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Assassin's Creed: da Grécia Antiga à 1ª Guerra Mundial

Conheça a ordem cronológica de Assassin’s Creed, franquia que faz uma longa viagem pela história e passa por diversos conflitos que mudaram o mundo

3 anos atrás

Tendo passado por diversos períodos marcantes da humanidade, a série Assassin's Creed sempre foi adorada por quem gosta de história. Com ela pudemos andar entre as pirâmides do Antigo Egito, explorar a França em meio a uma revolução ou enfrentar piratas no mar do Caribe, mas como o lançamento dos jogos não respeita a ordem cronológica, é fácil ficar ficar perdido entre tantas datas.

Assassin's Creed

Crédito: Divulgação / Ubisoft

Pois o objetivo deste artigo é criar uma linha do tempo para a série, explicando um pouco do que aconteceu em cada jogo, mas focando nos aspectos principais de cada capítulo. Por isso não falarei sobre períodos como a era dos Isu, seres que precederam os humanos e que contavam com uma tecnologia super-avançada, nem chegarei nos dias atuais, quando controlamos as pessoas que servem como ponte para as memórias dos ancestrais. Além disso, também não abordarei os acontecimentos narrados em livros, histórias em quadrinhos, filme, animações e jogos que serviram como spin-off, como os da linha Chronicles ou expansões como a Freedom Cry.

Mas antes de começarmos a linha do tempo, vale uma breve explicação sobre o enredo geral da série.

O credo dos assassinos

Com o primeiro capítulo tendo sido lançado em 2007, Assassin's Creed conta a eterna batalha entre um clã de assassinos que defende a liberdade e os cavaleiros Templários, que buscam a paz usando a ordem e o controle. Embora funcione como um jogo de ação em terceira pessoa e ambientado num mundo aberto, ele nos incentiva a agir sorrateiramente, com o personagem que controlávamos tendo a habilidade de se esgueirar pelas sombras e passar despercebido na multidão.

Outra característica marcante daquele jogo era a maneira como misturava história com ficção, já que embora a maior parte da aventura se passe no século XII, o acesso a ele acontecia através de Desmond Miles. Capturado por uma empresa chamada Abstergo, aquele sujeito foi colocado em uma máquina chamada Animus, para que assim eles pudessem rastrear a sua memória genética e recriar eventos acontecidos há muito tempo.

De lá para cá vimos o lançamento de uma enorme quantidade de material relacionado à franquia, com os jogos tendo vendido mais de 155 milhões de cópias e fazendo dela a principal marca da Ubisoft.

Sendo assim, vamos à história e embora eu tenha tomado cuidado para não dar spoilers significativo, é possível que uma ou outra informação a seguir não seja do seu conhecimento, portanto fica o aviso.

Crédito: Divulgação / Ubisoft

431 – 404 AC (Assassin's Creed Odyssey)

Ambientado na Guerra do Peloponeso, que foi travada entre Atenas e Esparta, o jogo tem pouca ligação com a Ordem dos Assassinos, mas nos apresenta ao Culto de Cosmos, que ao trabalhar com a Ordem dos Anciões, depois se tornaria a Ordem dos Templários. Nele seremos um mercenário que é neto de Leônidas, um descendente direto dos Isu.

Quando estiver explorando o enorme mapa do jogo, fique atento, pois você poderá esbarrar com figuras como Hipócrates, Pitágoras e Sócrates. Além disso, em um dos DLCs lançados para o jogo temos a oportunidade de conhecer Hades e Poseidon, além de destruir a lendária cidade de Atlântida.

49 – 43 AC (Assassin's Creed Origins)

O enredo do jogo aborda o conflito entre o rei Ptolemeu XIII e Cleópatra, e nos coloca na pele de Bayek de Siwa, que atua como uma espécie de cavaleiro. Caberá a ele enfrentar a Ordem dos Anciões e o título escolhido para este capítulo não foi por acaso, já que ele marca o início da luta entre os Assassinos e Templários.

Mas de todas as novidades trazidas pelo Origin, a mais marcante foi a introdução de um sistema de RPG. Enquanto isso não agradou os fãs mais conservadores, fez com que muitas pessoas passassem a gostar da série, com o estilo sendo mantido desde então.

873 DC (Assassin's Creed Valhalla)

Situado na Idade das Trevas, logo após a queda do Império Romano, no jogo estaremos na pele de Eivor (que pode ser tanto um homem, quanto uma mulher), um(a) guerreiro(a) viking que deixará a Noruega com o seu clã para criar um assentamento na Inglaterra. Mesmo sem fazer parte do Credo de Assassinos, o personagem acabará envolvido na batalha entre eles e os Templários.

Com o título buscando retratar a Era dos Vikings com a maior precisão histórica possível, com a cultura e a mitologia daquele povo sendo respeitadas, o cuidado da equipe fez deste um Assassin's Creed com uma das ambientações mais interessantes já vista.

Além disso, embora ele traga algumas boas ideias ao sistema de batalha, entre elas a possibilidade de utilizarmos uma arma em cada mão e realizarmos incursões no território inimigo com a ajuda de membros do nosso clã, Valhalla mantêm a ideia de nos mantermos escondidos dos inimigos e os eliminarmos utilizando apenas um golpe. Ele ainda traz de volta a mecânica de nos escondermos no meio da multidão.

Crédito: Divulgação / Ubisoft

1191 DC (Assassin's Creed)

Aqui chegamos ao jogo que deu início à franquia, com a sua história se passando na cidade de Jerusalém. Nele seremos Altaïr Ibn-La’Ahad, um respeitado assassino que tinha como missão recuperar a Maçã do Éden, mas que ao falhar, é destituído do seu cargo. Caberá a ele realizar diversas tarefas para recuperar sua posição, o que basicamente significa eliminar diversos alvos.

Porém, ao perceber um padrão naqueles que precisa matar, Altair começa a desconfiar do seu mestre e da sua intenção com o objeto que o protagonista precisa encontrar e assim ele parte em uma última missão: assassinar Al Mualim.

1476 – 1499 DC (Assassin's Creed 2)

Apontado por muitos como o ápice da franquia, este foi o jogo que nos apresentou a Ezio Auditore da Firenze, um descendente de Altair e que provavelmente é o mais conhecido (e adorado) assassino da franquia. Sua história acontece durante a Renascença Italiana, o que nos coloca em contato com figuras como Rodrigo Borgia — que depois viria a se tornar o Papa Alexandre VI — e Leonardo da Vinci.

Em sua busca por vingar a morte de seu pai e irmão, o protagonista visitará locais marcantes de Florença, Veneza, Toscana e Forli, com uma jogabilidade que se mostrou muito melhor (e mais divertida) que a vista no seu antecessor.

1500 – 1507 DC (Assassin’s Creed Brotherhood)

Dando continuidade à saga de Ezio, aqui o personagem criará uma irmandade que o ajudará a combater os Borgia, mas dessa vez em Roma, Nápoles e até na Espanha. Para isso teremos que destruir uma das 12 torres controladas pela família, o que nos dá direito a recrutar cidadãos que podem ser customizados.

Foi no Brotherhood que tivemos a primeira oportunidade de disputarmos partidas multiplayer, com oito modos estando à nossa disposição e com a jogabilidade se mantendo fiel à campanha principal: assassine os alvos e tente se manter sem ser detectado. A diferença é aqui você também poderá ser a presa.

1511 DC (Assassin’s Creed Revelations)

Fechando a trilogia protagonizada por Ezio, neste o personagem aparece como um homem mais velho que está a procura de respostas sobre a ordem a que pertence. Isso o levará à biblioteca de Masyaf, cuja chave havia sido escondida por Altair em Constantinopla. Lá ele encontra apenas os restos mortais de seu antepassado, uma dica de que a Maçã do Éden estaria ali.

1712 – 1722 DC (Assassin’s Creed IV Black Flag)

O jogo explora a memória de Connor Kenway, cujo avô aventurou-se pelos mares do Caribe numa época em que os piratas aterrorizavam o lugar. Após sair da Inglaterra e chegar a América, caberá a Edward Kenway encontrar um sujeito conhecido como Sage, pois é ele que sabe a localização do Observatório, um lugar que os Isu usam para rastrear os humanos como uma caveira de cristal.

Com sua jogabilidade bastante focada nas batalhas navais e na exploração do Caribe, viajar entre aquelas ilhas é uma experiência fantástica e por isso não espanta termos visto este elemento aparecer em diversos títulos que o seguiram.

Crédito: Divulgação / Ubisoft

1756 – 1763 DC (Assassin's Creed: Rogue)

Enquanto Inglaterra e França se enfrentavam na Guerra dos Sete Anos, Shay Cormac estava sendo treinado pelo seu mentor para se tornar um membro da Irmandade de Assassinos. A sua missão seria ir à Lisboa para recuperar um artefato Isu, mas quando ele consegue tocar o objeto, um enorme terremoto acontece e milhares de pessoas morrem na tragédia.

O avento faz com que o homem deixe o grupo, mas não antes de roubar um manuscrito que revela a localização de outros artefatos, mas na fuga Shay cai de um penhasco e é resgatado por um templário. A ajuda faz com que o protagonista mude de lado, fazendo dele o primeiro Assassino a se transformar num Templário e começa ali uma imensa caçada aos membros da Irmandade.

1754 – 1783 DC (Assassin's Creed III)

Passando-se durante a Revolução americana, aqui temos a história de Ratonhnhaké: ton (também conhecido como Connor), o neto meio-inglês, meio-mohawk de Edward Kenway, no jogo que seria a última vez que veríamos Desmond Miles. Nele é possível explorar desde a cidade de Nova York até a Filadélfia, passando por Boston e até por parte do Mar do Caribe, quando estivermos a bordo do Aquila.

1765 – 1780 DC (Assassin's Creed III: Liberation)

Com sua história se acontecendo em Nova Orleans ao mesmo tempo em que o ACIII, Liberation foi o primeiro capítulo da série a ter uma mulher como protagonista, a franco-africana Aveline de Grandpré. Será ela a responsável por combater as forças espanholas e os Templários na cidade e no México, precisando libertar escravos para alcançar seu objetivo enquanto a Guerra Franco-Indígena se desenrola.

Embora tenha sido lançado exclusivamente para o PlayStation Vita em 2014, depois ele recebeu uma remasterização para diversos consoles e PC.

1776 – 1800 DC (Assassin's Creed Unity)

Começando logo após o término do Assassin's Creed: Rogue, o jogo se passa durante a Revolução Francesa, mostrando como os Templários e os Assassinos estiveram envolvidos no evento. Ele também conta um romance no melhor estilo Romeu e Julieta, mas aqui o casal é formado pela Templária Elise De La Serre e o protagonista Arno Victor Dorian, que por sua vez é filho do homem que foi morto por Shay Cormac. Em busca de vingança, Arno terá a ajuda de Elise e no caminho descobrirá uma grande teia de corrupção que o levará a enfrentar o mestre dos Templários franceses.

Embora tenha sido criticado na época do seu lançamento por não trazer muitas novidades na jogabilidade, foi ele o responsável por introduzir um multiplayer cooperativo na série, onde até quatro jogadores poderiam participar de missões focadas na narrativa. Foi ele também o primeiro capítulo da série a ser desenvolvido com a engine AnvilNext 2.0, sendo exclusivo para PC e consoles da oitava geração.

Assassin's Creed

Crédito: Divulgação / Ubisoft

1868 DC (Assassin’s Creed Syndicate)

Último grande lançamento na ordem cronológica da série, sua história começa durante a Revolução Industrial em Londres e fala sobre os gêmeos Jacob e Evie Frye, que comandam uma organização criminosa e após perceberem que a monarquia e a igreja estão perdendo o controle de Londres para os Templários, resolvem agir. Para isso eles precisarão encontrar uma das Peças do Éden que está escondida em algum lugar da cidade.

Apesar de ter tentado adicionar novos elementos à jogabilidade, como um lançador de cordas que nos permita escalar ou criar uma conexão entre dois edifícios, e até nos permitia pilotar carruagens, as críticas sobre como a série havia deixado de inovar estavam crescendo e por isso este foi o último Assassin’s Creed a contar com um estilo mais tradicional, sem os elementos de RPGs que passaram a ser utilizados a partir do Origins.

Ele também contava com uma parte da narrativa centrada em um descendente dos Jacobs, o que nos levava até a Primeira Guerra Mundial. Depois disso, outras mídias ainda situaram a batalha entre Assassinos e Templários para outros conflitos da humanidade, como a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial e até a Guerra do Vietnã, então quem sabe um dia não vejamos um jogo explorando esses momentos?

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