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Ásia fez Apple arrecadar US$ 100 bilhões no trimestre final de 2020

China vai sustentar a Maçã? As receitas da Apple na Ásia estão de vento em popa, segundo o relatório financeiro do Q1 FY 2021 (findo em dez 20).

3 anos atrás

A Maçã de Cupertino acaba de apresentar o relatório financeiro do primeiro trimestre fiscal de 2021 (Q1 FY 2021), período que correspondeu ao quarto trimestre civil do ano passado, abrangendo os meses de outubro a dezembro. Novos lançamentos como MacBooks com Apple M1 e os vários modelos de iPhone 12 foram as estrelas das festas de fim de ano “seguindo todos os protocolos”, inclusive na Ásia (leia-se China).

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Apple cresce na Ásia (crédito: South China Morning Post)

Vamos aos números:

RELATÓRIO FINANCEIRO DA APPLE
Período → Q1 FY 2020
(outubro a dezembro de 2019)
Q1 FY 2021
(outubro a dezembro de 2020)
Diferença
Receita US$ 91,82 bilhões US$ 111,44 bilhões + 21,37%
Lucro US$ 22,24 bilhões US$ 28,76 bilhões + 29,32%

Ultrapassar a marca de cem bilhões de dólares em um trimestre é um feito histórico!

Por causa da segunda onda da terrível pandemia de COVID-19, muitas lojas físicas na civilização tiveram que fechar as portas. Isso não impediu a Maçã de Cupertino de divulgar hoje (27/01) os principais dados financeiros nos três meses terminados em 26 de dezembro de 2020. O tio Laguna se pergunta quando a contabilidade da empresa vai incluir os dias ausentes para coincidir com o trimestre civil (eu sei).

Podemos ver que a Apple arrecadou em média US$ 1,22 bilhão por dia nas 13 semanas que compõem o período divulgado, lucrando diariamente “apenas” US$ 315,99 milhões. É uma arrecadação maior que a do período equivalente de 2019, representando bela alta no lucro em relação a tal período do ano passado. Vejamos quanto cada produto arrecadou:

SUMÁRIO DE RECEITAS DA APPLE
Período → Receita
Q1 FY 2020
Receita
Q1 FY 2021
diferença
em relação a
Q1 FY 2020
iPhone US$ 55,96 bilhões US$ 65,6 bilhões + 17,23%
Mac US$ 7,16 bilhões US$ 8,68 bilhões + 21,16%
iPad US$ 5,98 bilhões US$ 8,44 bilhões + 41,12%
vestíveis e acessórios US$ 10,01 bilhões US$ 12,97 bilhões + 29,58%
assinaturas US$ 12,72 bilhões US$ 15,76 bilhões + 23,96%
TOTAL: US$ 91,82 bilhões US$ 111,44 bilhões + 21,37%

Essa maior alta na arrecadação dos computadores e tablets pode ser explicada com o povo evitando sair de casa lá na civilização: aparentemente preferiram investir num novo Mac ou iPad para trabalhar. Lá não são tão caros quanto aqui na barbárie. O novo modelo do iPad Air foi anunciado em setembro, assim como o iPad de 8ª geração com o “velho” Apple A12.

Dos 111,44 bilhões de dólares arrecadados pela Apple no mundo entre outubro a dezembro de 2020 (Q1 FY 2021), US$ 37,82 bilhões vieram da Ásia. Pegando os dois maiores mercados asiáticos, China e Japão, foram arrecadados US$ 21,3 bilhões no País do Meio (alta de + 56,96%) e US$ 8,3 bilhões na Terra do Sol Nascente (+ 33,14%). Comparando com o período equivalente de 2019 (Q1 FY 2020), temos um crescimento geral de 39,16% na arrecadação da Maçã de Cupertino naquele continente.

Supondo distribuição homogênea dos produtos da Maçã na arrecadação em todos os mercados, podemos dizer que chineses e japoneses estão preferindo comprar mais os tablets, vestíveis, laptops e smartphones da Apple que os povos de outros continentes. Não à toa roubou da Amazon o título de marca mais valiosa do mundo.

Os consumidores europeus deram à Apple no quarto trimestre civil um aumento de 17,33% na arrecadação. Já o continente americano respondeu por alta geral da arrecadação de “apenas” 11,95%.

Como a empresa que vale US$ 2,4 trilhões não divulga mais dados de vendas unitárias de seus produtos, nem muito menos quanto estão vendendo em cada região do planeta no trimestre mais rentável, apenas podemos dizer que a Apple possui muito a crescer no mercado asiático. Os povos lá na Ásia talvez estejam enjoados das imitações, dos produtos genéricos similares.

um bilhão de smartphones Apple ativos no mundo atualmente, de um total de 1,65 bilhão de dispositivos com a Maçã estampada. Quantos iGadgets do próximo bilhão estarão na Ásia?

Fontes: 9 to 5 Mac e Bloomberg.

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