com um altíssimo fator replay. Tudo isso fez dele mais um dos jogos de Super Nintendo que permanecem relevantes e divertidos, mesmo tanto tempo depois de terem sido lançados.

Infelizmente a Square Enix continua ignorando os pedidos para que um remake seja feito, mas se for para isso acontecer pensando apenas em encher os cofres da empresa, talvez seja melhor mantê-lo no passado mesmo.

Final Fantasy VI (Final Fantasy III)

O SNES foi uma excelente plataforma para os apaixonados por RPGs e entre os vários capítulos de uma das principais séries do gênero, não resta dúvida de que um dos melhores apareceu naquele videogame. Lançado nos Estados Unidos com o nome de Final Fantasy III, o jogo deixava de lado o tradicional estilo medieval para apostar num mundo steampunk, com o seu enredo falando de ditadura militar, formas de violência e o apocalipse.

Foi com este jogo que algumas pessoas perceberam que os videogames poderiam servir para contar histórias mais maduras, mas apesar dele ser tão adorado hoje em dia, Hironobu Sakaguchi afirma que nos Estados Unidos o Final Fantasy VI conseguiu apenas um sucesso moderado.

The Legend of Zelda: A Link to the Past

O jogo que me apresentou à aquela que hoje considero entre as minhas franquias favoritas. A primeira vez que joguei A Link to the Past eu não tinha a menor ideia do que se tratava, mas bastaram alguns poucos minutos em Hyrule para perceber que eu havia sido fisgado.

Além dos belíssimos gráficos, o que me fascinou naquele jogo foi a ideia de que precisávamos utilizar diversos itens para avançarmos pelos calabouços, uma mecânica que tornava a aventura bastante dinâmica e ainda nos colocava para queimar os miolos em alguns quebra-cabeças.

Para muitas pessoas, o melhor The Legend of Zelda lançado é o Ocarina of Time, mas eu tenho um carinho tão especial por este capítulo criado para o Super NES, que sinceramente não consigo deixar de escolhe-lo.

EarthBound

Outro título do Super Nintendo que caiu nas minhas mãos sem que eu soubesse exatamente como era, mas que acabou se mostrando um amor a primeira vista. Visualmente o Earthbound podia não ter todo o esplendor de outros jogos do gênero, mas sempre gostei muito da sua direção artística e do fato dele se passar num mundo mais “real” que o visto em outro RPGs.

Aliás, para mim o ponto alto daquele jogo sempre foi a maneira como sua história brinca com a sociedade americana, com a aventura tendo uma cidade moderna como pano de fundo e os inimigos indo de táxis a robôs, passando por zumbis, hippies e homens do espaço.

Duas curiosidades sobre o Earthbound: apesar da forte campanha de divulgação, o jogo não teve um bom desempenho comercial nos EUA, tendo vendido metade do que foi registrado no Japão. Além disso, com o seu desenvolvimento tendo durado cinco anos e passado por sérios problemas, o projeto só entrou nos eixos quando Satoru Iwata, ex-presidente da Nintendo e então programador, entrou para a equipe de desenvolvimento.

Donkey Kong Country

Lembra quando eu disse que essa lista teria muito de gosto pessoal? Pois aqui abrirei uma exceção e mesmo sabendo que despertarei o ódio em algumas pessoas, direi que nunca gostei muito de Donkey Kong Country. Isso provavelmente está relacionado ao fato de que na época em que ele saiu eu estava saturado de jogos de plataforma, mas ainda assim tenho que reconhecer a sua importância para o Super Nintendo.

Desenvolvido quando os consoles de 32-bit já começavam a aparecer nas revistas especializadas, DKC fui uma ousada aposta da Nintendo e da Rare, com seus impressionantes gráficos pré-renderizados em estações Silicon Graphics mostrando o que aquele videogame podia fazer frente aos da nova geração.

O resultado foi um jogo que caiu no gosto do consumidor, com mais de 6.1 milhões de cópias tendo sido vendidas nos 45 dias após o seu lançamento, até que depois ele viria a se tornar o terceiro título que mais vendeu no SNES.

Super Castlevania IV

Eu adoro a série Castlevania e lembro como se fosse hoje da primeira vez que vi uma matéria em uma revista que falava como seria o capítulo que estava sendo produzido para o Super NES. Como eu ainda tinha apenas um Atari, ficava babando naquelas fotos e imaginando como seria encarar os monstros naquele jogo.

A oportunidade de jogar o Super Castlevania IV só surgiu um bom tempo depois, quando peguei um Super Nintendo e como foi bom descobrir que a expectativa que criei apenas vendo aquelas imagens estáticas foi correspondida. Um jogo com alto nível de dificuldade, ótimos gráficos e uma jogabilidade muito divertida.

Super Mario Kart

Poucos jogos podem se orgulhar por terem criado um gênero e a tentativa do Mario no mundo das corridas é um dele. Ainda hoje, quando penso num jogo multiplayer local, uma das primeiras coisas que vem à minha cabeça é o Super Mario Kart, o que certamente está relacionado às muitas e muitas horas que passei diante da TV participando de disputadas provas com meus amigos.

A ideia para o jogo surgiu quando alguns profissionais da Nintendo pensaram em criar um título que permitisse que duas pessoas jogassem ao mesmo tempo, ao contrário do que tínhamos no F-Zero. Eles então começaram a trabalhar num protótipo, mas a ideia de situá-lo no universo do Mario só surgiu cerca de dois ou três meses depois e como o personagem funcionou melhor que os designs que eles tinham até então, optaram por utilizá-lo.

Além da jogabilidade viciante, um dos destaques do SMK era a utilização do famoso Mode 7, uma técnica que passava a impressão de estarmos vendo um jogo 3D e que entregava uma excelente noção de velocidade.

Star Fox

Se jogos com gráficos feitos com polígonos hoje em dia são o padrão, imagina desenvolver um há quase três décadas e para um console que não foi feito para gráficos assim? Pois a Nintendo EAD e a Argonaut Software resolveram encarar esse desafio e em 1993 lançaram aquele que pode ser considerado um dos feitos mais impressionantes da história dos videogames.

Olhando hoje, o visual do Star Fox pode parecer simples demais, a taxa de atualização de frames estranhamente baixa, mas na época em que ele foi lançado não tínhamos nada parecido nos consoles. O responsável por isso foi o coprocessador Super FX, que vinha no cartucho do jogo e que era tão mais poderoso que a CPU do próprio console, que o pessoal da Argonaut brincava que o SNES servia apenas como uma fonte de alimentação, afinal todo o game era executado diretamente do cartucho.

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